Clube de investimento: tudo que você precisa saber

Publicado por
Redação Warren

Um clube de investimento é uma opção interessante para quem deseja investir no mercado da renda variável, mas ainda tem pouco dinheiro ou está aprimorando seus conhecimentos. 

Isso porque os clubes de investimento são uma modalidade coletiva, na qual todos os participantes fazem uma aplicação financeira e crescem juntos — do ponto de vista financeiro e também intelectual.

Apesar de serem diferentes de um fundo de renda variável, eles funcionam de maneira semelhante. Na prática, é igual a um condomínio: você adquire cotas e participa dos ganhos. 

A principal diferença está na participação ativa na gestão, o que permite adquirir conhecimento a respeito do mercado financeiro.

Mas como um clube de investimento funcionam na prática? Para entender melhor como você pode aproveitar essa oportunidade, montamos este guia. Vamos entender:

  • O que é clube de investimento?
  • Como funciona um clube de investimento?
  • Quem pode participar de um clube de investimento?
  • Quem pode ser gestor de um clube de investimentos?
  • Qual é o limite de participantes de um clube de investimentos?
  • Em que um clube de investimentos pode investir?
  • Qual é a tributação de um clube de investimentos?
  • Como montar um clube de investimentos?
  • Clube de investimentos: como ir além?

E aí, quer aprender tudo sobre o assunto? Vamos juntos!

O que é clube de investimento?

O clube de investimento é uma modalidade de investimento coletiva, em que diversas pessoas físicas se reúnem e aplicam seu dinheiro no mercado de capitais. Os ativos adquiridos são títulos e valores mobiliários, principalmente ações e derivativos.

Para gerenciar os valores de cada um dos participantes, há uma divisão por cotas. Assim, sempre que você investe em um clube, torna-se um cotista. 

A diferença dessa modalidade é que as aplicações geralmente são feitas por amigos, familiares ou pessoas com interesses em comum.

Por isso, há uma participação mais ativa desses indivíduos nas estratégias de investimentos. Como resultado, os clubes de investimento tendem a ser um investimento para iniciantes

Isso acontece porque essa característica quase colaborativa permite que a modalidade sirva como uma ferramenta de aprendizado. Na prática, acaba sendo uma boa oportunidade para quem tem pouco dinheiro e procura um investimento em renda variável aliado a aprendizado.

Como funciona um clube de investimento?

Os clubes de investimento costumam ser a porta de entrada para quem ainda não tem familiaridade com o mercado de capitais. 

Essa é, inclusive, a recomendação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O motivo é simples: são os próprios cotistas que gerenciam seus investimentos.

Apesar disso, é possível contratar um gestor profissional, desde que ele seja credenciado e certificado pela CVM. 

Em qualquer um dos casos, a decisão deve ser tomada em uma assembleia geral.  A administração do clube, propriamente dita, é realizada por uma instituição financeira, como: 

  • Distribuidora;
  • Corretora;
  • Banco de investimento;
  • Banco múltiplo com carteira de aplicações financeiras.

A partir de sua constituição, o clube deve ser registrado e regulamentado pela CVM. 

Ele também está sujeito às diretrizes da B3 e ao regimento interno, também chamado de estatuto social.

Mas é importante deixar claro que o clube de investimento é diferente dos fundos de investimento

Funciona assim: o fundo de investimento é estabelecido e estruturado, para só depois receber os investidores interessados. Ele tem uma política específica, que é seguida pelo gestor especializado.

Ainda que ambos sejam criados de forma semelhante a um condomínio, as regras dos clubes de investimentos são diferentes.

Tanto é que eles têm uma regulação própria pela CVM. Ela está definida pela Instrução 494/2011.

A principal diferença fica por conta do limite de participantes. Clubes de investimento são restritos a um máximo de 50 pessoas, enquanto os fundos não têm limitação.  

Quem pode participar de um clube de investimentos?

Qualquer pessoa pode participar de um clube de investimento, mas os investidores de perfis arrojado e agressivo são os mais indicados para participar dessa modalidade. 

Apesar de qualquer pessoa ter a prerrogativa de entrar em um clube de investimento, a gestão feita pelos próprios participantes tende a afastar quem é mais conservador ou moderado.

Essa característica também costuma afastar quem ainda precisa formar sua reserva de emergência ou quer saber onde investir com pouco dinheiro.

Ainda assim, existem várias vantagens para quem decide participar desses clubes. Uma das principais é não precisar de conhecimentos avançados ou experiência no mercado financeiro, e a outra é reunir um volume maior de recursos, que permite acessar alguns produtos mais vantajosos do que de forma individual. 

Quem pode ser gestor de um clube de investimentos?

O gestor do clube de investimento pode ser especializado, como já detalhamos no início do post. Nesse caso, os investidores contratam a pessoa e ela toma as decisões sobre a alocação de recursos.

Essa figura pode ser pessoa física ou jurídica, com certificação e credenciamento na CVM.

Outra possibilidade é escolher um dos participantes para ser o gestor. Ele cuidará da parte burocrática de todas as operações, por exemplo:

  • Abertura da conta;
  • Registro na bolsa de valores brasileira, a B3;
  • Cálculo diário do valor das cotas;
  • Retenção do Imposto de Renda;
  • Preparação de balanços.

Além disso, o gestor faz o principal: toma as decisões estratégicas para escolher os ativos nos quais o clube vai investir. 

Existe ainda um representante que acompanha o gestor e tem a responsabilidade de passar as decisões para os outros cotistas.

Quando o gestor é um dos participantes, não é necessário cumprir determinadas regras. A CVM impõe apenas que seja uma pessoa com mais de 18 anos e que tenha seu nome no estatuto social como responsável pela alocação dos recursos.

Inclusive, essa pessoa nem sempre tem conhecimento formal em finanças e economia. É como se um grupo de amigos se unisse e um deles tomasse as decisões pelos outros, sem ser remunerado por isso.

Agora, se o clube de investimento repassar algum tipo de valor — fixo ou percentual — para compensar o trabalho realizado, é necessário cumprir algumas exigências.

Para isso, a CVM exige comprovação de experiência e idoneidade na área de gestão. As normas estão descritas no artigo 4º da Instrução 306/1999:

  • Graduação em curso superior no País ou no exterior por instituição reconhecida oficialmente;
  • Experiência profissional de 3 anos em atividade de gestão de recursos de terceiros no mercado financeiro ou de 5 anos no mercado de capitais em função que comprove aptidão para alocação de montantes;
  • Reputação ilibada.

A Instrução ainda detalha que a experiência profissional pode ser ignorada. Ou seja: o gestor pode ter outra profissão.

Para isso, basta que o indivíduo que atuará como gestor tenha “notório saber e elevada qualificação em área do conhecimento que o habilite para o exercício da atividade de administração de carteira de valores mobiliários”. 

Portanto, assim como no futebol, a regra é clara:

  • Se há remuneração ao gestor, é preciso comprovar a qualificação e seguir as regras da B3;
  • Caso não haja remuneração, qualquer pessoa pode ocupar o cargo.

O gestor também pode ser o administrador, se for qualificado. 

Qual é o limite de participantes em um clube de investimentos?

Os clubes de investimentos só podem ser formados se tiverem entre 3 e 50 pessoas físicas como integrantes. 

Outra regra é que nenhum deles deve ter mais de 40% do total das cotas.

Existe apenas uma exceção a esse limite imposto pela CVM. Caso o clube seja formado por funcionários de uma mesma empresa, o número é ampliado para 150 pessoas.

Em qualquer um dos casos, as reuniões devem ser realizadas de forma presencial ou eletrônica. Elas constituem as chamadas assembleias gerais ordinárias, nas quais serão discutidas questões relevantes que subsidiarão as tomadas de decisão.

Vale a pena destacar que todos os participantes dividem os custos operacionais e compartilham os ganhos. Por fim, as cotas estão proibidas de serem negociadas em mercados organizados, como a B3.

No que um clube de investimentos pode investir?

A gestão deve seguir as regras da CVM. Uma delas é a elaboração de um estatuto, de acordo com o que está descrito na Instrução 494/2011. 

Nele, está determinado que a carteira deve ter 67% do patrimônio líquido aplicado em: 

  • Ações;
  • Debêntures conversíveis em ações;
  • Bônus de subscrição;
  • Recibos de subscrição;
  • Exchange Traded Funds (ETFs);
  • Certificados de depósitos de ações.

Como se vê, os clubes de investimento são focados em renda variável. Já o restante do capital pode ser aplicado em outras modalidades. As disponíveis são:

  • Outros valores mobiliários de emissão de companhias abertas;
  • Títulos públicos;
  • Títulos privados;
  • Compra de opções;
  • Cotas de fundos de investimentos a curto prazo, referenciado ou de renda fixa.

Qual é a tributação de um clube de investimentos?

A cobrança de impostos dessa modalidade é simplificada. A tributação ocorre somente no resgate das cotas, e incide em 15% sobre o lucro.

Porém, é preciso destacar que existem diferenças, a depender do tipo de aplicações financeiras em que os recursos serão alocados. 

De qualquer forma, quem tem a responsabilidade de fazer o recolhimento é o administrador do clube de investimentos.

O processo deve ocorrer no terceiro dia útil da semana seguinte à solicitação de resgate. 

Por exemplo, se o pedido for feito no dia 18 de junho de 2022, o desconto ocorre em 24 de junho de 2022.

O administrador também tem o dever de enviar aos participantes do clube de investimento quantas cotas eles têm e o valor patrimonial.

Da mesma forma, deve encaminhar o comprovante para declaração do IR até o último dia de fevereiro de cada ano.

O gestor também pode ser remunerado. Isso significa que ele tem a oportunidade de cobrar taxas de administração e de performance.

Enquanto a taxa de administração remunera o gestor pelo trabalho burocrático de manter o clube em funcionamento, a taxa de performance é paga em relação ao benchmark do clube, ou seja: o indicador de referência, sendo o índice Ibovespa um dos mais comuns.

Como montar um clube de investimento?

Depois de reunir todos os interessados, respeitando a regra entre 3 e 50 pessoas, você deve encontrar um administrador.

Como destacamos, pode ser uma corretora, um banco de investimentos, um banco múltiplo ou uma distribuidora de valores.

Abra sua conta. Depois disso, é hora de criar o estatuto social. Ele deve definir pontos importantes, como:

  • Valor de aplicação inicial para cada cotista;
  • Política e valores dos aportes mensais;
  • Políticas de investimentos, ou seja, quais operações serão permitidas, quanto deve ser alocado em ações e na renda fixa, quais serão as preferências das aplicações financeiras, etc.;
  • Prazo de funcionamento do clube de investimento;
  • Tipo de remuneração do administrador da carteira;
  • Cláusulas de encerramento do clube ou dissolução;
  • Critérios de cálculo da cota;
  • Política de conduta dos cotistas e procedimentos em casos de morte ou incapacitação;
  • Detalhes sobre a ocorrência das reuniões e tomadas de decisão, e convocações para assembleias.

Defina o nome que desejar, desde que ele contenha a expressão “Clube de Investimento”, pois é uma exigência da CVM.

Em seguida, encaminhe o estatuto social para aprovação da Comissão de Valores Mobiliários.

Com a autorização da criação, o aporte inicial será transferido para o clube e ele se transformará em cotas, de acordo com o capital aplicado.

Clube de investimentos: como ir além?

Embora participar de um clube de investimentos seja uma opção interessante, também existem outras alternativas para você diversificar os seus investimentos

Para quem deseja ter acesso aos melhores gestores do mercado, uma possibilidade são os diferentes tipos de fundos de investimentos.

Eles podem ser considerados investimentos mais seguros do que os clubes, já que há gestores especialistas e com experiência no mercado para decidir as melhores aplicações.

Na prática, os fundos são a melhor opção para quem deseja terceirizar a gestão do seu patrimônio e diversificar seus investimentos com a confiança de que o dinheiro está em boas mãos. 

Na Warren, você tem sete fundos de investimento à disposição. São opções de renda fixa, multimercados e renda variável para diversificar o seu patrimônio e maximizar a rentabilidade, sempre respeitando o seu perfil de investidor e a sua tolerância ao risco.

A grande vantagem da Warren na comparação com outros fundos e gestoras é a transparência e o alinhamento com o cliente.

Cobramos uma taxa de gestão sobre carteiras, que incide sobre o seu patrimônio e oscila de 0,7% a 0,9%, dependendo do valor investido.

Para encontrar a alocação ideal para você, a Warren descobre o seu perfil de investidor e entende os seus objetivos de curto, médio e longo prazo. Dessa forma, consegue indicar os produtos que fazem mais sentido dentro da sua estratégia.

Assim, você atinge a diversificação esperada, com o máximo potencial de retorno e o mínimo de perdas possível.

Neste artigo, você descobriu como os clubes de investimento funcionam e também entendeu outras possibilidades mais sofisticadas, como os fundos de ações.

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