Existe um dizer famoso no mercado financeiro: “Time in the market beats timing the market”. Em tradução livre, significa que investir ao longo do tempo tende a ser mais poderoso do que tentar acertar o momento exato de entrar ou sair do mercado.
Mas será que essa frase vale para todo mundo? Ou o timing também tem seu papel dependendo da estratégia e do perfil de quem investe?
Para responder a essa pergunta, reunimos diferentes perspectivas — de sócio, gestor e especialista — para explorar como tempo e timing se complementam (ou se contrapõem) quando falamos em investimentos. Confira!
O tempo é o maior amigo do investidor. Tentar prever o melhor momento para comprar ou vender qualquer ativo financeiro — o famoso timing — é arriscado e como estratégia de investimentos, impossível de replicar.
Nunca conheci ninguém capaz de acertar o timing do mercado. Nem Warren Buffett, o maior investidor de todos os tempos, é capaz disso. Ele sempre que pode, repete que não tem essa habilidade.
Agora, existem inúmeras histórias de investidores que ao investir com constância ao longo do tempo, colhem os frutos dos juros compostos em suas carteiras.
No curto prazo, o mercado pode oscilar para lá e para cá, mas, no longo prazo, tende a premiar as melhores empresas e quem permanece sempre investido. Em vez de tentar adivinhar o futuro, invista com paciência e deixe o tempo cuidar do seu retorno.
O melhor momento para investir é agora. É sempre.
Do ponto de vista do investidor institucional, o “tempo” nos investimentos é avaliado sob duas perspectivas principais: o prazo de investimento e o timing do mercado, também conhecido como market timing. Enquanto o prazo de investimento se refere ao período em que o investidor pretende manter seus ativos, o timing do mercado busca prever movimentos futuros do mercado para otimizar a compra e venda de ativos.
Investidores institucionais, como fundos de pensão e seguradoras, geralmente possuem um horizonte de investimento de longo prazo, que pode variar de alguns anos a décadas. Essa abordagem de longo prazo permite que eles se beneficiem do efeito dos juros compostos e do crescimento gradual dos seus investimentos ao longo do tempo.
Além disso, o prazo de investimento também influencia a escolha dos ativos, sendo que prazos mais longos geralmente favorecem investimentos mais arriscados, como ações, enquanto prazos mais curtos podem exigir investimentos mais conservadores, como títulos de renda fixa.
Resumindo, enquanto o prazo de investimento é um fator crucial para investidores institucionais, o timing do mercado, ou a tentativa de prever movimentos futuros, é geralmente evitado como uma estratégia principal, porém é relevante na hora de construção da posição.
Tempo e timing podem até parecer iguais, mas no mercado financeiro cada um tem sua função. Para o investidor, o tempo é o grande aliado: é ele que faz os juros compostos agirem, os planos amadurecerem e os objetivos de vida se realizarem.
Já para o gestor, o timing faz diferença — mas ninguém acerta sempre. O papel do gestor é acompanhar o mercado de perto, analisar cenários e buscar as melhores oportunidades para investir no momento mais adequado. É estratégia, estudo e experiência para valorizar o patrimônio de forma eficiente ao longo do tempo.
No fim das contas, tempo e timing andam de mãos dadas. O investidor planta com paciência, o gestor cultiva com cuidado — e, juntos, colhemos os frutos no futuro.
No fim, não existe uma resposta única: tempo e timing não são rivais, mas peças diferentes do mesmo tabuleiro.
Para o investidor comum, a disciplina de manter-se investido e deixar o tempo agir é quase sempre a estratégia mais eficiente. Para gestores e profissionais de mercado, o timing pode acrescentar valor quando usado com estudo, experiência e responsabilidade.
Seja qual for o ponto de partida, a mensagem é clara: o mercado recompensa a constância. O melhor momento para começar é sempre agora — e o tempo será seu maior aliado ao longo da jornada.
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