Em 2022, já tivemos alguns vilões impactando nossa economia — e maio conseguiu reunir os principais.
O desafio dos Bancos Centrais de retirar liquidez do mercado, guerra no leste europeu e a situação da covid na China foram os principais causadores de volatilidade e insegurança nos investidores, pois promovem impactos na inflação.
A inflação continuou sendo o principal vilão do mês — e, provavelmente, será do ano — mas agora com uma probabilidade maior de desaquecimento do PIB global nos próximos 6 a 12 meses, por conta da desaceleração do comércio global de bens e serviços.
Entre os indícios estão a queda das projeções de elevação do PIB norte-americano, da Zona do Euro e chinês, respectivamente, em 2,5% (ante 3,5% há alguns meses), 3% (contra 4% em fevereiro) e 4% (contra 5,3% em março).
O “vai e volta” da pandemia e das políticas de confinamento (lockdown) na China esteve entre os principais motivos que afetaram as cadeias de distribuição globais. O fato foi mencionado por várias empresas durante seus resultados mais recentes, incluindo a Apple, a maior empresa dos Estados Unidos.
Outro motivo de influência da China é a importância do país na formação de preços de diversas commodities que, no caso de dificuldades de conter o recente surto de covid, podem afetar severamente os preços.
Mais um motivo que faz com que a inflação continue sendo a vilã no cenário econômico é a continuidade da guerra na Ucrânia e a pressão inflacionária que atinge diferentes países desenvolvidos.
Ainda temos diversos riscos relevantes pela frente, muitos deles vindos do exterior, mas a bolsa brasileira reúne algumas características que o investidor global tem procurado e isso permitiu um mês de recuperação e alívio.
O Ibovespa se mostrou resiliente frente aos gatilhos macroeconômicos mencionados anteriormente, sendo assim, uma ótima opção de investimento por ter rendido 3,22% no mês, resultado melhor que as bolsas globais.
A rentabilidade ficou superior mesmo com a Taxa Selic em 12,75%, inflação em alta e o investimento em dólar.
O encerramento do lockdown chinês aumentou o apetite ao risco dos investidores globais e reacendeu a demanda por commodities.
Esse movimento favorece o Brasil, visto que a nossa bolsa brasileira tem uma grande parte em commodities. Outro setor grande da nossa bolsa que influenciou positivamente o resultado foi o bancário, com boa performance na temporada de balanços.
Permanecemos positivos em relação ao Brasil quando comparado com os principais países desenvolvidos e emergentes, sem nos esquecermos de que nosso país não é uma ilha econômica e deve continuar a sofrer com os efeitos da desaceleração global e com as consequências de uma política monetária mais apertada.
E, claro, de olho no cenário doméstico pela possível volatilidade causada pelos juros, pela eleição e também pela inflação.
Outro fato relevante foi a reunião do Copom, que decidiu elevar a taxa básica de juros em 1,00 ponto percentual, para 12,75% a.a. A decisão foi unânime e em linha com o que estávamos esperando.
O comitê pontuou as seguintes observações na atualização do cenário desde a última reunião:
1. O ambiente externo seguiu se deteriorando com as pressões inflacionárias decorrentes da pandemia que se intensificaram com problemas de oferta causados pelo Covid-19 na China e da guerra na Ucrânia;
2. No ambiente externo, também ocorreu a reprecificação da política monetária nos países avançados, o que eleva a incerteza e gera volatilidade adicional, particularmente nos países emergentes;
3. De acordo com a pesquisa Focus (29/04), as expectativas de inflação para 2022 e 2023 encontram-se em torno de 7,9% e 4,1%, respectivamente.
Agora que você já entendeu o que ocorreu no cenário econômico internacional e doméstico, confira o resultado dos fundos e como eles foram impactados.
Indice
O fundo Warren Previdência Gestão Ativa (38.729.027/0001-92) permite o acesso a um portfólio completo e diversificado por meio de apenas um investimento.
A alocação reúne diversas estratégias da casa e de terceiros, adotando uma abordagem multifatorial, com exposição a ativos de renda fixa pós-fixados, indexados à inflação, crédito privado, ações brasileiras, ações internacionais, bem como, fatores alternativos, como estratégias macro e quantitativa.
No mês de maio, o Warren Previdência Gestão Ativa ganhou 1,57%, o que representa 151,8% do CDI.
O retorno foi derivado das suas operações em bolsa e posições em crédito bancário. O fundo segue sendo destaque entre os seus pares.
O Warren Artemis (41.858.415/0001-88) é o nosso fundo de previdência em renda fixa. O fundo se expõe preponderantemente a crédito bancário, tendo também posição em debêntures, cotas sênior de FIDCs e títulos públicos. O fundo busca superar o CDI no médio/longo prazo, sem deixar de perseguir retorno real acima da inflação.
O fundo Warren Artemis FIE teve um retorno positivo de 139,7% do CDI para os seus cotistas, o qual veio das seguintes classes de ativos que o fundo investe: crédito bancário, inflação e cotas de FIDCs.
No comparativo, o fundo acumula 132,3% do CDI nos últimos 12 meses e segue sendo destaque entre seus pares.
O Warren Vênus (36.854.581/0001.76) é o fundo de crédito privado da Warren Asset, com foco em crédito bancário.
A estratégia tem foco em crédito bancário, sendo direcionada para investidores que possam abrir mão de liquidez em troca de um retorno maior no médio prazo.
Ao investir no Vênus, o cotista está exposto aos mais variados instrumentos de crédito bancário disponíveis na indústria, bem como, em crédito estruturado para uma menor parcela da carteira.
O Warren Vênus teve um resultado de 1,82%, o que representa 176,2% do CDI em maio, assim acumulando 134,6% do CDI (CDI +3,66% a.a.) no ano.
O retorno do fundo neste mês veio, principalmente, do fechamento do spread de crédito bancário, que é 80% da carteira do fundo.
Este é o fundo mais conservador da casa e segue superando o seu benchmark. Atrelado a indicadores como Selic e CDI, possui baixo risco e liquidez diária. O investimento neste fundo é sugerido para investidores mais conservadores ou para objetivos de curtíssimo prazo, como reserva de emergência.
O fundo teve uma performance de 102,8% do CDI no mês de maio.
Superamos o benchmark devido à alocação nos melhores vértices da curva de LFTs, onde sempre buscamos as melhores relações de risco e retorno. Os principais vértices da carteira foram set/23 (103,3% do CDI no mês) e mar/24 (106,9% do CDI em maio).
O fundo Warren FIC FIM CP (30.271.177/0001.93) é a opção de renda fixa com risco moderado e de alta liquidez, com o tempo de resgate de apenas dois dias úteis.
Contamos com uma carteira diversificada e composta preponderantemente pelas estratégias de renda fixa e crédito privado da Warren Asset. Por essa razão, é um produto prático e completo para o investimento em crédito privado.
A performance de 116,7% do CDI em maio veio principalmente da exposição ao crédito bancário e também pela estrutura de caixa aprimorada, utilizando o fundo Warren Cash Clash.
O fundo Warren Cash Clash tem uma estratégia que busca retorno preponderantemente através de exposição tática no mercado de LFT’s e demais ativos de alta liquidez com risco soberano, com pequena parcela de exposição à crédito bancário com excelente nível de risco.
O fundo busca entregar liquidez, segurança e rentabilidade ao investidor através de uma exposição com baixo ou nenhum risco de mercado.
O fechamento do spread de crédito perpétuo foi positivo para a estratégia do fundo Warren Cash Clash. A performance de 135,8% do CDI, com uma alocação dinâmica entre títulos de crédito e títulos públicos entregou uma ótima relação entre risco e retorno em maio, seguindo o objetivo do fundo, que é prover liquidez sem abrir mão de retornos de longo prazo para os cotistas.
O Warren Ísis FIC FIM CP (37.282.459/0001-35) é o fundo de crédito estruturado da Warren Asset. A estratégia tem como foco obter exposição a fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs e FIC FIDCs). Também investe em fundos abertos que aplicam em crédito estruturado.
O rendimento de 119,9% do CDI para o fundo Warren Ísis mostra a solidez da performance, que veio principalmente da alocação em cotas sênior de FIDCs. No ano, o fundo já acumula uma rentabilidade de 120,7% do CDI (CDI +2,37% a.a.).
O Warren IPCA Curto (37.557.820/0001-99) é um fundo de renda fixa simples que investe no mínimo 95% de seu patrimônio em títulos do governo federal indexados à inflação (Tesouro IPCA).
Alocar uma parcela da carteira atrelada a ativos inflacionários pode garantir ao investidor uma rentabilidade real sobre o investimento realizado, o que permite que receba efetivamente mais quando leva em consideração o aumento dos preços.
O mês de maio foi positivo para o fundo Warren IPCA, que segue o IMA-B 5, índice da Anbima para títulos de inflação de até 5 anos. A rentabilidade de 0,79% veio majoritariamente dos vértices out/24 e mai/25. No ano, o fundo apresenta um retorno de 6,12%.
O Warren Omaha (32.704.998/0001-00) foi construído para possibilitar um alto grau de diversificação ao investidor. O fundo mira reduzir o risco específico de cada mercado por meio de sua diversificação de estratégias, permitindo que o investidor sobreviva nos mais variados cenários.
O fundo Warren Omaha performou 0,44% (42,8% do CDI) no mês, mas no ano já possui rentabilidade de 5,28% (128,2% do CDI) e 22,96% (136,8% do CDII) no acumulado desde o início.
A queda mensal foi decorrente da posição em criptoativos.
O Warren Brasil FIA (29.577.652/0001-75) possui como estratégia capturar o prêmio de risco de ações, seguindo o principal índice do país, o Ibovespa.
O fundo adota uma estratégia indexada na bolsa brasileira, com um pequeno adicional sistemático, que busca suavizar movimentos de mercado.
O Warren BR como fundo indexado se mostrou uma ótima opção de investimento em maio, recuperando o mês de abril, rendendo 3,80% no mês, contra 0,58% do Fundo de Ações índice Ativo.
O IBOV teve o melhor retorno financeiro mesmo com a Taxa Selic em 12,75% e a inflação em alta.
O Warren USA (29.577.706/0001-00) é o nosso fundo de ações que leva o investidor para o mercado americano, no índice S&P 500, referente as 500 maiores empresas dos Estados Unidos.
O mês de maio terminou com o fundo rendendo 0,24%, uma diferença positiva de 0,32% do seu benchmark, o S&P500. Praticamente sem mexer, mas isso não significa que durante o mês não tenha ocorrido volatilidade.
O índice chegou a cair 7,8% na metade do mês, mas recuperou até seu nível atual para terminar o mês estável.
O fundo Warren Green (35.030.809/0001-40) investe em ativos alinhados a boas práticas sociais, ambientais e de governança, sem deixar de lado a rentabilidade.
Com estratégia de fatores, o Green utiliza os fatores Valor e Momentum nos mercados brasileiro, americano e europeu.
O Warren Green ganhou 4,00% em maio, performance 4,17% acima de seu benchmark, o MSCI.
Os destaques positivos foram Cielo (CIEL3), Banco do Brasil (BBAS3) e Suzano (SUZB3), enquanto Weg (WEGE3) e Cemig (CMIG4) foram os principais detratores. Desde seu início, o fundo ganhou 52,56%, 27,48% acima de seu índice de referência.
O Warren Equals (36.401.557/0001-81) é o nosso fundo que investe em empresas com políticas de equidade de gênero, baseado na vasta literatura sobre os aspectos ESG, que demonstra como estas decisões afetam positivamente as empresas.
O fundo utiliza o fator Qualidade em sua estratégia, assim selecionando ativos com excelentes indicadores financeiros, como margem de lucro e baixa alavancagem financeira.
O Warren Equals ganhou 1,64% em maio, performance 1,58% abaixo de seu benchmark, o Ibovespa.
Os destaques positivos foram Tim (TIMS3), Itaú (ITUB4) e Eletrobrás (ELET3), enquanto Cosan (CSAN3) e Sul América (SULA11) foram os principais detratores.
Desde seu início, o fundo ganhou 39,92%, 19,17% acima de seu índice de referência.
O Warren Tech (37.282.649/0001-52) é um fundo de ações que investe exclusivamente em empresas da indústria de tecnologia, sendo um setor de grande potencial e cujas maiores empresas estão localizadas no exterior.
O fundo utiliza o fator Tamanho, visando capturar o diferencial na rentabilidade entre empresas com menor e maior representatividade em seus mercados.
O Warren Tech ganhou 0,92% em maio, ficando 2,97% acima de seu benchmark, o índice Nasdaq.
A principal contribuição positiva veio do setor de telecomunicações, via Comcast (CMCSA), enquanto a correção nas Big Techs se manteve, com a Apple (AAPL) sendo a principal detratora do fundo no mês.
O Warren Games é um fundo de investimento em ações que investe em empresas da indústria de jogos e entretenimento, construindo o que estamos conhecendo como Metaverso.
É um setor de grande potencial e cujas maiores empresas estão localizadas no exterior. Utiliza da estratégia fator Tamanho, visando capturar o diferencial na rentabilidade entre empresas com menor e maior representatividade seus mercados.
O Warren Games ganhou 2,18% em maio, 2,43% abaixo do seu benchmark, o ETF Hero. Novamente, a exposição à indústria de jogos chinesa foi a maior contribuição positiva, especialmente com Netease (NTES), enquanto Microsoft (MSFT) foi a principal detratora no mês.
O Warren Ásia (42.150.975/0001.46) é um fundo de investimento em ações que investe em empresas e índices de empresas asiáticas.
O fundo utiliza estratégia de fatores, mais especificamente o fator Momentum, que tem relação com a continuidade nas tendências dos preços de determinados ativos.
O Warren Asia caiu 1,24% em maio, 1,08 pontos percentuais abaixo do seu benchmark, o MSCI World.
Os destaques positivos do mês vieram do setor de petróleo chinês (Petrochina – PTR, e China Petroleum – SNP) e da resiliência do telecom indonésio (Telkom – TLK), enquanto os detratores foram a startup israelense Wix e a forte desvalorização do dólar.
O Warren Dólar é um fundo cambial que investe 100% de seu patrimônio em contratos futuros de dólar. O objetivo do fundo é entregar a variação do dólar em relação ao real, acrescido da remuneração dos títulos públicos alocados como margem de garantia.
O nosso fundo cambial caiu -3,67% no mês, uma diferença positiva de 1,17p.p. do Dólar ptax.
A apreciação do real frente ao dólar ao longo deste mês pode ser explicada pela entrada de investidores estrangeiros na bolsa e balança de exportações.
O objetivo do nosso fundo de cripto é buscar retornos superiores ao Bitcoin, com menor volatilidade, por meio de uma gestão ativa de criptoativos com controle de risco.
A alocação será em estratégias de arbitragem estatística utilizando combinações de ativos negociados no mercado de bolsa e futuros.
O Warren Cripto caiu 29,02% em maio, 11,24% abaixo do que seu benchmark, o Bitcoin.
O fundo seguiu o derretimento dos criptoativos no período, além dos ônus da forte desvalorização do dólar e da alocação em Ether, que perdeu 15% do seu valor em relação ao Bitcoin.
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Este post possui natureza informativa, não devendo ser entendido como recomendação de qualquer investimento ou sugestão de alocação por parte dos destinatários. Os ativos financeiros e/ou as carteiras de investimentos discutidas neste material podem não ser adequadas para todos os investidores, tendo em vista que os objetivos de investimento, situação financeira e necessidades de cada investidor podem variar. Para avaliação da performance de um fundo de investimento, é recomendável a análise de, no mínimo, 12 (doze) meses. Fundos de investimento não contam com garantia do administrador, do gestor, de qualquer mecanismo de seguro ou do Fundo Garantidor de Crédito – FGC. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura. A rentabilidade divulgada não é líquida de impostos. Leia o prospecto, o formulário de informações complementares, a lâmina de informações essenciais e o regulamento antes de investir.