ETF é a sigla para Exchange Traded Funds, conhecidos no Brasil como fundos de índice. É um tipo de investimento passivo, baseado em uma carteira teórica que acompanha um índice de referência.
Com o ETF, o investidor não escolhe ações de determinadas empresas listadas na Bolsa de Valores, mas sim o índice, como o Ibovespa.
Assim, você se expõe à oscilação desse índice, que representa a média do mercado, sem tentar escolher as empresas vencedoras, prática conhecida como stock picking.
Pode parecer uma alternativa bastante simples e pouco arrojada — e realmente é tudo isso. O que não quer dizer que apresenta pouco resultado.
Neste artigo, vamos explicar por que os ETFs são opções seguras, baratas, eficientes e ao mesmo tempo bastante rentáveis para quem investe no longo prazo.
Abordaremos os seguintes assuntos:
Siga a leitura e saiba tudo sobre o ativo que tem tudo para se tornar um dos preferidos dos investidores nos próximos anos.
Indice
ETF é um fundo de investimento que acompanha um índice, seja ele da Bolsa de Valores ou de renda fixa. A sigla quer dizer Exchange Traded Fund (algo como “fundo negociado em bolsa”), um investimento de renda variável que oscila igual ao índice que ele espelha.
E o que são esses índices?
São pontuações atribuídas a carteiras teóricas, na maioria dos casos formadas pelos ativos com maior volume de negociações ou de empresas com maior valor de mercado entre as listadas.
O Ibovespa é o exemplo mais conhecido entre os brasileiros: é um índice composto pelas 77 ações (o número de ações que compõem o Ibovespa pode mudar) mais negociadas na B3, a bolsa brasileira, elencadas de acordo com o valor de mercado.
A lista total de ações listadas na B3 é composta por ativos de mais de 300 empresas.
Mesmo assim, no noticiário econômico, a alta ou queda percentual do Ibovespa é a informação que recebemos para entender o momento da bolsa, pois representa uma média do mercado.
O mesmo acontece nas demais bolsas do mundo.
No mercado americano, por exemplo, a grande referência é o índice Dow Jones, composto por ações das 30 maiores e mais importantes companhias dos Estados Unidos.
Outra grande referência, por lá, é o S&P 500, índice que reúne as 500 maiores empresas dos Estados Unidos em valor de mercado, com alguns critérios qualitativos, como a obrigação de não ter reportado prejuízo nos quatro trimestres anteriores.
Quem investe em ETFs, portanto, está apostando na média do mercado.
Isso pode até soar como excesso de conservadorismo, mas na verdade é uma estratégia inteligente e segura, como explicaremos melhor no decorrer do artigo.
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Os ETFs são fundos de gestão passiva, ou seja, seguem uma estratégia de investimento predeterminada (no tópico seguinte explicaremos qual a diferença entre fundos passivos e ativos).
Como nos demais fundos de investimento, nos ETFs o investidor compra cotas, que são frações do total de ativos que compõem o fundo.
É uma maneira de diversificar o investimento em ações de várias empresas de maneira simples, com um único aporte.
Além de ser um fundo passivo que acompanha determinado índice da bolsa de valores, uma particularidade do ETF é que suas cotas são negociadas no pregão da bolsa de valores, como se fossem ações.
Cada ETF tem, portanto, um código, assim como as ações de uma empresa.
O BOVA11, por exemplo, é um ETF que tem como referência o Ibovespa. Sua rentabilidade está associada à oscilação das ações que compõem este índice.
Quanto à tributação, incide sobre os ETFs a mesma alíquota de Imposto de Renda dos demais fundos de investimento: 15% sobre o ganho de capital, isto é, a diferença entre o que o investidor recebeu na venda e pagou na compra do ativo.
Diferentemente da compra e venda de ações individualmente, não existe isenção do imposto para quem vende até R$ 20 mil em um mês.
Vamos recorrer ao dicionário para facilitar a compreensão:
Veja bem, esses dois adjetivos se referem à gestão de fundos de investimento.
Na gestão ativa, há especialistas constantemente em atividade para escolher as ações mais promissoras e identificar o momento certo para comprar ou vender, com base no estatuto e nas estratégias do gestor.
Já a “indiferença” da gestão passiva é no sentido de que o momento do mercado e os indicadores de cada ação não fazem diferença — o único critério é investir nas ações que compõem o índice de referência.
Esse índice é atualizado com frequência, e cabe ao fundo perseguir o resultado dele.
Assim, como no ETF a regra de investimento já é estabelecida previamente (seguir o benchmark, ou referência), não existe um processo ativo de escolha dos melhores papéis.
Nos fundos ativos, por outro lado, são estudados os fundamentos das empresas (a chamada análise fundamentalista), partindo do princípio de uma ação pode ter um valor valor intrínseco (ou valor real) diferente do valor atribuído a ela pelo mercado.
Com a análise de indicadores e informações dos demonstrativos da companhia, os especialistas buscam descobrir se o valor intrínseco supera o de mercado, ou seja, se aquela ação está barata e, portanto, é uma boa oportunidade de investimento.
Partindo dessa lógica, eles alteram a composição das carteiras dos fundos com uma grande frequência, buscando aproveitar as oportunidades que vão surgindo, comprando na baixa e vendendo na alta.
Enquanto isso, a composição da carteiras de um ETF muda somente quando a lista de empresas de seu índice de referência é atualizada.
Para trazer um exemplo, pensemos nas ações que compõem o S&P 500. A carteira de um ETF que tem o índice como referência será composta exatamente por essas 500 ações.
Os gestores de um fundo de ações ativo, por outro lado, consideram que, dessas 500 ações, algumas têm um potencial maior de valorização que outras.
Seu objetivo, portanto, será superar a rentabilidade do S&P 500 com a seleção dos melhores ativos, enquanto o fundo passivo (ETF) busca igualar.
Colocando dessa maneira, fica parecendo que o fundo ativo é a melhor opção de investimento, certo?
Mais adiante, explicaremos que não é bem assim.
Em 1973, os bancos americanos Wells Fargo e American National Bank criaram um fundo de investimento vinculado a um índice da bolsa.
A opção foi disponibilizada para alguns clientes, e o estímulo para a criação da modalidade veio de pesquisas acadêmicas que sugeriam vantagens no investimento passivo.
Alguns anos mais tarde, o investidor americano John Clifton Bogle, fundador do grupo Vanguard, criou o primeiro fundo de índice público, ou seja, disponível para qualquer cliente.
A ideia era criar uma opção de investimento com gestão passiva e custos menores, o que possibilitaria o acesso de mais pessoas ao mercado de ações.
Chamado de First Index Investment Trust, o fundo seguia o já citado S&P 500. Ele existe até hoje, com o nome de Vanguard 500 Index Fund (VFINX).
Mas por que estamos falando em fundo de índice e não em ETF? Como explicamos antes, uma das particularidades dos ETFs é que eles são negociados na bolsa, como se fossem ações, o que não era o caso dos primeiros fundos de índice.
O modelo foi experimentado em 1990, quando a Bolsa de Valores de Toronto lançou o Toronto 35 Index Participation Units (TIPs), cuja popularidade motivou o mercado dos Estados Unidos a criar um fundo semelhante.
Assim surgiu o S&P 500 Trust ETF (SPY), criado pela State Street Global Investors em 1993. O fundo atraiu bastante interesse dos investidores e é popular até hoje.
De lá para cá, o mercado dos ETFs cresceu muito nos Estados Unidos, onde o investimento nos fundos de índice tornou-se comum.
Como você pode ver no gráfico abaixo, o valor investido em ETFs a nível global já supera os US$ 7 trilhões.
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No Brasil, os ETFs foram regulamentados em 2002, mas sua relevância na carteira dos investidores brasileiros é uma novidade crescente.
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Você já sabe que, no universo dos investimentos, existem diversas opções de ativos para aplicar o seu dinheiro. Cada um com suas particularidades, com seus prós e contras.
A seguir, apresentamos as principais vantagens do ETF e do investimento passivo em geral, para ajudar você a decidir se essa modalidade está de acordo com seu perfil de investidor.
Quem se interessa em saber mais sobre o mundo das ações e da renda variável em geral logo entende que é um “saco sem fundo”, no sentido de que sempre há o que aprender, não importa quanto conhecimento a pessoa já tenha adquirido.
Pense em todas as opções que você tem para investir e todos os fatores que podem ser analisados para montar sua carteira de ações e escolher qual o melhor momento para comprar ou vender.
Só no balanço patrimonial da empresa, já encontramos inúmeros dados detalhados sobre lucro, despesas, dívidas e patrimônio. Informações que devem ser comparadas com o histórico da empresa ou com companhias do mesmo setor.
Tudo isso para dizer que, investindo em ETFs, não é preciso chegar nem perto desse nível de detalhe.
Basta confiar na rentabilidade a longo prazo do índice de referência usado pelo fundo.
Sem contar que o ETF é negociado no próprio pregão da bolsa, portanto suas cotas podem ser compradas com a mesma facilidade com que compramos ações individuais (veremos mais sobre essa facilidade no tópico “Como investir em ETFs na Warren”).
Além de fácil, as características que explicamos acima tornam o investimento em ETFs mais simples.
Mesmo já tendo um amplo conhecimento sobre o mercado de ações, você pode optar pelos fundos de índice porque eles simplificam a gestão de seus ativos.
Sem precisar analisar as ações individualmente, economiza-se bastante tempo — por isso, os fundos passivos são ideais para quem quer se concentrar em seu trabalho ou negócio.
Assim, em vez de perder tempo pesquisando e pensando em quais ações investir, você foca em meios de aumentar a renda e, consequentemente, os aportes periódicos.
Sem contar que os ETFs eliminam os vieses cognitivos e emocionais, que influenciam tanto o investidor que faz stock picking quanto o gestor de um fundo ativo.
Isso significa que a escolha das ações não se submete a qualquer tipo de sentimento ou raciocínio, o que torna o processo mais simples e livre de estresse, ansiedade ou arrependimento.
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Como um fundo de gestão passiva, as taxas que incidem sobre os investimentos em ETF são muito menores na comparação com os fundos de gestão ativa.
O motivo é óbvio: gestores profissionais selecionam os ativos que compõem as carteiras dos fundos ativos, e esse trabalho tem um custo.
A taxa de administração — percentual sobre o valor investido cobrado pelo gestor do fundo como remuneração pelo seu serviço — dos fundos ativos geralmente fica em torno de 2%.
Além disso, esses fundos costumam cobrar uma taxa de performance de 20% caso superem a meta estipulada para os resultados.
Nos fundos passivos e ETFs, não há cobrança de taxa de performance e a taxa de administração é muito mais baixa do que a dos fundos ativos — alguns ETFs dos Estados Unidos cobram apenas de 0,03%. Ou seja: mais de 60 vezes menor do que os fundos ativos tradicionais.
No Brasil, o ETF mais barato é o PIBB11, que cobra apenas 0,059% ao ano, ou 33 vezes menos do que fundos de ações tradicionais.
Esse custo muito mais baixo na comparação com outros fundos de investimento explica por que esse investimento ainda não se popularizou no Brasil: bancos e corretoras que trabalham no modelo comissionado, em que recebem uma comissão no produto indicado, não são favorecidos financeiramente.
Vale muito mais a pena, para eles, oferecer produtos com taxa de administração de 2%, do que um produto com taxa de administração de 0,5%, mesmo que o ETF seja, em muitos casos, mais interessante para os objetivos do investidor.
É a raiz do conflito de interesses que tanto combatemos aqui na Warren.
Investindo em apenas um ETF, você pode ter cotas de ações de centenas de empresas. Se o fundo segue o índice S&P 500, por exemplo, há nada menos que 500 companhias representadas no investimento.
No Brasil, investir no IVVB11 é uma maneira de fazer isso.
Uma lista grande o suficiente para diluir completamente o risco, que é o grande objetivo da diversificação.
Diversificar quer dizer comprar poucas ações de várias empresas em vez de muitas ações de poucas empresas.
Uma carteira pouco diversa está sujeita a um risco muito grande — se determinado segmento de mercado entra em crise e faz cair o preço de uma ação, a rentabilidade geral é bastante impactada.
Quando a carteira é diversificada, um evento como esse causa pouco impacto e pode acabar sendo compensado por uma situação contrária (de mercado em crescimento) em outros papéis.
Agora imagine os custos e o trabalho que você teria se decidisse investir em todas as empresas do índice Ibovespa, por exemplo. Ao comprar um ETF que segue o índice, você faz essa diversificação com apenas um ativo.
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ETFs que espelham índices globais são uma maneira simples e segura de se expor a ativos de outros países, em especial dos Estados Unidos, o mercado mais visado.
Usando novamente o exemplo do S&P 500, o índice engloba empresas gigantes e mundialmente conhecidas, como:
Isso tudo sem a burocracia de ter que abrir uma conta em uma corretora internacional e sem o custo de transferir dinheiro para fora do país.
Outra opção para investir em empresas internacionais, mas com um olhar ativo sobre os investimentos, é por meio dos fundos de investimento da Warren.
Nosso fundo Warren Tech, por exemplo, conta apenas com empresas americanas do segmento de tecnologia.
Há, ainda, a possibilidade de investir diretamente nas empresas que você prefere por meio de BDRs. Mas, neste caso, você escolheria os ativos, e não teria as vantagens da diversificação que um ETF oferece.
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Mesmo um investidor passivo pode se interessar por saber quais são as ações que compõem o fundo em que ele aplicou seu dinheiro — é até saudável que ele tenha esse interesse.
Um fundo que não é negociado na bolsa pode demorar um trimestre inteiro para divulgar suas posições, de modo que você investe sem saber ao certo quais as ações que compõem sua carteira.
Já o ETF, por ser negociado no pregão da bolsa, tem a obrigação de uma maior transparência: é possível saber diariamente no que o fundo investe, quais são suas posições e percentuais.
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É muito legal que o ETF seja simples, fácil, tenha pouco risco, menor custo e dê a possibilidade de investir nas empresas mais conhecidas do planeta.
Mas nada disso adiantaria se o investimento não fosse rentável, certo?
Pois fique tranquilo porque, se você está mirando no longo prazo, os fundos que seguem índices costumam ter uma rentabilidade muito boa.
Lembrando que, aqui na Warren, consideramos aplicações em um prazo inferior a três anos como um investimento de curto prazo.
Pegando um recorte de tempo, você pode encontrar fundos com gestão ativa que superam os índices.
Analisando o quadro geral em um longo período, porém, notamos que não há muita consistência nos resultados e os índices costumam superar boa parte dos fundos ativos, como explicaremos melhor no tópico seguinte.
A resposta curta é: porque, além da taxa de administração dos ETFs ser menor, o que garante mais eficiência ao investimento, poucos fundos de investimento com gestão ativa batem a média do mercado no longo prazo.
Ou seja, mesmo com todo esse trabalho de selecionar as melhores ações e os custos que o serviço envolve, após alguns anos a probabilidade de bater os índices que os ETFs espelham é baixa.
Pode soar estranho, especialmente se você já leu bastante coisa sobre análise fundamentalista de ações e stock picking. Mas é verdade, e explicaremos melhor em seguida.
Existem diversas linhas de pensamento no mercado de ações. Alguns acreditam que a análise de fundamentos e indicadores permite identificar se uma ação está cara ou barata.
Outros — os traders — defendem que, analisando o gráfico que representa a oscilação do preço de uma ação, é possível antecipar movimentos de alta ou baixa.
Por fim, há aqueles que advogam pela hipótese do mercado eficiente, segundo a qual o preço atual da ação, definido pela oferta e procura, já reflete todas as variáveis possíveis — e por isso a ação nunca está cara ou barata e não existe diferença entre valor real e de mercado.
Conhecer esse ponto de vista é importante para perceber que a crença nos métodos de análise de ações não é um consenso.
É claro que um especialista pode dar boas dicas sobre ações promissoras, com um grau razoável de confiabilidade. Em alguns casos, não é difícil antecipar que determinado papel vai se valorizar.
O problema é que, para montar uma carteira diversificada e segura, que tenha uma boa rentabilidade no longo prazo, é preciso fazer muitas escolhas no decorrer dos anos.
É aí que os gestores ativos costumam falhar: é muito difícil manter uma consistência de resultados positivos que supere os principais índices das bolsas.
Voltando à pergunta “É possível saber se a ação vai subir ou cair?”, o economista americano Burton G. Malkiel acredita que não.
No livro A Random Walk Down Wall Street, Malkiel defende que nenhuma teoria ajuda a antecipar qual será o preço de uma ação no futuro.
Segundo ele, a única coisa previsível no mercado de ações é que ele tende a crescer ao longo do tempo. A partir daí, o autor criou sua mais célebre frase:
“Um macaco com os olhos vendados atirando dardos sobre as páginas de finanças de um jornal conseguiria selecionar uma carteira que se sairia tão bem quanto uma selecionada cuidadosamente por especialistas.”
Se Melkiel estava errado, era porque os macacos, na verdade, podem até superar alguns especialistas, como argumentou Rob Arnott, da Research Affiliates, que simulou a teoria do autor.
A ideia gerou uma brincadeira que teve grande repercussão. O Macaco Zé, personagem criado nas redes sociais pelo publicitário Marcelo Alemi, selecionava ações ao acaso e, por várias semanas, teve uma performance acima da Ibovespa e de fundos de ações.
Claro que você não precisa de um macaco ou algoritmo para selecionar aleatoriamente as ações. Na média e em um prazo curto isso pode dar bons resultados, mas não seria a estratégia mais segura no decorrer dos anos.
Aqui entram os ETFs, com os quais você pode apostar na média do mercado, sem seleção de ações nem dardos atirados em jornais por primatas.
Além das experiências que já citamos aqui, há centenas de estudos e dados que comparam a performance de fundos ativos com os índices do mercado ou a escolha aleatória de ações.
No Brasil, de acordo com dados da SPIVA, 86,27% dos fundos de ações tiveram uma performance abaixo do índice S&P Brazil BMI nos últimos 5 anos (dados de 30 de dezembro de 2020).
É por isso que o lendário investidor Warren Buffett sugere a estratégia 90/10, em que 90% do dinheiro é investido em fundos de índice de baixo custo.
Os ETFs são o futuro, portanto, porque trazem resultado, têm custo baixo e são acessíveis para qualquer um, inclusive quem não tem conhecimento sobre o mercado de ações.
Ações de empresas que pagam dividendos com uma boa periodicidade costumam ser atrativas entre os investidores, pois garantem um fluxo constante de dinheiro mesmo para quem segura seus ativos por bastante tempo.
No caso dos ETFs, não espere isso. Nesses fundos, o pagamento de dividendos é reinvestido automaticamente na compra de mais ativos.
O investidor não poderá resgatar o dinheiro, portanto, já que ele é usado para aumentar o montante investido na compra de ações.
É por isso que os ETFs são ideais para aplicar e “esquecer”, principalmente para investidores que estão na fase de acumulação de patrimônio, interessados em rentabilizar o seu capital.
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A seguir, apresentamos informações sobre alguns dos principais ETFs negociados na B3.
Maior e mais tradicional ETF do Brasil, o BOVA11 foi o primeiro a perseguir o índice Ibovespa. A Black Rock, gestora do fundo, é uma das mais renomadas gestoras de ETFs ao redor do mundo, com forte presença nos Estados Unidos.
O BOVB11 é mais um ETF que persegue o índice Ibovespa, desta vez do Bradesco, com taxa de administração inferior.
Um dos ETFs mais antigos do Brasil, o PIBB11 foi criado em 2004 por iniciativa do BNDES para fomentar o mercado de ETFs no Brasil. É o ETF mais barato do país e entrega uma exposição às 50 empresas mais negociadas da Bolsa.
O SMAL11 é o maior ETF do Brasil focado no investimento em small caps.
Um dos ETFs mais tradicionais do Brasil, o IVVB11 entrega uma exposição ao S&P 500 aos investidores brasileiros, com efeito cambial. Ou seja: se o dólar se valorizar, você é beneficiado. Se o dólar se desvalorizar em relação ao real, você perde.
O DIVO11 é um ETF que entrega exposição ao índice Dividendos – IDIV, focado em empresas pagadoras de dividendos.
O ETF ESGB11 replica o Índice S&P B3 Brazil ESG. Trata-se de um índice que seleciona as empresas com as melhores práticas ESG.
Agora, veja alguns dos principais ETFs do planeta, listados por patrimônio líquido, do maior para o menor.
Note a importância do índice S&P 500, usado como referência em 3 dos 4 principais fundos.
Nome do fundo | Código do ETF | Índice que segue | Administradora | Patrimônio líquido* |
SPDR S&P 500 ETF Trust | SPY | S&P 500 | State Street Global Advisors | 303,59 |
iShares Core S&P 500 ETF | IVV | S&P 500 | Blackrock | 225,65 |
Vanguard Total Stock Market ETF | VTI | Total Stock Market** | Vanguard | 176,50 |
Vanguard S&P 500 ETF | VOO | S&P 500 | Vanguard | 169,67 |
Invesco QQQ Trust | QQQ | Nasdaq 100 Index | Invesco | 142,85 |
iShares Core U.S. Aggregate Bond ETF | AGG | US Aggregate Bond | Blackrock | 82,00 |
SPDR Gold Trust | GLD | Ouro | State Street Global Advisors | 78,51 |
Vanguard FTSE Developed Markets ETF | VEA | FTSE Developed All Cap ex US Index | Vanguard | 77,97 |
iShares Core MSCI EAFE ETF | IEFA | MSCI EAFE | Blackrock | 74,11 |
Vanguard FTSE Emerging Markets ETF | VWO | FTSE Emerging Markets All Cap China A Inclusion Index | Vanguard | 64,79 |
*valores em bilhões de dólares
**todas as ações do mercado americano
Você pode investir em um ETF da mesma maneira que compra uma ação, buscando pelo código no home broker da sua corretora.
Na Warren, basta usar a aba Bolsa, uma solução básica e funcional, bem mais simples e acessível do que um home broker.
Para escolher o ETF no qual você pretende investir, a dica é buscar, primeiro, um índice de referência que faça sentido para a sua estratégia.
Um investidor moderado pode desejar ter 50% do seu patrimônio em renda variável, por exemplo, e definir um percentual para o mercado americano, outro para o mercado brasileiro e outro para small caps brasileiras.
Em seguida, basta pesquisar pelos ETFs que acompanham esses índices e comparar fatores como liquidez e taxa de administração, para encontrar a melhor opção para você.
Ao investir em ETFs na Warren, você não paga taxa de corretagem. A isenção também afeta os outros ativos negociados na aba Bolsa: ações, BDRs e FIIs.
Além de permitir a compra e venda dos ativos, é possível criar uma lista de favoritos para acompanhar melhor as variações dos papéis.
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Os ETFs são fundos de investimento negociados em Bolsa que buscam espelhar um índice do mercado, ou seja: replicar carteiras teóricas.
É uma forma de investimento passivo, tanto para o investidor quanto para o gestor do fundo: ninguém precisa perder tempo com análises para selecionar as ações mais promissoras — basta seguir o índice, que faz essa seleção seguindo critérios objetivos.
Esse modelo tem vantagens como o menor custo de administração, maior eficiência e maior simplicidade na gestão dos investimentos.
E o melhor de tudo: sem comprometer a rentabilidade, dado que milhares de fundos ativos não conseguem vencer o benchmark que os ETFs buscam seguir.
Por isso que a popularidade dos ETFs tem tudo para explodir no Brasil. Enquanto o mercado americano já está acostumado com os fundos de índice, aqui eles ainda são pouco populares. Por enquanto.
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