Por dentro do mercado

7 insights do Warren Day 2025

Publicado por
Roberta Brahm

O Warren Day 2025 celebrou os 8 anos da Warren reunindo grandes nomes da economia, da gestão de investimentos e da política nacional. 

A condução do evento ficou a cargo de Kelly Gusmão, co fundadora e membro do conselho da Warren, que apresentou os seis painéis com debates sobre os rumos do Brasil e do mundo, do papel da política monetária ao impacto da educação financeira, passando pelas oportunidades de mercado e os desafios políticos até 2026.

Para quem não pôde acompanhar ou quer relembrar, reunimos aqui os 7 principais insights do evento.

1) Transparência e alinhamento são a base de uma nova indústria financeira

Na abertura, Tito Gusmão (CEO da Warren) e Fábio Ribeiro (CIO da Warren) lembraram a jornada dos últimos 8 anos.

O propósito de construir uma corretora diferente, com transparência e alinhamento de interesses, permanece central e vem ganhando tração no mercado.

Fábio reforçou também a importância da ética e da consistência no relacionamento com o mercado institucional, lembrando que, no fim das contas, são as pessoas que fazem tudo acontecer.

O insight é claro: crescimento só faz sentido quando preserva os princípios que transformam a indústria.

2) Autonomia do Banco Central traz estabilidade e confiança

No painel sobre política monetária, mediado por Felipe Salto e Andréa Angelo, o Diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, destacou que a autonomia da instituição permitiu separar decisões de política monetária de ciclos eleitorais.

Para ele, esse distanciamento gera mais estabilidade e confiança no país, além de garantir transparência no processo.

A lição: um sistema monetário confiável é pilar essencial para o desenvolvimento econômico.

3) Brasil tem oportunidades, mas segue vulnerável sem responsabilidade fiscal

O painel com os gestores Rogério Xavier (SPX), Felipe Guerra (Legacy) e Bruno Cordeiro (Kapitalo) trouxe diferentes leituras sobre o cenário até 2026.

Se por um lado fatores externos, como a melhora global e a ausência de recessão nos EUA, abriram espaço para moedas emergentes, por outro, o Brasil ainda carrega riscos ligados ao endividamento público e à falta de reformas estruturais.

O consenso foi que o país tem chances de aproveitar oportunidades, mas continua vulnerável. O insight: sem responsabilidade fiscal, ganhos conjunturais não se sustentam.

4) Tesouro Direto mostra a força da educação financeira e da inovação

O painel com Felipe Paiva (B3) e Daniel Leal (Tesouro Nacional) mostrou como o Tesouro Direto se consolidou como instrumento de acesso e aprendizado.

Entre os destaques, estão o Tesouro 24×7, que permitirá investir a qualquer hora, e a Olimpíada de Educação Financeira, já presente em 40% dos municípios do país.

Essas iniciativas mostram que o impacto do programa vai além do financiamento da dívida pública: ele tem papel fundamental na formação de uma cultura de investimento e educação financeira no Brasil.

5) O futuro do país depende de diálogo e visão de longo prazo

O painel com Tarcísio de Freitas (Governador de SP) reforçou a importância de planejamento, responsabilidade fiscal e projetos de país de longo prazo.

Segundo ele, a insistência no diálogo e clareza de objetivos são essenciais para transformar potencial em legado. Sem isso, o risco é condenar futuras gerações ao peso da dívida pública.

O insight aqui: sem diálogo e compromisso coletivo, o Brasil continuará sendo o “país do futuro” que nunca chega.

6) Congresso terá papel decisivo no rumo econômico até 2026

O painel com Baleia Rossi (Presidente do MDB) trouxe reflexões sobre o papel do Congresso Nacional no cenário pré-eleitoral e econômico. A expectativa é de que os próximos dois anos sejam marcados por negociações políticas intensas e definição de pautas estruturais que podem impactar diretamente a economia.

Entre os pontos de atenção estão a possibilidade de união de partidos em torno de candidaturas competitivas e a necessidade de avançar em temas como responsabilidade fiscal, segurança e educação.

O insight é que o Congresso terá protagonismo na condução do ambiente político e econômico até 2026, influenciando tanto a confiança dos investidores quanto a agenda de reformas do país.

7) A nova ordem global exige clareza de projeto e liderança

No último painel, com Zeina Latif e Sérgio Fausto, o debate girou em torno do lugar do Brasil na nova ordem global.

Zeina destacou que a questão fiscal segue como alicerce para qualquer avanço, enquanto Fausto alertou para a falta de um “plano de voo” claro, que deixa o país exposto a crises recorrentes.

O aprendizado: em um mundo em transformação, o Brasil precisa de liderança capaz de construir consensos e de um projeto nacional que vá além do curto prazo.

Conclusão

O Warren Day 2025 deixou uma mensagem importante: em meio às incertezas políticas e econômicas, transparência, responsabilidade e visão de futuro são os verdadeiros diferenciais para quem quer transformar o mercado e o país.

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Publicado por
Roberta Brahm