O câmbio flutuante é um sistema no qual a taxa de câmbio de uma determinada moeda é definida pela oferta e demanda de moeda estrangeira no mercado, sem intervenção do Banco Central.
É uma maneira de os países equilibrarem a troca da moeda nacional com outras moedas.
A dinâmica da oferta e da demanda faz com que a taxa de câmbio varie entre as moedas em função dos fatores que as influenciam, como crescimento econômico, inflação ou taxas de juros. Nesse caso, o Banco Central do país não intervém.
Uma moeda que usa uma taxa de câmbio flutuante é conhecida como moeda flutuante.
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O câmbio flutuante não tem a capacidade de corrigir o déficit de um país pela desvalorização ou reavaliação da moeda, mas a tendência é que se ajuste naturalmente à medida que passa pelos mercados.
Em tese, o mercado é capaz de corrigir tanto os déficits quanto os superávits públicos do país.
Por exemplo, se há déficit comercial em um país, isso significa que se exporta menos do que se importa, de forma que a demanda pela moeda nacional será fraca e seu preço perderá valor.
A consequência disso é que as importações devem ficar mais caras e as exportações, mais competitivas, corrigindo o déficit comercial.
No caso do câmbio flutuante, se a demanda por uma moeda é baixa, seu valor diminui, tornando os bens importados mais caros e estimulando a demanda por bens nacionais. Essa movimentação pode resultar na geração de mais empregos, por exemplo.
Por esse motivo, o câmbio flutuante também é conhecido como “autocorretivo”, uma vez que as diferenças de oferta e demanda tendem a se corrigir automaticamente no mercado.
No entanto, algo que é característico do regime cambial do Brasil é o que chamamos de “câmbio flutuante sujo”.
Neste caso, a taxa de câmbio também é resultado da oferta e da procura, mas o Banco Central intervém em momentos de extrema variação, comprando ou vendendo dólares para estabilizar a moeda e alcançar as metas econômicas.
Apesar do termo “sujo”, essa não é uma prática ilegal ou proibida. A palavra é utilizada apenas para conceituar uma forma de alteração do valor de uma cotação cambial que não acontece de forma natural.
Ao contrário do que acontece no regime de câmbio flutuante, no sistema de câmbio fixo, o valor da moeda nacional é estabelecido tendo como referência uma moeda estrangeira (geralmente, o dólar).
O objetivo dessa taxa fixa é evitar que o preço da moeda flutue, e para isso o Banco Central compra e vende a moeda do próprio país no mercado de câmbio em troca da moeda na qual se baseia.
Por um lado, o câmbio fixo apresenta vantagens como a estabilidade do valor da moeda, a promoção de investimento estrangeiro e a contenção da inflação, podendo beneficiar a economia do país.
Por outro, requer que o país mantenha reservas constantes de moeda estrangeira, além de limitar reações a momentos de crise.
Já o câmbio flutuante, por permitir que o câmbio se ajuste sozinho, pode ser uma boa forma de conter crises estrangeiras. Além disso, evita que reservas internacionais sejam gastas para manter as cotações.
No entanto, devido à alta volatilidade das taxas de câmbio, esse sistema pode trazer uma sensação de incerteza no comércio, o que pode ser um fator negativo.