Mercado de Capitais: uma alternativa em tempos de juros altos e escassez de crédito  

O investidor Brasileiro ainda mantém R$ 730 bilhões na poupança, mas esta alternativa vem perdendo atratividade frente a outros produtos de investimento ofertados em plataformas abertas (corretoras) como a Warren.

O aumento das taxas de juros potencializa esse movimento, uma vez que quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança “congela” em 6% ao ano + TR (Taxa Referencial).

Os números do valor dos saques de poupança são impressionantes: foram 81 Bilhões de reais em 2022 e, somente nos cinco primeiros meses de 2023 já foram retirados da poupança 57 Bilhões de Reais (Fontes: Abecip e Banco Central).

Se por um lado é positivo o amadurecimento do investidor brasileiro, que tem procurado investir melhor, o movimento causa enorme apreensão num dos setores mais importantes da geração de empregos e renda da economia brasileira: a construção civil.

Por regulação, no mínimo 65% dos recursos captados em depósitos de poupança devem ser aplicados em linhas de financiamento imobiliário (Fonte: Banco Central).

Conforme o gráfico abaixo, podemos observar que chegamos ao nível mais alto em relação de saldo da poupança tomados pelo setor imobiliário.

Fonte: Warren e Banco Central

A alternativa que vemos para suprir essa necessidade é o Mercado de Capitais.

O objetivo principal do mercado de capitais é permitir que as empresas levantem capital por meio da emissão de títulos, como ações ou instrumentos de crédito, e que os investidores possam comprar e vender esses títulos de acordo com suas estratégias e expectativas de retorno financeiro. 

Dessa forma, o mercado de capitais desempenha um papel importante na economia.

Ou seja, é a forma que o investidor aloca seu capital diretamente nos projetos e empresas, sem a necessidade de ser feito através de um Banco, que capta recursos e empresta conforme seu interesse.

Para se ter uma ideia deste movimento, em 2021, o Mercado de Capitais foi fonte de financiamento de 26% do setor da construção civil

Em 2023, já totaliza 34% dos recursos liberados. 

A poupança caiu de 46% para 40% em 2022 (fonte: ABECIP).

O crescimento exponencial dos Fundos Imobiliários tem sido muito importante nesse movimento. 

Há 5 anos, eram apenas 200 mil investidores nos FIIs (fundos de investimento imobiliário), hoje são cerca de R$ 200 bilhões de patrimônio alocados no setor e mais de 2,2 milhões de investidores.

Comparativamente, nos Estados Unidos, cerca de 45% das famílias investem em REITS (Real Estate Investment Trusts), o equivalente aos nossos FIIs, mostrando que estamos apenas no início deste movimento. 

Na Warren, a área de Mercado de Capitais realizou sua primeira operação em 2021.

Desde então, já foram 24, totalizando mais de R$ 1,5 bilhão em operações, sendo que uma parte significativa destinado ao mercado imobiliário. 

A personalização é o principal atrativo deste serviço e está em linha com o modelo de trabalho da Warren, que preza por criar soluções pensadas para a necessidade de cada cliente e sem taxas abusivas.

Enquanto que no financiamento tradicional, feito pelos bancos, o incorporador precisa se adequar às regras já estabelecidas, na Warren, podemos, por exemplo, podemos fazer com prazo mais dilatado.

No padrão, o vencimento costuma ser fixado para três meses após a entrega da Obra. Se o empreendedor não está com boa parte vendida para quitar o financiamento, começa a bater o desespero.

Vale falar também sobre os custos, que nesse tipo de operação a taxa parte da taxa real de juros, acrescida do risco da operação. Ele varia de operação para operação, mas hoje as de mercado estão com taxas menores do que as tradicionais bancárias.


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