Um fundo espelho, como o próprio nome indica, é um fundo de investimento que espelha outro fundo. Na prática, ele funciona como um veículo por meio do qual você tem acesso ao fundo original.
Em geral, os fundos espelhos têm o objetivo de tornar o investimento nesse fundo original mais acessível aos pequenos investidores, já que há diversos fundos dedicados apenas a investidores qualificados, com investimento inicial elevado.
Dentro da categoria de fundos de investimento, os fundos multimercado são um bom exemplo de produtos que podem ter estratégias mais complexas, com regras mais restritas para acesso de novos cotistas.
Mas não há apenas boas notícias quando falamos dos fundos espelho. Dependendo do fundo e da corretora que o distribui, esses produtos podem acabar ficando mais caros aos investidores.
Vamos entender melhor?
Indice
O fundo espelho é um fundo de investimento dedicado a espelhar outro fundo de investimento. Portanto, ele compra cotas de um fundo de investimento original, que pode ser tanto um fundo de renda fixa, como um fundo de renda variável, ou um fundo multimercado. A criação desse tipo de fundo tem como principal estratégia tornar o investimento mais acessível aos pequenos investidores.
Isso acontece porque muitos fundos de investimento consagrados contam com regras bastante restritivas para investimento inicial.
Um exemplo são os fundos dedicados a investidores qualificados — aqueles que possuem pelo menos R$ 1 milhão em investimentos —, ou os fundos cujo investimento inicial é elevado, em valores que podem chegar a R$ 500 mil.
Vale lembrar que o objetivo desses fundos não é simplesmente torná-los exclusivos. Essa é uma consequência de uma estratégia que protege a gestão do portfólio e prioriza investidores com perfil adequado ao risco desses fundos.
É nesse contexto que os fundos espelho surgiram: como um veículo que permite o investimento em outros fundos de investimento, tornando a aplicação mais acessível aos investidores em geral.
De acordo com a classificação da Anbima, esses fundos são considerados no campo de “multigestor”.
A denominação dada pela Associação aos fundos espelho é simples: “Fundos que têm por objetivo investir em um único fundo gerido por instituição terceira”.
A partir de agora, vamos entender como funcionam os fundos espelho.
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Um fundo espelho funciona exatamente como um espelho: refletindo o conteúdo e as aplicações de um fundo original.
O que acontece com o fundo espelho, na prática, é muito simples: eles se transformam em um fundo de investimento em cotas (FIC), cuja única proposta é comprar cotas do fundo principal.
Por isso, eles terão a mesma rentabilidade do fundo original — espelhando ela para os cotistas.
Dessa maneira, o investimento em fundos restritos fica mais acessível. Só que há interesses por trás, como você certamente deve estar se questionando.
Em geral, os fundos espelhos distribuídos pela indústria no Brasil cobram taxas de administração e de performance para dar acesso ao fundo original aos cotistas.
Por isso, o cotista que procura esse fundo espelho tradicional pode acabar pagando duas vezes, porque precisará pagar a taxa de administração e de performance ao fundo espelho e, indiretamente, as taxas do fundo principal.
Em alguns casos, essa decisão pode fazer sentido, porque os fundos originais tendem a ser produtos de bastante qualidade e acesso exclusivo, o que compensaria os valores. Mas essa não é uma regra — há fundos espelhos que geram mais custos do que valor ao cotista.
Antes de prosseguir, vale lembrar que os fundos espelhos também podem ser criados como uma ferramenta para proteger o fundo principal, quando há altos valores a manipular. Nesse caso, a gestão do fundo não precisa lidar diretamente com os valores que são aportados ou resgatados, porque há um controle prévio do fundo espelho.
Isso acontece, principalmente, no caso de fundos multimercados com estratégias complexas e bilhões sob gestão. Para eles, não é simples montar e desmontar uma posição.
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Agora que você já conhece o que é um fundo espelho e como ele funciona, chegou a hora de listar algumas vantagens e desvantagens do investimento em fundos espelho tradicionais, olhando pela perspectiva do investidor.
A principal vantagem do fundo espelho fica por conta do acesso facilitado a fundos que têm critérios que acabam restringindo o investimento inicial, como os fundos destinados a investidores qualificados e os fundos que exigem um aporte mínimo bastante elevado.
Com os fundos espelho, essas particularidades são contornadas.
Ao garantir um acesso mais fácil a esses produtos que, até então, eram relativamente exclusivos, os fundos espelho oferecem uma maior possibilidade de diversificação dos investimentos.
Como você já sabe, a diversificação é altamente recomendada para você diluir os riscos específicos dos ativos e das classes de ativos, além de potencializar a rentabilidade das suas aplicações no longo prazo.
Mas é claro que, como tudo na vida — e no mercado financeiro —, também há desvantagens do fundo espelho, quando falamos do formato tradicional do mercado financeiro. Confira as principais:
Alguns fundos espelho podem apresentar taxas mais altas do que os fundos originais, porque você acaba pagando duas vezes a taxa de performance e a taxa de administração, além das comissões de distribuição dos produtos.
Esse custo varia de acordo com cada fundo e cada corretora e distribuidora dos produtos, mas é preciso ficar atento aos custos para não levar gato por lebre.
Em alguns casos, o custo acaba sendo tão alto para o cotista que o investimento é inviabilizado, principalmente quando os fundos têm taxas acima do praticado pelo mercado. Fica fácil de entender o motivo: quando você investe em um fundo espelho tradicional, o fundo original é remunerado, assim como o fundo espelho e os distribuidores.
Em geral, os fundos espelho apresentam uma liquidez menor do que os fundos originais, justamente porque eles ajudam na proteção da estratégia do fundo principal. Assim, enquanto o fundo tradicional, por exemplo, pode ter um resgate em 20 dias úteis, o fundo espelho pode ter o resgate em 40 dias ou mais.
Novamente, esses dados variam de acordo com cada produto, mas é preciso ter atenção às regras e às letras miúdas, principalmente se você vai investir um recurso do qual pode precisar no curto e médio prazo.
Se as taxas dos fundos espelho tradicionais não o atraem, uma opção são os fundos de investimento da Warren, que não cobram taxa de administração, nem taxa de performance.
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