A bolsa brasileira ultrapassou os 104 mil pontos nesta sexta-feira. Isso significa que a Bolsa está cara? Não necessariamente. Em reais, a Bolsa está na sua máxima histórica. Mas, em dólares, longe disso.
O maior preço de fechamento em dólares foi em 19 de maio de 2008, aos 44.616,04 mil pontos. Com o dólar na cotação atual, para igualar a máxima de 2008 teríamos que chegar aos 170.000 pontos. Ou seja, há muito espaço pra correr ainda.
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Dependendo do ponto de vista, o investidor pode achar que a bolsa está cara e não investir, esperando pelo momento mágico, perfeito, aquele que será o melhor ponto de entrada do universo. Esqueça isso. É um grande erro. Como alguns gestores gostam de dizer: invista agora, e, em dez anos, me agradeça. O melhor momento para começar a investir é agora. Aos poucos, via aportes mensais.
Devemos mudar nosso comportamento, nossa carteira, nosso asset allocation porque estamos batendo máximas históricas em reais, ou tendo espaço para subir em dólares? Também não.
Não se preocupe com isso, deixe o rebalanceamento das carteiras conosco. É sempre melhor fazer mudanças com calma, sem a pressa da euforia nem a tristeza melancólica das baixas.
Em momentos de alta, é necessário segurar o cavalo eufórico e aplicar com disciplina. Assim como são os momentos de baixa são ideais para aplicar um pouco mais. Inclusive, no Brasil é comum que, na maior parte do tempo, a bolsa opere abaixo de sua máxima: atinge-se uma máxima, depois ocorre uma queda, de maior ou menor grau, e a bolsa permanece um longo período abaixo daquela máxima histórica.
“Investir na bolsa é pra mim?” Veja vídeo.
Quando a bolsa brasileira atingiu os 100.000 pontos, em março, houve um período de três meses até que se renovasse a máxima histórica, com fechamento em 102.000 pontos.
Há projeções de queda da taxa livre de risco brasileira para 5,75% a.a. Juros mais baixos significa menos incertezas quanto ao futuro. Se os termos de troca entre as gerações puderem ser acordados, e superarmos a sombra das discussões previdenciárias, será dado mais espaço a algo que já está acontecendo e que é transformacional na economia brasileira: cada vez faz menos sentido dormir no DI.
Fará cada vez mais sentido não emprestar dinheiro para o governo, atualmente ainda um alocador muito ineficiente, e passar a emprestar e investir na economia produtiva, tornar-se acionista de empresas de capital aberto ou fechado, tirar do papel aquela ideia de empreendimento que vai gerar emprego e renda.
A tendência do Brasil é, ainda que com muitos solavancos, que o prêmio da renda fixa diminua, e faça mais sentido correr o risco variável e do empreendedorismo. Será a única maneira, como é nos Estados Unidos, de fazer o patrimônio existente crescer.
No Brasil, menos de 1% da população investe em ações. Nos EUA, mais de 65% investe. Mas por aqui há cada vez mais pessoas físicas participado do mercado e está crescendo a busca por educação financeira.
A indústria dos fundos de ações já cresceu mais de R$ 45 bilhões só neste ano. Mais de trinta empresas devem fazer follow on (empresas de capital aberto que emitem novas ações no mercado) e IPOs (evento em que uma empresa abre seu capital capital e oferta publicamente suas ações pela primeira vez).
Como investir em empresas americanas? Veja vídeo.
A liquidez da B3 vem crescendo desde 2016, e hoje o giro diário é o maior desde 2010, mais de R$ 12 bilhões por dia, o que vem absorvendo as ofertas do mercado. Diversas medidas de acesso a crédito estão sendo realizadas pelo Banco Central do Brasil e muitas fintechs estão surgindo. Tudo isso é sinal de inovação e confiança.
Em meio à negatividade extrema que domina o país, e os inegáveis problemas sociais e econômicos que possuímos, o otimismo e a tranquilidade de não ser seduzido pelas promessas de ganho rápido, euforias de mercado, nem pelo desespero melancólico das eventuais perdas é o motor para o crescimento do patrimônio, e é a atmosfera do nosso trabalho na Warren.
Não é cliente ainda? Então comece agora.