O que é Tesouro Direto  

O Tesouro Direto é um programa do Tesouro Nacional que tem como objetivo facilitar o acesso aos títulos públicos emitidos pelo governo federal.

Criada em 2002, a iniciativa é uma parceria com a B3, a Bolsa de Valores brasileira, para venda de títulos de forma online.

Por meio do Tesouro Direto, é possível acessar uma gama de investimentos que oferecem diferentes rentabilidades, como títulos prefixados, atrelados à inflação ou à taxa Selic, taxa básica de juros brasileira.

Estes títulos ainda contam com diferentes prazos de vencimento e também diversos fluxos de remuneração. 

Como funciona o Tesouro Direto?

O Tesouro Direto emite títulos de dívidas públicas para o financiamento do governo

Por isso, quando investimos por meio do Tesouro Direto, estamos investindo em títulos de renda fixa.

Entre esses títulos, há aplicações com diferentes vencimentos, que podem variar de um ano a 30 ou até 40 anos.

Além disso, estes ativos podem oferecer juros prefixados, pós-fixados ou híbridos.

  • Títulos prefixados: investindo neste tipo de título, o investidor tem a possibilidade de saber, no momento da compra, qual será o rendimento de seu investimento. O título tem uma rentabilidade pré-estabelecida.
  • Títulos pós-fixados: são aplicações cuja rentabilidade é atrelada a indicadores externos, como a taxa Selic ou a inflação. Assim, a remuneração do investidor vai depender da variação desses indexadores, e ele só saberá exatamente quanto o título rendeu na hora do resgate.
  • Títulos híbridos: nos títulos híbridos, também chamados de pré-com-pós, a rentabilidade é composta de duas partes, uma prefixada e outra pós-fixada, ambas definidas no momento da compra. Dessa forma, o rendimento do título resulta da soma de uma taxa pré-estabelecida e outra que irá variar de acordo com algum indexador, como o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação.

É possível investir nos títulos públicos diretamente pelo sistema do Tesouro Direto, ou por meio de bancos ou corretoras

Sua liquidez é alta, uma vez que o Tesouro Nacional pode recomprar esses títulos a qualquer momento antes do prazo de vencimento.

No entanto, nesses casos, o investidor deve estar atento ao valor do título no momento em que deseja vendê-lo.

Mesmo ativos com rentabilidade prefixada estão suscetíveis à volatilidade do mercado, já que o rendimento pré-acordado só é garantido quando o resgate é feito na data do vencimento.

Assim, títulos públicos podem passar tanto por uma valorização quanto por uma desvalorização ao longo do tempo, e se o investidor decide vendê-lo antes do vencimento, precisa estar ciente de que pode ter prejuízos.

Títulos disponíveis no Tesouro Direto

Existem diversos tipos de títulos oferecidos pelo Tesouro Direto. São eles:

  • Tesouro Prefixado: estes títulos indicam exatamente quanto dinheiro o investidor terá no momento do vencimento.
  • Tesouro Selic: os títulos Tesouro Selic são opções pós-fixadas, e sua rentabilidade é atrelada à taxa Selic. Se a Selic sobe, seu rendimento também sobe. Mas se a Selic desce, o mesmo acontece com os juros desta aplicação. Títulos Tesouro Selic também são encontrados com a sigla LFT (Letra Financeira do Tesouro).
  • Tesouro IPCA: com a rentabilidade atrelada à inflação, esses títulos oferecem rendimento igual à variação do IPCA, mais uma taxa prefixada de juros. Dessa forma, garantem uma rentabilidade sempre acima da inflação.

Além de serem boas opções para garantir diversificação nos investimentos, cada um dos títulos oferecidos pelo Tesouro Direto também pode ser indicado para objetivos de investimento específicos.

O Tesouro IPCA, por exemplo, costuma ser recomendado para quem tem estratégias a longo prazo. Já o Tesouro Selic é indicado pelo próprio Tesouro Direto como uma alternativa interessante para a reserva de emergência.

Vantagens e desvantagens do Tesouro Direto

Como qualquer investimento, as aplicações do Tesouro Direto apresentam prós e contras. Afinal, tudo vai depender do seu perfil de investidor e do prazo do seu objetivo.

Dentre as vantagens, podemos destacar:

  • Segurança: os títulos públicos disponibilizados pelo Tesouro Direto são garantidos pelo Tesouro Nacional. Como o governo costuma ser a instituição mais estável do país, pode-se dizer que esses são os investimentos mais seguros do mercado.
  • Praticidade: as aplicações, resgates e acompanhamento dos investimentos são feitos pelo site ou mesmo pelo aplicativo oficial do Tesouro Direto.
  • Flexibilidade: os títulos do Tesouro Direto podem ser resgatados a qualquer momento (pelo preço de mercado). Além disso, oferecem diversos tipos de rentabilidade e vencimentos.
  • Acessibilidade: a partir de R$ 30, já é possível investir no Tesouro Direto

No que diz respeito aos pontos negativos do investimento no Tesouro Direto, é preciso estar atento aos custos envolvidos nesses tipos de aplicação.

Caso o investimento seja feito por meio de um intermediário, busque saber quais são as taxas cobradas pela instituição.

Além disso, é importante lembrar que, especialmente se comparados a investimentos de renda variável, os rendimentos oferecidos por títulos públicos podem não ser tão altos. Em contrapartida, são aplicações que apresentam menor risco ao investidor.

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