Um Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) é um título de renda fixa de crédito privado lastreado no crédito imobiliário.
Ao aplicar em um CRI, o investidor ajuda a financiar o mercado imobiliário, antecipando os créditos que o setor receberá. Em troca, o CRI representa a promessa de um pagamento futuro.
Os Certificados de Recebíveis Imobiliários podem ser adquiridos diretamente do emissor por meio de ofertas públicas, ou de outros investidores no mercado secundário.
Indice
O Certificado de Recebíveis Imobiliários é como uma forma de dar mais liquidez, em um curto período de tempo, à empresa responsável por sua emissão.
De modo geral, funciona mais ou menos assim: em geral, uma incorporadora que possui um empreendimento em construção vende as unidades antes da finalização da obra. No entanto, essa construtora não espera o pagamento da totalidade das parcelas dos compradores.
A empresa se antecipa e contrata uma securitizadora, que é a empresa responsável por transformar as dívidas em títulos de crédito, nos quais os investidores podem aplicar seu capital.
A partir daí, a incorporadora receberá recursos sem ter que esperar o vencimento das parcelas.
Já quem investe em um CRI recebe uma rentabilidade do valor aplicado de acordo com um prazo pré-determinado, como também é o caso em outros produtos de renda fixa.
O pagamento pode acontecer tanto no vencimento da aplicação quanto periodicamente, de acordo com a especificação do título.
Como acontece com boa parte dos produtos de renda fixa, a rentabilidade do Certificado de Recebíveis Imobiliários é relativamente previsível.
Em geral, os recebíveis imobiliários seguem os seguintes modelos de remuneração:
Existem também CRIs cuja rentabilidade está atrelada a um índice, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, a famosa inflação. Nesses casos, parte da remuneração costuma ser pré-fixada e outra pós-fixada.
Não há incidência de Imposto de Renda (IR) nem de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre os rendimentos do CRI. No entanto, é um investimento que não possui cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
O CRI é considerado uma aplicação de longo prazo, cujo vencimento geralmente varia de quatro a dez anos, podendo chegar até 15 anos.
Por não permitir resgate antecipado, é considerado um investimento de baixa liquidez.
Se o investidor quiser recuperar seus recursos antes do prazo, precisará vender o título a outro investidor, o que pode acarretar em prejuízo, pois nessa venda antecipada não há garantias de que a rentabilidade determinada inicialmente será entregue.
Gostou da leitura? Continue aprendendo sobre os termos do mercado financeiro aqui no Mercado de A a Z: