Títulos públicos: entenda o que são e descubra como investir nestes papéis de renda fixa

Publicado por
Redação Warren

Considerados um dos investimentos mais seguros do mercado financeiro, os títulos públicos são aplicações de renda fixa, nas quais você financia a dívida púbica.

Na prática, quem compra um título público empresta dinheiro para o Governo, para que ele possa pagar suas dívidas e financiar projetos de interesse nacional.

O potencial de retorno dos títulos públicos é melhor do que o da poupança. Além disso, essa aplicação pode ser considerada até mais segura do que a caderneta. 

Dentro de uma estratégia de diversificação do patrimônio, os títulos públicos são figura carimbada quando o assunto é segurança, porque os governos tendem a ser a instituição mais sólida de qualquer país.

Por isso, engana-se quem pensa que a aplicação nesses papéis é exclusiva dos investidores iniciantes e conservadores.

Mesmo para aqueles que preferem investir na Bolsa de Valores, é interessante ter uma parte do patrimônio alocada em títulos públicos, para garantir diversificação e proteção do patrimônio. 

Mas quais são exatamente os títulos públicos à disposição dos investidores, e como investir? 

Neste artigo, você vai conferir: 

  • O que são títulos públicos;
  • Tipos de títulos públicos;
  • Rentabilidade dos títulos públicos;
  • Liquidez dos títulos públicos;
  • Tributação dos títulos públicos.

Vamos juntos?

O que são títulos públicos?

Os títulos públicos são investimentos de renda fixa emitidos pelo Tesouro Nacional — responsável pela administração dos recursos que entram no caixa público. 

Quando você compra títulos públicos, empresta dinheiro para o Governo Federal. Em troca, ele devolverá esse valor com o acréscimo de juros.

Para onde vai esse dinheiro? O Governo utiliza para pagar dívidas públicas e custear projetos de interesse social, como infraestrutura (ferrovias e rodovias, por exemplo), educação e saúde.

A principal diferença entre os títulos públicos e os títulos privados é exatamente essa: os títulos públicos são emitidos pelo governo e os títulos privados por empresas privadas, bancos ou financeiras.

Para quem os títulos públicos são indicados?

Os títulos públicos são indicados para todos os perfis de investidores, do arrojado ao conservador. O que muda é o percentual na sua carteira, dependendo do seu perfil, prazos e objetivos. 

Uma das estratégias para investidores que estão dando seus primeiros passos pode ser alocar quase 100% do seu patrimônio nesses ativos, diversificando entre os modelos de título e rentabilidade. O seu dinheiro fica seguro e rendendo, enquanto você aprende sobre o mercado e cogita outras aplicações.

Já aqueles que têm aportes mais relevantes em renda variável, como fundos de ações, normalmente utilizam estratégias que contam com uma porcentagem menor desses títulos na carteira. Isso é feito para proteger parte do seu dinheiro das oscilações da renda variável.

Listamos, abaixo, os objetivos que mais se encaixam nos títulos públicos.

Compor parte da renda fixa do patrimônio

As carteiras focadas em renda fixa podem ser compostas, por exemplo, de fundos de renda fixa. Esses produtos podem ser formados de títulos privados, como o CDB, LCI/ LCA e outros emitidos por empresas privadas ou bancos.

Para compor outra parcela desse patrimônio, os títulos públicos têm um potencial de retorno interessante, além de possuírem alta liquidez

Dessa forma, você diversifica os seus investimentos, mantém os seus objetivos e não perde o fator segurança, principal atributo dos títulos públicos.

Diversificar a carteiras

A diversificação de investimentos é uma das estratégias mais indicadas, seja qual for o seu perfil de investidor. 

Pense no seguinte: se você investe somente em ações e as empresas das quais é acionista passam por desvalorização, você tende a ver o patrimônio desvalorizar.

Porém, se a sua carteira é diversificada, como ocorre em alguns fundos de investimentos, sejam eles de renda fixa, sejam eles de renda variável, você não fica totalmente exposto a esses eventos, o que reduz a volatilidade do seu patrimônio.

Por proteger o seu dinheiro e aumentar as suas possibilidades de remuneração, a diversificação é benéfica para todos os seus objetivos. Por isso, vale a pena diversificar tanto em diferentes ações, como em diferentes títulos públicos e privados. 

Perfil conservador e para quem busca segurança

O perfil conservador é aquele que não aceita correr muitos riscos em seus investimentos, porque tem forte aversão a perder dinheiro. Neste caso, os títulos públicos são os papéis mais seguros que você encontrará.

Essa segurança é resultado da garantia que o Tesouro Nacional oferece de honrar com o pagamento dos investidores. 

Na prática, os riscos de o Governo dar calote são quase inexistentes, ao contrário de empresas ou outras instituições privadas, que podem enfrentar prejuízos, falir e deixar de honrar os seus compromissos.

Tipos de títulos públicos

Os tipos de títulos públicos se diferem, principalmente, na rentabilidade e nos prazos de resgate. É muito importante que conheça todos eles para identificar aquele que melhor atende você e os seus objetivos. 

Veja quais são:

Tesouro Selic

O Tesouro Selic é atrelado à variação da taxa básica de juros da economia, a taxa Selic. Isso quer dizer que, quando esse índice sobe, os seus rendimentos também sobem. Mas, se a Selic cair, os seus lucros com os juros também são menores. 

Em 2016, por exemplo, a Selic chegou a 14,25%. Nessa época, esse título era um dos mais atrativo dos produtos de renda fixa, porque entregava uma alta rentabilidade com grande segurança.

Esse título, também encontrado com a sigla LFT, é uma boa alternativa para carteiras que buscam alta liquidez e baixo risco. Como a Selic pode sofrer oscilações, a rentabilidade do Tesouro Selic é pós-fixada — explicaremos mais sobre isso a seguir.

Tesouro Prefixado

O Tesouro Prefixado é um tipo de título público que tem uma taxa fixa de juros anuais, mostrada no momento do investimento. 

Essa característica permite que você saiba quanto receberá de rentabilidade se deixar o dinheiro aplicado até a data de vencimento, que costuma ser de prazos mais curtos.

Nesse caso, a sua remuneração é recebida de uma vez só na data de vencimento, ao contrário do Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F) em que o rendimento é recebido a cada seis meses na data de vencimento, mas a data do título costuma ser de longo prazo.

Tesouro IPCA

O Tesouro IPCA é o título que tem a rentabilidade atrelado ao índice IPCA, que é o termômetro da inflação. Ele também é caracterizado como pós-fixado é indicado para metas financeiras de longo prazo. 

Essa é a melhor opção para quem deseja investir com a garantia de que vai elevar ou manter o poder de compra, já que ele sempre entregará uma rentabilidade superior à inflação.

Há, ainda, o Tesouro IPCA + com juros semestrais, que entrega os juros ao investidor a cada semestre.

Rentabilidade dos títulos públicos

A rentabilidade dos títulos públicos é baseada em dois índices, a Selic e o IPCA. A diferença entre os tipos está na previsibilidade de remuneração e recebimento dos juros (anual ou mensalmente).

Ao investir em títulos públicos, você precisa ter em mente que a rentabilidade pode ser prefixada e pós-fixada. 

Acompanhe e veja a diferença entre elas.

Prefixada

Os títulos prefixados são aqueles com uma taxa fixa de juros. Isso permite que você saiba quanto receberá anual ou semestralmente de juros e qual será a sua rentabilidade exata na data de vencimento. 

Caso retire o dinheiro antes do prazo, a sua remuneração será diferente, porque os títulos têm marcação a mercado. Ou seja: o Tesouro Nacional recompra pelo valor que os ativos estão sendo negociados no mercado.

Por via de regra, não importam os acontecimentos políticos e econômicos, a sua rentabilidade tende a não sofrer alterações.

Pós-fixada

Os títulos pós-fixados sempre são atrelados a um indexador, sendo que os principais são a Selic e o IPCA. Esses índices tendem a oscilar com o tempo — a Selic, por exemplo, é atualizada a cada 45 dias.

Em razão dessas possíveis mudanças, nos títulos pós-fixados você não consegue saber qual será a sua rentabilidade até a data de vencimento. 

Os seus rendimentos somente podem ser estimados ou projetados, mas não previstos. Isso pode ser positivo ou negativo para a sua remuneração, tudo dependerá do cenário econômico e político.

Normalmente, esses investimentos vêm descritos como: rentabilidade de 100% do CDI, por exemplo. Isso quer dizer que os juros rendem determinado percentual desse indexador. 

Aqui, você deve estar se perguntando: qual é o melhor investimento: os prefixados ou os pós-fixados?

Não há uma opção melhor ou superior a outra. 

Há o investimento que melhor atende as suas metas financeiras e objetivos. São nesses dois aspectos que você precisa se basear. Para consultar sempre que precisar, veja um comparativo entre essas duas opções:

PrefixadosPós-fixados
Juros definidos Juros seguem um indexador
Rentabilidade previsível Rentabilidade imprevisível, somente estimada
Há possibilidade de perder para a inflação Menor potencial de perder para a inflação

Liquidez dos títulos públicos

A liquidez dos títulos públicos é D+1, ou seja: o pagamento é feito sempre no próximo dia útil ao pedido. 

Então, se você vender os seus papéis em uma segunda-feira, por exemplo, o valor estará disponível na terça. Esse processo de resgate é chamado de venda de papéis.

Essa ótima liquidez é possível porque os títulos públicos têm recompra diária e não dependem de outros investidores. Traduzindo, isso quer dizer que o Tesouro Nacional se compromete a comprar esses títulos todos os dias.

Somente fique de olho nos horários e datas para vender os seus papéis e solicitar o seu resgate:

  • As negociações de compra e de venda somente são feitas entre 9h30 e 18 horas dos dias úteis;
  • Das 5 horas às 9h30, o sistema do Tesouro Nacional fica em manutenção, por isso você não conseguirá fazer nenhum tipo de ação (compra, venda ou agendamento).

Tributação dos títulos públicos

Os títulos públicos têm tributação do Imposto de Renda e também podem ter do IOF. Em geral, a tributação é a mesma dos demais investimentos de renda fixa

Em linhas gerais, o IR segue uma tabela regressiva e o IOF depende do tempo que o seu dinheiro fica aplicado. 

Veja, a seguir, como funciona. 

Imposto de Renda

O Imposto de Renda dos títulos públicos segue uma tabela regressiva. 

Quanto mais tempo o seu dinheiro ficar aplicado, menor é alíquota. Os percentuais incidem somente sobre o valor total dos seus rendimentos, ou seja, do valor que você ganhou, os lucros. A regra é:

PrazoAlíquota
Até 180 dias de aplicação 22,5%
De 181 dias até 360 dias de aplicação 20%
De 361 dias até 720 dias de aplicação 17%
Acima de 720 dias de aplicação 15%

LEIA MAIS | Guia completo para declaração do Imposto de Renda.

Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)

O IOF somente é incide nos seus investimentos se o prazo for inferior a 30 dias. 

Portanto, se você fizer o seu resgate após esse período, fica isento desse imposto. 

A tabela do IOF também é regressiva, mas varia a cada dia de aplicação. Ela começa com alíquota de 96% para um dia de aplicação e fica em 3% para investimentos de até 29 dias.

Como investir em títulos públicos na Warren

Você tem três principais opções para comprar títulos públicos: diretamente no site do Tesouro Direto, em uma corretora de valores ou por meio de fundos de investimento

Nesse terceiro caso, você não precisa se preocupar em administrar os títulos, nem na compra ou venda, pois todo o trabalho fica por conta da gestora do fundo.

Essa é uma excelente opção para diversificar a sua carteira e para facilitar as suas aplicações. Na Warren, você pode investir em títulos públicos por meio do Fundo Renda Fixa Top.

Esse é produto mais conservador do nosso portfólio, indicado para objetivos de curto prazo ou perfis conservadores. Você pode fazer investimentos iniciais a partir de R$100 e conta com liquidez D+0 — se solicitar o resgate de manhã, estará disponível à tarde.

Esse fundo, assim como todos os fundos próprios da Warren, não tem taxa de administração, nem de performance. A rentabilidade desse fundo tem a meta de entregar 100% do CDI, e é considerado de baixo risco.

Optando por esse fundo, você não precisa ter nenhuma preocupação ou trabalho em gerir o fundo. A Warren tem um time de gestores especialistas, que fazem isso por você. 

Para acompanhar tudo isso é só ficar de olho na sua carteira, que é montada após fazer o teste suitability. Nele, você define o seu perfil, os seus objetivos e os valores que pretende investir. Depois disso, a Warren sugere a alocação ideal — mas você também pode modificar, se quiser.

Comece a investir com a Warren

Como vimos, os títulos públicos são os investimentos de renda fixa mais seguros do mercado financeiro. 

Por isso, são indicados para os investidores arrojados que buscam proteção para parte do patrimônio, e para os conservadores que não querem correr riscos. Eles também costumam ser indicados para o curto prazo e para quem tem como prioridade obter rendimentos acima da inflação. 

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