Dólar comercial é a cotação do dólar utilizada como referência em negociações do comércio exterior, como exportações e importações de mercadorias ou serviços, compra e venda de mercadorias e investimentos.
Isso acontece porque, se uma empresa ou um governo pretende exportar ou importar produtos, é preciso uma moeda em comum entre ambas as partes da operação.
Ele só pode ser negociado por empresas, instituições financeiras ou pelo governo, e por isso costuma ser mais barato, já que o volume das transações é muito maior.
Assim, compradores e vendedores adotam o dólar comercial. As variações de câmbio anunciadas nas notícias geralmente referem-se a esse índice.
Em geral, as notícias sobre valorização ou queda do dólar se referem ao dólar comercial, cuja cotação é definida dia a dia de acordo com a lei da oferta e da demanda.
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Se você pesquisar a cotação atual do dólar ao se preparar para uma viagem, por exemplo, pode ser que se depare com diferentes valores — e diferentes nomes também: dólar comercial e dólar turismo.
Como já vimos, o dólar comercial é a cotação para transações internacionais.
No universo do câmbio, porém, há uma diferença entre importar produtos de outro país e viajar e consumir no exterior.
É aí que entra o dólar turismo, cuja cotação serve para quem quer viajar e fazer compras em outros países.
Assim, ele não só é vendido para pessoas físicas que querem comprar a moeda, como também é utilizado como referência na compra de passagens de avião e em cartões pré-pagos para viagens.
O dólar turismo costuma ser mais caro do que o dólar comercial por conta do custo que as empresas possuem para repassar o dinheiro para as pessoas.
Além disso, como mencionamos no início do texto, o volume de negociações no comércio internacional é muito maior, o que contribui para diminuir o valor do dólar comercial.
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Apenas empresas, instituições financeiras e governos podem comprar dólar comercial.
Para pessoas físicas, é possível comprar e vender dólares em casas de câmbio ou outras instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central.
Existe, porém, um mercado paralelo formado por casas de câmbio irregulares e doleiros, que operam ilegalmente.
O chamado dólar paralelo costuma ter cotações menores, mas a um custo alto: com frequência, o dinheiro utilizado nas negociações está associado a crimes como a lavagem de dinheiro.
Um comprador desavisado pode acabar sofrendo consequências na Justiça, e ainda por cima não tem garantia nem segurança nas operações.
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