Renda fixa: o que é, como funciona e como escolher os melhores investimentos em 2025/2026  

A renda fixa segue entre os investimentos mais buscados no Brasil. Seja para montar a reserva de emergência, equilibrar o portfólio ou planejar objetivos de médio e longo prazo, ela oferece previsibilidade, proteção e uma variedade de produtos que atendem perfis diferentes.

Neste guia completo, você vai entender o que é renda fixa, como ela funciona, quais são os principais títulos do mercado, como comparar desempenho líquido e real, como funciona a liquidez, quais são os melhores investimentos para 2025/2026 e como investir com a Warren de forma simples e transparente.

O que é renda fixa?

A renda fixa é uma categoria de investimentos em que as regras de remuneração são conhecidas desde o início. Isso não significa que o valor exato do retorno será sempre previsível, mas sim que a fórmula de cálculo já está definida. Ela pode ser:

  • uma taxa fixa
  • um indicador que varia com a economia (como o CDI ou a Selic)
  • ou a combinação entre inflação (IPCA) e um juro adicional.

Por trás de qualquer título de renda fixa, existe um acordo: o investidor empresta dinheiro a um emissor — governo, bancos, empresas ou securitizadoras — e recebe juros em troca.

Essa lógica torna a renda fixa uma classe essencial para quem busca:

  • segurança
  • estabilidade
  • diversificação
  • previsibilidade para metas financeiras
  • proteção do poder de compra no longo prazo

Como funciona o investimento em renda fixa?

Todo título de renda fixa é definido por três fatores principais: emissor, indexador e prazo/liquidez.

1. Emissor

O emissor é quem toma o empréstimo. Ele determina o nível de risco:

  • Governo Federal – emissor do Tesouro Direto, considerado de risco muito baixo.
  • Bancos – emitem CDB, LC, LCI, LCA, LCD.
  • Empresas – emitem debêntures e letras financeiras.
  • Securitizadoras – oferecem CRI e CRA.
  • Veículos estruturados – como FIDCs, que reúnem recebíveis.

Quanto maior a solidez do emissor, menor tende a ser o risco e a taxa de retorno. Um exemplo disso é que o tesouro sempre pagará menos que um CDB, por exemplo.

2. Indexador

O indexador determina de onde vem o retorno do título:

  • CDI – acompanha a taxa interbancária.
  • Selic – acompanha a taxa básica de juros.
  • IPCA – acompanha a inflação.
  • Taxa fixa – definida na contratação.

3. Prazo e liquidez

Cada título de renda fixa tem um prazo definido e uma forma de resgate:

  • alguns oferecem liquidez diária, permitindo saques a qualquer momento
  • outros só podem ser resgatados no vencimento

Esse conjunto determina como o título se comporta ao longo do tempo e onde ele se encaixa no seu planejamento financeiro.

É importante considerar o prazo final da aplicação, porque, dependendo do tipo de título, sair antes do vencimento pode resultar em valores menores que o esperado devido à oscilação de mercado. Por isso, alinhar o prazo do investimento ao objetivo é fundamental para evitar surpresas e usar a renda fixa de forma estratégica.

Títulos públicos x Títulos privados

A renda fixa se divide principalmente entre títulos públicos e títulos privados, cada um com características próprias de segurança, liquidez, prazos e comportamento de mercado. Entender essa diferença ajuda a montar uma carteira mais equilibrada e alinhada aos seus objetivos.

Títulos públicos (Tesouro Direto)

Emitidos pelo Governo Federal, são considerados os títulos de menor risco da economia brasileira. Eles oferecem:

  • baixo risco, por serem garantidos pelo Tesouro Nacional
  • alta liquidez, com possibilidade de venda diária
  • variedade de indexadores, como Selic, taxa fixa, IPCA, Renda e Educa+.

Por combinarem simplicidade e segurança, os títulos públicos são indicados tanto para iniciantes quanto para investidores experientes que buscam previsibilidade ou proteção contra a inflação.

Títulos privados

Títulos privados são emitidos por bancos, financeiras, empresas ou securitizadoras e representam uma forma de financiar operações do mercado. Eles podem oferecer taxas mais competitivas, mas envolvem riscos maiores porque dependem da saúde financeira do emissor.

Para os títulos emitidos por bancos e financeiras, como CDB, LCI, LCA, LC e DPGE, existe a cobertura do FGC, que protege valores dentro dos limites estabelecidos pelo fundo.

Já debêntures, CRI, CRA, Letras Financeiras e FIDCs não contam com essa garantia, o que reforça a importância de avaliar o emissor e o prazo antes de investir.

Entre os principais títulos privados estão:

  • CDB
  • LCI / LCA
  • LC
  • Debêntures
  • CRI / CRA
  • Letras Financeiras
  • DPGE
  • FIDC

Na prática, uma carteira bem estruturada costuma combinar títulos públicos e privados, distribuindo riscos e buscando melhor desempenho ao longo do tempo.

Principais tipos de renda fixa (pela forma de remuneração)

Os títulos de renda fixa podem ser divididos pelo modo como o retorno é calculado, o que influencia diretamente a previsibilidade, o comportamento no curto prazo e o papel de cada um na sua estratégia.

Pós-fixados

A remuneração varia conforme um indicador econômico, como:

  • CDI, ligado ao mercado interbancário
  • Selic, taxa básica de juros

Por acompanharem os juros do momento, os pós-fixados são amplamente utilizados na reserva de emergência e em metas de curto prazo. Eles têm menor oscilação e tendem a acompanhar mais de perto o “ritmo” da economia, oferecendo estabilidade mesmo em cenários incertos.

Prefixados

Têm uma taxa fixa definida no ato da aplicação, como “10% ao ano”. Essa previsibilidade é útil quando:

  • o investidor acredita em queda futura dos juros
  • existe a intenção de saber exatamente quanto receber no vencimento

Antes do prazo final, esses títulos podem oscilar conforme mudanças nas expectativas da economia, mas no vencimento entregam exatamente a taxa contratada — desde que mantidos até o fim.

Híbridos (IPCA+)

Combinam dois elementos:

  • inflação (IPCA), que corrige o valor principal
  • um juro fixo adicional, que garante crescimento real

Essa junção protege o poder de compra ao longo dos anos e é especialmente utilizada em metas de longo prazo, como aposentadoria, estudos, independência financeira ou grandes objetivos patrimoniais. Por acompanhar a inflação, é um dos tipos mais importantes para quem quer preservar valor no tempo.

LEIA TAMBÉM | A taxa Selic e a inflação: descomplicamos tudo que você precisa saber 

Tipos de Rendimento

Entender como o retorno é calculado é essencial para comparar investimentos e tomar decisões mais conscientes. Na renda fixa, três conceitos ajudam a enxergar o desempenho com mais clareza: rendimento bruto, rendimento líquido e rendimento real. Cada um cumpre um papel diferente na análise, e confundir esses termos pode levar a escolhas equivocadas.

Rendimento bruto

É o número anunciado pelo emissor: a taxa “de vitrine”. Ele mostra como o título se comporta antes de qualquer desconto ou ajuste, mas não revela quanto realmente vai para o investidor.

Rendimento líquido

É o valor final após os descontos:

  • Imposto de Renda (quando aplicável)
  • taxas de administração ou performance (no caso de fundos)
  • e come-cotas, quando houver (também no caso de fundos)

É esse número que mostra o que efetivamente entrou na sua carteira — o que confirma, de fato, a eficiência da aplicação. Dois títulos com taxas brutas parecidas podem entregar resultados líquidos bastante diferentes, justamente por causa desses custos.

Rendimento real

É o desempenho acima da inflação, ou seja, o quanto seu dinheiro cresceu em termos de poder de compra.

Simplificando a matemática, se um título entregou 9% no período e a inflação foi 5%, o rendimento real foi 4%.

Esse cálculo é decisivo para metas de longo prazo. Ele indica não apenas se o investimento rendeu, mas se o patrimônio está evoluindo na mesma velocidade — ou acima — do aumento dos preços na economia.

O que é liquidez na renda fixa?

Liquidez representa a facilidade de transformar o investimento em dinheiro disponível. Cada categoria de título tem um comportamento próprio, e isso influencia diretamente o planejamento financeiro.

Liquidez diária

Permite resgatar o investimento todos os dias úteis, sem precisar esperar pelo vencimento.

Exemplos:

  • Tesouro Selic
  • diversos CDBs pós-fixados
  • alguns fundos de renda fixa.

É o tipo ideal para construir reserva de emergência.

Liquidez no vencimento

O valor só pode ser retirado na data final do título. Não existe resgate antecipado.

Exemplos:

  • LCI
  • LCA
  • CRI
  • CRA
  • CDB
  • Tesouros diretos
  • Debêntures
  • vários títulos prefixados.

Essa característica costuma oferecer taxas mais altas, já que o emissor conta com aquele recurso por mais tempo.

Liquidez condicionada (marcação a mercado)

Se você precisar antecipar o resgate do investimento, é possível. O resgate pode ser solicitado antes do vencimento, mas o valor recebido depende do preço de mercado no dia. Isso significa que o retorno pode ser maior ou menor do que o previsto originalmente.

Essa dinâmica vale para todos os ativos:

  • fundos de crédito
  • títulos prefixados
  • títulos IPCA+

Para objetivos de longo prazo, esse tipo de liquidez não é um problema. Mas para necessidades imediatas, pode gerar variações indesejadas.

Como é cobrado Imposto de Renda na renda fixa?

A tributação segue a tabela regressiva: quanto mais tempo o dinheiro fica investido, menor é a alíquota aplicada no resgate.

As faixas são:

  • 22,5% até 180 dias
  • 20% de 181 a 360 dias
  • 17,5% de 361 a 720 dias
  • 15% acima de 720 dias

Essa estrutura incentiva manter o investimento por mais tempo.

Isentos de IR

Alguns títulos têm isenção de Imposto de Renda:

  • LCI
  • LCA
  • CRI
  • CRA
  • Debêntures incentivadas

Isso não significa ausência total de riscos, mas sim que o retorno não sofre desconto de IR no resgate.

Fundos de renda fixa

Fundos seguem regras específicas:

  • sofrem come-cotas semestral, um adiantamento automático do IR
  • e têm cobrança complementar quando o investidor resgata o valor

O come-cotas reduz o saldo do fundo de tempos em tempos, mas simplifica a cobrança e mantém a tributação alinhada às regras da categoria.

Os melhores investimentos de renda fixa para 2025 e 2026

As perspectivas para os próximos anos indicam um cenário em que os juros podem seguir em movimento de ajuste gradual. Nesse contexto, alguns tipos de renda fixa passam a se destacar pela combinação entre segurança, previsibilidade e aderência aos diferentes perfis de investidor. Com base em análises da Warren e no comportamento recente da economia, três grupos merecem atenção especial.

1. Pós-fixados (CDI e Selic)

Os pós-fixados continuam entre os mais relevantes, sobretudo pela flexibilidade e pela capacidade de acompanhar as variações dos juros em tempo real. Eles são importantes para:

  • reserva de emergência
  • metas de curtíssimo prazo
  • proteção em ciclos de incerteza monetária

Como seguem indicadores como CDI ou Selic, ajudam a preservar a estabilidade mesmo quando o mercado passa por ajustes. Entre os principais estão Tesouro Selic, CDBs pós-fixados e LCIs/LCA pós.

2. Prefixados

Os títulos prefixados tendem a ganhar espaço quando o mercado projeta queda dos juros futuros. Isso porque oferecem a possibilidade de “travar” uma taxa hoje e carregá-la até o vencimento — algo especialmente útil para metas com um valor definido no tempo.

São indicados quando:

  • há expectativa de redução na taxa básica
  • o investidor busca previsibilidade no prazo final
  • existe clareza sobre o objetivo e o horizonte do investimento

Em períodos de transição da política monetária, podem entregar resultados interessantes quando mantidos até o vencimento.

3. IPCA+

Os títulos atrelados ao IPCA continuam entre os mais importantes para quem tem metas longas e precisa preservar o valor do dinheiro diante da inflação. Eles combinam:

  • correção pelo IPCA
  • um juro fixo adicional
  • crescimento real ao longo do tempo

São fundamentais para planos como aposentadoria, formação de patrimônio, educação dos filhos ou qualquer meta que exija previsibilidade no poder de compra. Em horizontes de 10 anos ou mais, tendem a ser um dos pilares mais consistentes.

Renda fixa x Renda variável: qual a diferença?

Renda fixa e renda variável são classes complementares, com papéis distintos dentro de uma carteira. A principal diferença está no comportamento dos preços e na forma como cada uma se relaciona com o risco e o horizonte de investimento.

Renda fixa

  • possui regras de remuneração definidas desde o início
  • apresenta menor variação diária, favorecendo estabilidade
  • funciona como amortecedor de risco dentro do portfólio
  • é excelente para objetivos de curto e médio prazo

Ela traz previsibilidade, ajuda a equilibrar oscilações de mercado e preserva liquidez para metas próximas.

Renda variável

  • tem preços que flutuam conforme expectativas econômicas e desempenho das empresas
  • pode valorizar ou cair rapidamente
  • é indicada para horizontes longos, onde a volatilidade tem tempo para se diluir
  • é essencial para diversificação e crescimento

Embora oscile mais, a renda variável costuma ser importante para quem busca ampliar oportunidades ao longo do tempo.

Por que combinar as duas classes?

A combinação entre renda fixa e renda variável cria uma carteira mais equilibrada e inteligente, capaz de:

  • preservar o patrimônio no curto prazo
  • buscar crescimento no longo prazo
  • reduzir impactos de movimentos bruscos de mercado
  • aproveitar momentos diferentes do ciclo econômico

A proporção ideal varia conforme seus objetivos, perfil de risco e horizonte de investimento — e pode ser ajustada ao longo do tempo conforme sua estratégia evolui.

LEIA MAIS | Qual a diferença entre renda fixa e renda variável? Entenda 

Como investir em renda fixa com a Warren?

A Warren reúne tudo o que você precisa para investir em renda fixa com clareza, praticidade e acompanhamento contínuo.

1. Abra sua conta

O processo é simples, rápido e totalmente digital.

2. Invista por objetivos ou de forma livre

Você escolhe se quer contar com uma carteira montada automaticamente — focada nos seus planos — ou se prefere selecionar os produtos diretamente na plataforma.

3. Compare os títulos

Dentro da Warren, você encontra uma variedade de opções de renda fixa para diferentes prazos e estratégias, como:

  • Tesouro Direto
  • CDB, LC, LCI e LCA
  • CRI e CRA
  • Debêntures
  • Letras Financeiras
  • Fundos de crédito
  • FIDCs
  • produtos estruturados
  • alternativas pós-fixadas, prefixadas e IPCA+

Tudo organizado para facilitar a comparação entre taxas, prazos, emissores e objetivos.

4. Tenha gestão alinhada aos seus interesses

A Warren não recebe comissão por vender produtos. Isso significa que todas as recomendações e decisões partem do que faz sentido para você — e não do que gera receita para terceiros.

5. Acompanhe tudo no app

Você acompanha o desempenho da carteira, revisa seus objetivos, compara opções e entende cada movimento com transparência.

O papel da renda fixa na sua carteira

A renda fixa segue como um dos pilares do planejamento financeiro por oferecer estabilidade, previsibilidade e proteção ao longo do tempo. Com diferentes emissores, prazos e indexadores, ela se adapta a objetivos variados — da reserva de emergência a estratégias de longo prazo que precisam preservar o poder de compra.

Conhecer os tipos de títulos e entender pontos como rendimento líquido, rendimento real, liquidez e tributação ajuda a escolher o produto adequado para cada etapa. Em momentos de juros altos, pós-fixados podem oferecer mais estabilidade; quando há expectativa de queda, prefixados ganham espaço; e para horizontes longos, os títulos atrelados ao IPCA continuam essenciais.

Na Warren, investir em renda fixa é direto e transparente. Você pode montar sua carteira, investir por objetivos e acompanhar tudo no app, com recomendações alinhadas ao que realmente importa: a sua estratégia e o seu futuro financeiro. 

Assim, a renda fixa deixa de ser apenas uma aplicação e se torna parte de um plano construído para evoluir junto com você.