EBITDA representa a capacidade de geração de caixa da empresa, calculando o lucro obtido antes da incidência de juros, impostos, depreciação e amortização.
EBITDA é uma sigla que, traduzida para o português, significa Lucro antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização. Esse indicador financeiro é muito utilizado na análise de resultados das empresas de capital aberto.
Se você é um investidor ou quer entender como os analistas do mercado financeiro avaliam as melhores opções de investimentos, esse é um conceito que você precisa aprender.
O EBITDA permite que o lucro de uma empresa seja avaliado, mas sem considerar os ganhos financeiros indiretos ou os custos com empréstimos e impostos.
Apesar de o EBITDA ser um importante indicador para análise da capacidade de geração de caixa de um negócio, ele também pode oferecer um cenário distorcido em relação à liquidez da empresa. Assim, para fins gerenciais, outros indicadores precisam ser considerados em conjunto.
LEMBRANDO O QUE É LIQUIDEZ!
Liquidez é a agilidade em transformar um ativo financeiro em dinheiro, mas sem a perda do seu valor. Seria o tempo entre a solicitação do resgate do valor e o dinheiro chegar na sua conta.
Para entender melhor sobre o que é o EBITDA, como calcular e como analisar o resultado desse indicador, com o objetivo de apoiar a tomada de decisões, continue sua leitura. Neste artigo, vamos abordar:
Boa leitura!
Indice
EBITDA é uma sigla em inglês para o termo:
Em português, significa lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, também chamado de LAJIDA.
É um indicador que permite analisar a capacidade da empresa em gerar caixa, já que considera o lucro obtido com o negócio, descontando custos ou ganhos financeiros como financiamentos, empréstimos ou investimentos.
O índice é muito utilizado na análise de balanços contábeis, especialmente das empresas de capital aberto. Analistas de investimentos avaliam o desempenho financeiro através do EBITDA, observando se o negócio é rentável e sustentável.
Além disso, o EBITDA pode ser um indicador utilizado na comparação entre empresas. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), através da Instrução CVM nº 527/2012, padronizou os parâmetros utilizados no cálculo.
Dessa forma, o EBITDA é um índice que permite comparar o desempenho entre uma empresa e seus concorrentes, auxiliando a tomada de decisões, tanto para seus gestores, quanto para potenciais investidores.
Em português, a sigla para EBITDA é conhecida como LAJIDA (Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização), apesar de o termo EBITDA é, ainda, o mais utilizado no mercado global – inclusive no Brasil.
O EBITDA indica o lucro obtido pela empresa, mas antes do cálculo da incidência de impostos, juros, amortizações e depreciações que o negócio venha a estar sujeito.
É um indicador para análise do resultado do negócio e mostra, principalmente, a capacidade da empresa em gerar caixa com suas operações.
O EBITDA nada mais é que o lucro operacional somado aos valores relacionados à amortização e depreciação.
O EBITDA permite que a empresa conheça seu desempenho financeiro, com base somente na sua operação. Ou seja:
o EBITDA mostra quanto a empresa está ganhando com a venda de seus produtos e serviços, sem considerar outros impactos financeiros.
Dessa forma, gestores ou analistas financeiros de mercado conseguem determinar se o negócio é rentável e sustentável, avaliando seu potencial para investimentos, por exemplo.
Para os gestores da empresa, no entanto, o EBITDA sozinho não oferece uma visão completa da situação financeira. Isso porque ele permite avaliar o desempenho financeiro e não sua liquidez. Existem outros indicadores que devem ser avaliados em conjunto para um melhor entendimento.
O EBITDA pode ser calculado a partir do lucro líquido ou do líquido patrimonial.
O EBITDA pode ser calculado de duas formas. Na primeira delas, é somado o lucro líquido (final do Demonstrativo de Resultados) com todos os outros valores que o EBITDA não considera (pois, não representam movimentações reais de caixa). Assim:
A segunda forma de calcular é a partir do Lucro Operacional (total da receita líquida menos o custo das mercadorias vendidas e despesas operacionais). Assim, a fórmula ficaria:
Para esclarecer o cálculo, vamos explicar os conceitos envolvidos na fórmula, e exemplificar com algumas simulações. Iremos considerar, para isso, a segunda forma de encontrar o EBITDA: a partir do lucro operacional.
Esse é o cálculo mais utilizado pelas empresas. Por isso, é o que aprofundaremos. Confira:
O lucro operacional é um dos valores que fazem parte do Demonstrativo de Resultados (DRE) da empresa. Refere-se ao lucro obtido exclusivamente com a operação da empresa, reduzindo da receita as despesas administrativas, comerciais e operacionais, como matéria-prima.
A depreciação é a desvalorização dos ativos imobilizados, como máquinas, veículos, móveis, eletrônicos, entre outros. Com o tempo e o uso, esses ativos desgastam ou se tornam obsoletos, e vão perdendo o valor.
Amortizar uma dívida é o mesmo que reduzir o total a ser pago por essa dívida. Ao pagar uma parcela de um empréstimo, por exemplo, você está amortizando seu salto total, ou seja, reduzindo o saldo devedor.
Para calcular o EBITDA, vamos utilizar informações fictícias, montando uma estrutura de DRE. No entanto, as empresas podem adicionar ou excluir linhas do seu Demonstrativo de Resultados, já que este é um relatório gerencial e deve atender à realidade de cada negócio.
MODELO BASE | |
Receita Operacional Bruta: | 30.000,00 |
(-) Deduções da Receita Bruta: | (5.000,00) |
(=) Receita Operacional Líquida: | 25.000,00 |
(-) Custo dos Produtos Vendidos: | (10.000,00) |
(=) Lucro Bruto: | 15.000,00 |
(-) Despesas Operacionais: | (3.000,00) |
(=) EBIT (Lucro Operacional) | 12.000,00 |
(+) Depreciação e Amortização | 2.000,00 |
EBITDA | 14.000,00 |
O EBIT, mesmo sendo um acrônimo semelhante ao EBITDA, tem uma diferença bastante simples: enquanto o segundo não considera os valores de depreciação e amortização, o EBIT só deixa de fora juros e impostos.
Ao analisarmos a fórmula de cálculo, onde o EBITDA é lucro operacional somado à depreciação e à amortização, podemos concluir que o EBIT é o lucro operacional.
O EBIT não considera somente despesas e receitas financeiras (como investimentos e empréstimos). Por isso, é um indicador que demonstra o lucro contábil das operações de um negócio.
Já o EBITDA, ao excluir a depreciação e a amortização, indica o potencial de geração de caixa. Isso porque estes valores, apesar de lançados nos relatórios contábeis como custo ou despesa, não representa a saída efetiva de caixa. Ou seja: não houve a movimentação real desse dinheiro.
O EBITDA é um indicador financeiro não contábil que tem, principalmente, três aplicações:
É importante lembrar, porém, que o EBITDA, sozinho, não oferece informações suficientes para análise do cenário completo.
Um resultado positivo pode significar que a empresa está conseguindo uma boa margem em suas vendas. Se, por exemplo, seus clientes não pagarem – e todo esse valor vendido não for revertido em caixa – a empresa não será capaz de pagar suas contas.
Por isso, para poder entender o desempenho da empresa, é preciso olhar para outros indicadores em conjunto.
Olhar para o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização é uma boa maneira de avaliar o potencial de geração de caixa de uma empresa. Ou seja: o quanto essa empresa consegue vender e qual a margem de lucro, de modo que seu saldo em caixa fique positivo.
No entanto, o EBITDA não é garantia desse saldo. Existem outros fatores que influenciam a realidade financeira do negócio. Um resultado positivo pode enganar o analista, se ele não considerar o cenário financeiro e contábil por inteiro.
Gestores podem utilizar o indicador para comparar o crescimento do seu negócio com concorrentes, e analistas de mercado podem avaliar o EBITDA de empresas de capital aberto para saber em quais vale a pena investir.
Assim, o indicador tem diferentes utilidades de acordo com quem o analisa. Vamos explicar isso agora:
Gestores de uma empresa podem se beneficiar do EBITDA para entender a origem de seus resultados financeiros.
O indicador também permite que sejam avaliadas outras empresas do mesmo segmento, apresentando possíveis oportunidades de melhorias em sua produtividade e eficiência.
No entanto, o indicador não traz informações sobre a liquidez. Por isso, ainda que seja positivo, pode não refletir o saldo real em caixa.
Para a empresa, é importante acompanhar a evolução deste indicador. A análise deve ser realizada sempre em conjunto com outros relatórios contábeis e financeiros. Dessa forma, será possível identificar a origem dos problemas e, então, buscar a melhoria do desempenho da empresa.
Analistas de investimentos olham para o histórico das empresas e avaliam o EBITDA, buscando encontrar sinais de que a empresa consegue ser eficiente e produtiva.
É o EBITDA que diz se a empresa consegue ganhar dinheiro com o produto ou serviço que oferece.
Evoluções nos resultados demonstram progresso e crescimento, sugerindo uma empresa saudável financeiramente. Acionistas, investidores e analistas buscam observam esse indicador para decidir quais empresas têm potencial para investimentos com bons retornos.
Essa análise é fundamental para direcionar os investimentos de maneira mais rentável possível. Seu resultado é informado publicamente, através da divulgação do balanço das empresas de capital aberto.
Mas não se preocupe: se você não quiser fazer sozinho essas análises para seus investimentos, temos uma sugestão!
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Como já comentamos, o EBITDA é um indicador financeiro importante para gestores, acionistas e investidores. Apesar de permitir análises relevantes para o entendimento da empresa e identificação de pontos de melhoria, não é um indicador completo por si só.
É preciso ter muito cuidado ao interpretar o EBITDA de uma empresa, já que ele pode mascarar a real situação financeira do negócio.
Trazemos, abaixo, as principais vantagens e desvantagens do uso do EBITDA como indicador de avaliação da operação. Conheça:
Veja alguns benefícios para gestores e analistas de investimentos que o indicador oferece:
Por outro lado, o EBITDA também apresenta algumas desvantagens, indicando não ser um indicador que deva ser avaliado de forma individual:
Lembre-se: mesmo sendo um importante indicador para análise do potencial de uma empresa, não pode ser utilizado de forma individual.
O EBITDA, ou LAJIDA, em português, é o lucro obtido pela empresa antes que incidam os descontos de juros, impostos, depreciações e amortizações. Estes valores não representam uma saída real de caixa, ou não têm relação com o produto, ou serviço em si.
Ele é um indicador que permite avaliar a capacidade da empresa em ganhar dinheiro com o produto ou serviço oferecido. Em outras palavras: como está a capacidade de produção, a força de vendas e a margem de contribuição?
Um resultado positivo mostra que a empresa tem condições de gerar caixa com a sua operação. Um histórico crescente, demonstra melhorias nos processos que impactam em uma melhora da produtividade e eficiência.
No entanto, como reforçamos diversas vezes, somente o EBITDA não representa a realidade financeira do negócio. A empresa pode ter um bom potencial de gerar caixa, mas não ter liquidez. Para isso, basta que, por exemplo, a maioria de seus clientes sejam inadimplentes.
Para acionistas, investidores e analistas de mercado, o EBITDA é uma informação muito utilizada na hora de avaliar as empresas de capital aberto, orientado a tomada de decisão em relação aos seus investimentos.
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