Donald Trump foi empossado como o 47º presidente dos Estados Unidos nesta segunda-feira (20), marcando o início de seu segundo mandato não consecutivo.
A cerimônia ocorreu na Rotunda do Capitólio, em Washington, D.C., onde Trump prestou juramento como presidente dos Estados Unidos.
Em seu discurso inaugural, Trump reforçou temas centrais de sua campanha, como comércio, energia e imigração.
Indice
Trump indicou que pretende revisar os atuais acordos comerciais para reduzir déficits e combater práticas desleais de outros países.
Ele já emitiu um memorando determinando que as agências federais investiguem déficits comerciais persistentes e a conformidade da China com o acordo comercial de 2020. A revisão do Acordo EUA-México-Canadá (USMCA), prevista para 2026, também está no radar do governo.
No curto prazo, a ausência de um anúncio imediato sobre novas tarifas tranquilizou os mercados.
O presidente norte-americano declarou uma emergência energética nacional para impulsionar a produção de petróleo e gás, incluindo a expansão do uso de combustíveis fósseis e a redução de subsídios a veículos elétricos.
Ele também planeja recompor as reservas estratégicas de petróleo dos EUA, mas isso dependerá da aprovação do Congresso e das condições do mercado.
Trump declarou emergência na fronteira sul e anunciou o início imediato da deportação de imigrantes ilegais.
No entanto, há dúvidas sobre o financiamento necessário para essas medidas e seus possíveis impactos na inflação devido à redução da oferta de mão de obra.
A reação inicial dos mercados foi mista, com volatilidade moderada.
Confira:
O dólar caiu mais de 1% contra outras moedas importantes, enquanto o euro teve sua melhor sessão desde novembro de 2023, subindo 1,4%.
A incerteza sobre as políticas tarifárias pressiona o dólar no curto prazo.
Os mercados dos EUA estavam fechados devido ao feriado de Martin Luther King Jr., mas os futuros do S&P 500 subiram 0,4%, refletindo o alívio inicial com a ausência de tarifas imediatas.
Os preços do Brent estabilizaram em torno de US$ 80 por barril, enquanto investidores avaliam o impacto da nova política energética de Trump.
A moeda mexicana oscilou, mas conseguiu se estabilizar em 20,50 por dólar, após uma jornada de nervosismo nos mercados emergentes.
A incerteza em torno das políticas comerciais dos EUA deve manter os mercados voláteis no curto prazo.
Alguns pontos que seguiremos monitorando incluem:
A expectativa é que novas medidas protecionistas sejam anunciadas ao longo dos próximos meses, o que pode afetar o crescimento global e a inflação.
A imposição de tarifas pode gerar pressão inflacionária, o que poderia impactar as decisões do Federal Reserve sobre cortes de juros em 2025.
China e Europa podem responder com medidas próprias.
Diante desse cenário, reforçamos três princípios essenciais:
Diversificação: diante da volatilidade, é fundamental manter um portfólio diversificado entre diferentes classes de ativos e geografias para reduzir riscos.
Paciência: Mercados reagem de forma imediata a notícias políticas, mas estratégias de longo prazo tendem a ser mais eficazes do que decisões precipitadas.
Disciplina: Seguir um plano de investimento bem estruturado é essencial para evitar reações impulsivas. A volatilidade do curto prazo pode criar oportunidades de compra em setores descontados.
Seguiremos acompanhando os desdobramentos das novas políticas econômicas e comerciais do governo dos EUA para avaliar seus impactos nos mercados globais e ajustar estratégias de alocação em nossas carteiras administradas conforme necessário.