Imagine a seguinte situação: em um fim de tarde, você decide parar de procrastinar e começar a investir.
Você acessa uma plataforma de investimentos e – para sua grata surpresa — vê duas carteiras de investimentos prontas e bem diversificadas para dar o primeiro passo.
Carteira 1 | Carteira 2 | |
Qual a meta de retorno médio anual de longo prazo? | Inflação + 4% ao ano | Inflação + 6% ao ano |
Quanto posso perder, ainda que temporariamente? | -7,5% | -25% |
Qual dessas opções você escolheria?
Se você realmente começou a investir agora, muito provavelmente não deve ter convicção alguma sobre essa resposta.
A depender do momento e de suas experiências pessoais, muito provavelmente se dividiria entre o medo e a ganância.
Diante disso, você, pacientemente, não toma a decisão hoje e resolve buscar a ajuda de um consultor financeiro amanhã.
No dia seguinte, o consultor compreende sua situação pessoal e financeira e, antes de propor uma carteira de investimentos, faz uma pergunta simples e essencial: você quer investir por quê?
Indice
OK, a pergunta não é simples. Mas do adjetivo “essencial” não temos como escapar.
Depois de algum tempo e de outras perguntas, você conclui que essencialmente quer mais tempo livre para fazer as atividades que gosta, mantendo o padrão de vida atual, trabalhando menos ou nada.
Pronto, agora você tem um objetivo de vida. Mas como viabilizá-lo?
Primeiro, precisamos transformar esse objetivo de vida em uma meta financeira.
Para isso, você precisa estabelecer um prazo bem definido e se certificar de que essa meta é, de fato, alcançável.
Mas você não precisa fazer isso por conta própria, basta fornecer algumas informações para seu consultor, como:
A partir dessas informações, seu consultor será capaz de mensurar qual patrimônio você precisa acumular, para entender se essa meta é atingível.
É possível que a meta seja irreal (não custa sonharmos) e seu consultor proponha ajustes e alternativas mais palpáveis. Mas também pode acontecer de, por sorte, a meta ser alcançável.
Supondo que você tenha sorte, seu consultor informará de imediato a meta financeira:
“Para você conquistar esse objetivo de vida, precisa acumular X reais até a idade Y, seguindo essa carteira 2”
Com sentimento de medo, você pode questionar a carteira 2, já que há chance de ver seu patrimônio desvalorizar 25%, ainda que temporariamente.
Mas aí vem outra pergunta.
O que é pior para você: dirigir por uma estrada cheia de buracos com alta probabilidade de chegar ao destino desejado, ou dirigir por uma estrada tranquila e chegar a um destino diferente?
Dando continuidade, ainda vale refletir sobre uma segunda pergunta essencial.
O que é mais importante para você: a renda desejada, o prazo da transição ou não ter a chance de ver a carteira desvalorizar 25% eventualmente?
Se o fato de não ter a chance de ver a sua carteira desvalorizar 25% for o mais importante para você, seu consultor poderá avaliar novas alternativas com prazos mais longos ou uma renda desejada menor.
Após essas conversas e reflexões, sua meta financeira e a carteira recomendada estarão prontas, e você terá total clareza de onde e como chegar.
A clareza não somente trará tranquilidade, como também auxiliará a tomar decisões mais assertivas e menos emocionais.
Por fim, se é só investir na carteira recomendada, quais são as suas principais contribuições para atingir seu objetivo de vida?
1. Poupar mensalmente conforme a meta
2. Evitar olhar a rentabilidade diária dos investimentos
3. Comunicar o seu consultor para reavaliar a meta quando identificar algum imprevisto
Com um bom consultor e disciplina, investir não requer muito conhecimento, nem esforço.
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