Swap Cambial: o que é, como funciona e qual seu impacto na economia?

Publicado por
Redação Warren

Swap Cambial é mais um entre os muitos termos que encontramos ao estudar sobre o mercado financeiro. Muitas pessoas têm dúvidas sobre isso. Afinal, a linguagem do mundo dos investimentos pode ser pouco acessível. 

No entanto, a falta de informação é sua pior inimiga no momento de tomar decisões sobre seu dinheiro. Foi pensando nisso que criamos esse guia completo. Aqui, vamos falar um pouco sobre o que é Swap Cambial e porque ele é utilizado. 

O Brasil trata-se de um país com uma realidade econômica muito complexa. Por exemplo, a alta do dólar impacta diretamente na nossa inflação, o que é uma fonte de preocupação. Nesse contexto, o Swap Cambial é uma importante ferramenta para o Banco Central. 

Se você quer aprender mais sobre esse termo e entender como funciona o Swap Cambial, é só continuar lendo.

Hoje, você vai aprender mais sobre: 

  • O que é Swap Cambial?
  • Como o Swap Cambial impacta a economia?
  • Como funciona uma operação de Swap
  • Conheça uma forma mais simples de investir com a Warren
  • Conclusão

Boa Leitura!

O que é Swap Cambial?

Entenda melhor o conceito de Swap Cambial.

O Swap Cambial é um termo utilizado para se referir à troca de moedas estrangeiras. Swap é uma palavra inglesa que significa justamente “troca”. No mercado financeiro, normalmente utilizamos o termo para falar da troca de uma rentabilidade futura por outra, com o acerto da diferença a ser feito no vencimento do contrato. 

Calma: é mais fácil do que parece. O Swap Cambial é, em resumo, um contrato de troca de indexadores. Isto é, são uma forma de gerenciar as taxas de reajuste. Assim, essa é uma ferramenta utilizada para o controle da volatilidade do real em relação ao dólar. 

O Swap Cambial é, então, uma manobra de proteção ao capital contra as oscilações do dólar. Esses tipos de contrato partem do Banco Central, que visa aumentar a estabilidade do câmbio no país. 

Assim, nesse acordo, o Banco Central assume a responsabilidade de pagar a variação cambial do período. Enquanto isso, a empresa deverá arcar com uma taxa de juros, estabelecida previamente, somada às variações. 

Por que o Swap Cambial é utilizado?

O Swap Cambial é uma importante ferramenta financeira para diminuir riscos. Assim, é frequentemente utilizado por empresas, bancos e instituições de investimentos. 

Imagine duas empresas. Uma delas exporta seus produtos, recebendo toda sua receita em dólares. No entanto, grande parte dos custos de produção foram pagos em reais. A segunda empresa recebe sua receita em reais, mas precisa importar a matéria-prima, tendo custo em dólares. 

Se nenhuma ação for tomada, a variação cambial no período entre a produção e venda afetará muito os resultados nessas empresas, seja para o bem ou para o mal. Como ambas não querem ficar expostas ao risco de câmbio, elas decidem realizar uma operação de swap. 

Dessa forma, elas acordam que trocarão o risco das moedas. Quando ocorre alguma variação do câmbio, nenhuma das empresas estará exposta. O resultado é uma maior previsibilidade do lucro, protegendo as empresas de grandes oscilações – sejam elas boas ou ruins. 

Quando o Swap Cambial é utilizado pelo Banco Central?

O Banco Central utiliza o Swap Cambial como um instrumento que visa auxiliar o processo de intervenção nas taxas de câmbio. Assim, essa ferramenta é adotada pelo BC quando é necessário conter a volatilidade do real em relação ao dólar. 

A operação acontece entre o Banco Central e outros bancos do país, que repassam a oportunidade a investidores. Por sua vez, o investidor faz uma espécia de “aposta”, trocando os rendimentos do período pela variação do dólar – que é incerta. 

Assim, ao fim do período, o investidor receberá a quantia em moeda estrangeira. A rentabilidade de seus investimentos mais taxas são destinadas ao Banco Central. O efeito da operação é que menos investidores entrem no mercado à vista, o que reduz a taxa de câmbio no período. 

Swap Cambial Reverso

No que chamamos de Swap Cambial tradicional, a intenção do Banco Central é manter a taxa de câmbios baixa. Isso é feito, como explicamos, ao retirar investidores do mercado à vista.

No entanto, essa operação também pode ser utilizada para aumentar a taxa de câmbio. Nesse caso, é utilizado o Swap Reverso. O processo consiste em reverter os contratos, pagando aos investidores a variação das taxas de juros. 

Outros tipos de Swap

Existem muitos tipos de swaps utilizados no mercado financeiro, que não necessariamente envolvem câmbio. Por exemplo, o swap com taxa de juro, ou de commodities. 

A diferença é justamente o que está sendo “trocado” no contrato. No caso de taxas de juros, a troca é dos indexadores associados aos ativos. Já para commodities, o contrato envolve a variação da cotação de diferentes produtos.

Como o Swap Cambial impacta a Economia?

Descubra como o Swap Cambial pode influenciar a economia e seus investimentos.

Agora você já sabe: o Swap Cambial é utilizado pelo Banco Central como forma de controle da oscilação do câmbio. Mas como isso impacta a economia brasileira?

Bem, existem diferentes fatores que regem o impacto dos swaps na formação de preços e cotações do mercado. A seguir, você conhece os principais:

Tamanho e frequência do Swap

Quanto maior o valor de um swap, mais lotes precisaram ser adquiridos ou vendidos no mercado futuro para garantir a cobertura de suas exposições (estratégia conhecida como hedge).

Aceitação

É um pouco complicado explicar todos os aspectos envolvidos com a aceitação de um Swap – eles são muitos. No entanto, o mais importante é entender que nem sempre o mercado aceita as condições do BC para o Swap. O contrário também pode acontecer. 

Isso causa impacto direto na formação dos preços.

Efeito surpresa x anúncio antecipado

Fica à critério do Banco Central se um leilão de swap será anunciado com antecedência ou feito de surpresa. 

Leilões não programados costumam a impactar os preços de maneira mais expressiva. Enquanto isso, se dealers têm a oportunidade de se preparar, poderão pressionar as cotações. 

Ainda é importante considerar que fatores como o cenário econômico, e a avaliação dos dealers sobre ele também impacta os preços. Até mesmo os horários de anúncio e janelas do swap podem ser fatores importantes para o efeito da ferramenta no mercado.

Como funciona uma operação de Swap

Os Swaps Cambiais são contratos, como aprendemos neste artigo. Os principais operadores são o Banco Central, instituições financeiras e empresas que possuem dívidas em dólares. 

Assim, o swap é uma troca de indexadores. A empresa ou instituição financeira tem como objetivo se proteger da desvalorização do real em relação ao dólar. O Banco Central, enquanto isso, visa a estabilização da taxa de câmbio. 

Para isso, o BC (indexador 1) se compromete a arcar com a variação cambial referente ao período do contrato. Já a empresa (indexador 2), arca com uma taxa de juros predeterminada – normalmente DI ou Selic diária. 

Para entender melhor, vamos dar um exemplo: 

Exemplo de Swap Cambial

Imagine uma empresa que conta com um investimento que renda 100% do CDI, vencendo em 45 dias. A aplicação é de R$ 500 mil, e o CDI do período de 1,5%. Após o vencimento, a empresa deverá contar, então, com R$ 507.500 na aplicação.

Após os 45, a intenção da empresa é transferir o montante para os Estados Unidos, realizando a troca por dólares. No entanto, a taxa de câmbio poderá aumentar no período, diminuindo a rentabilidade para a empresa. 

Para evitar o risco, é realizada uma troca (swap) com um dos bancos autorizados pelo BC a realizar esse tipo de operação (dealers). O banco assume o risco cambial, pagando pela diferença no período. 

A empresa, então, entrega os R$ 507.500 ao banco, em troca da variação do câmbio para dólar.  

Vamos considerar que a cotação estava em R$ 4 para um dólar no momento do contrato. Assim, os R$ 500 mil representam  U$ 125 mil. Mas, ao invés da conversão imediata, é feito o Swap Cambial

Passados os 45 dias, o dólar subiu para R$ 4,80 (variação de 2%). Nesse caso, a empresa entrega R$ 507.500 ao banco e recebe R$ 510 mil (R$ 500 mil x 2%). 

Para a empresa, o risco da variação de câmbio foi anulado em uma operação de hedge. Isso é, uma cobertura de riscos onde o banco reembolsa a diferença dos valores. 

Se a variação do dólar for menor que o CDI do período, por exemplo, de 1%, a empresa acaba devolvendo ao banco uma quantia maior. 

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Afinal, sabemos que sempre existe algo novo para aprender quando o assunto é o mercado financeiro. 

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Conclusão

O Swap Cambial é uma das ferramentas utilizadas pelo Banco Central com o objetivo de estabilizar aspectos da economia brasileira. Nesse caso, trata-se de uma intervenção que visa controlar a oscilação da taxa de câmbio do real em relação ao dólar. 

Como você aprendeu neste artigo, empresas utilizam esse recurso como uma forma de proteger seus lucros da oscilação. Ou seja, trata-se de uma troca de riscos, visando proteger as partes envolvidas da volatilidade da moeda. 

Esse é um assunto complexo. Então, se você ainda tem dúvidas, deixe um comentário. Vamos ajudar no que for possível! 

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