“Um maluco por tecnologia e um curioso por investimentos”: conheça André Gusmão, cofundador e Chief Technology Officer da Warren  

Conheça as pessoas que trabalham para transformar o mercado de investimentos do Brasil. 

André Gusmão é Chief Technology Officer da Warren.

Sob seu olhar atento estão todos os times de Tecnologia da empresa, que junto à equipe de Produto somam cerca de 40% do time — número que deve crescer significativamente até o final do ano.

Mais do que colocar a mão na massa, a função de André, hoje, é ser um facilitador

“Meu papel é entender como viabilizamos as ideias que vão levar a Warren a entregar a melhor experiência de investimentos no Brasil”, resume.

Neste artigo você fica sabendo mais sobre o André: sua trajetória, o dia a dia dele na Warren, o que gosta de fazer nas horas vagas e os planos para a área tech da empresa. 

Vamos lá?

“Um maluco por tecnologia e um curioso por investimentos”

Essa frase, dita pelo próprio André, resume bem a sua imersão nestes dois universos.

Tudo começou com uma “aventura” pelo mundo dos investimentos, no início da década de 1990.

“Eu e o Tito [irmão de André e CEO da Warren] éramos jovens e a internet estava engatinhando. Os home brokers eram bem complicados, mas a gente estava lá comprando ações”, lembra.

As memórias desse período são diversas — algumas boas, outras, nem tanto.

Há uma história que, hoje, André conta sorrindo, mas na época trouxe dor de cabeça para os irmãos.

“Nessas de se arriscar nos investimentos, a gente perdeu uma grana negociando Opções de uma petroleira e de um grande banco. Estávamos mais no início dos investimentos e não soubemos lidar muito bem”.

Para você entender: Opções são contratos que oferecem o direito de comprar ou vender determinado ativo no futuro. É um produto de renda variável para pessoas com tolerância ao risco. 

Em paralelo, André desenvolvia estudos para automação de investimentos na Bolsa para uma corretora brasileira, e percebeu que seu interesse por tecnologia era cada vez maior. 

“Antes disso, eu via a tecnologia mais como um hobby. Num certo momento me perguntei: se eu gosto tanto, por que não estudar mais a fundo?”

André decidiu então ingressar no curso de Engenharia de Computadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Depois, foi para Lyon, na França, onde estudou na Escola de Química, Física e Eletrônica.

A união entre os dois mercados

Os estudos em automação continuavam e se mostravam cada vez mais relevantes para o crescimento do mercado de ações no Brasil, num período em que os pregões ainda eram feitos por telefone.

André contextualiza sobre seu trabalho para essa evolução:

“A partir de uma análise estatística e de uma série de testes, o robô era aprovado e passava a gerar alertas durante o pregão. Neste momento, alguém que estava na mesa de operações da empresa de investimentos pegava o telefone e ligava para alguém que estava no pitch da bolsa e fechava negócio”.

Ele complementa: “foi uma época muito legal. Já estávamos nos anos 2000, quando as commodities surfaram uma alta muito boa no Brasil. Então a menos que os robôs fossem muito ruins, era fácil o investidor ganhar dinheiro”, ri.

Quando retornou ao Brasil, em 2011, foi convidado a integrar, oficialmente, a equipe da mesma corretora, em São Paulo.

André ingressou no time de Análise, depois, foi para uma área da tecnologia com foco em negociação de bolsa. Neste período, ele conta, foi ponto focal das plataformas automatizadas, incluindo a plataforma de negociação russa Meta Trader. 

“Fui percebendo que a tecnologia estava evoluindo no segmento, mas era nichada, mais voltada para quem está no dia a dia da bolsa. O que eu queria era entregar todo esse potencial na mão de qualquer pessoa, sem que precisassem ter muito conhecimento para operar”, explica.

Uma nova migração ocorreu dentro dessa empresa, desta vez, para a área de Negociação, na qual André focava na automatização de ordens de compra e venda de ações de forma estruturada.   

“Eu achava muito legal, pois eu estava criando a forma como eu sempre quis investir, que era automatizada. Como investidor, preferia que a tecnologia comprasse e vendesse ações para mim, porque sabia que as chances de acerto eram muito maiores do que eu sozinho fazendo as escolhas”, afirma.

Surge uma proposta inovadora: a Warren

André e Tito trabalhavam para a mesma corretora, só que André no escritório de São Paulo e Tito em Nova Iorque.

Numa vinda de Tito ao Brasil, eles se encontraram em Porto Alegre para visitar a mãe e saíram para tomar uma cerveja pelas ruas do bairro Bom Fim. 

“Foi neste dia que o Tito me apresentou a proposta que ele tinha para a Warren. E já chegou dizendo que a gente precisava ser muito diferente de tudo o que tem no mercado. Era preciso entregar uma experiência de investimentos mais próxima da realidade das pessoas e menos da realidade do mercado financeiro, pois esse é feito para poucos”, lembra.

Erradamente, observa André, o que o mercado faz até hoje é construir experiências para quem opera no dia a dia, não para o público investidor.

“Eu me interessei na hora. Não sabia se ia dar certo, mas avisei que queria fazer parte. Em 2015, apresentamos o primeiro protótipo da ferramenta numa feira de inovação nos Estados Unidos. Era uma versão bem inicial, mas já deixava claro o que a gente queria: permitir que as pessoas investissem de acordo com seus objetivos, e com facilidade”, conta.

André e Tito Gusmão na edição da Collision, onde apresentaram a proposta da Warren.

Ao relembrar sobre a trajetória que o levou a fundar a Warren, André diz que ao olhar para trás ele percebe que tudo faz muito sentido.

“Minha preocupação sempre foi pensar em como utilizar a tecnologia para facilitar os investimentos para todas as pessoas. Isso faz muito sentido na construção da Warren”.

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Espírito empreendedor

Citamos a afinidade de André com o mundo da tecnologia e dos investimentos, mas há outro segmento que permeou a sua vida: o empreendedorismo.

André e Tito acumulam juntos algumas experiências como empreendedores — muito antes da Warren.

Um dos primeiros negócios foi uma importadora de produtos de tecnologia. “Desenvolvemos um site onde as pessoas podiam fazer suas encomendas, mas quem ia até o Paraguai para comprar éramos nós”, revela.

Os anos foram passando e a brincadeira foi ficando mais séria.

“Decidimos investir numa pousada, o que trouxe grandes aprendizados até para aprendermos a lidar melhor com as pessoas, algo que o setor do turismo possibilita”, observa.

André e Tito iniciando a construção da pousada.

Depois da pousada vieram ainda um restaurante e um café, ambos em Porto Alegre, no bairro Moinhos de Vento.

Essas vivências, afirma André, contribuíram muito para a criação da Warren.

“Não é sobre ser dono de uma empresa, é sobre ter mindset empreendedor. E isso você pode ter em qualquer cargo. Basta você identificar que existe uma oportunidade ou um problema e pegar para si a responsabilidade de resolver”, reflete.

“Antes de tudo, sou pai”

Questionado sobre “quem é André fora da Warren”, ele é taxativo:

“Antes de tudo, sou pai. Tenho um filho, o João, de 9 anos. É uma experiência sensacional”, afirma.

João ajudando a pintar as paredes da Warren.

Esse tópico não é para ser sobre trabalho, mas neste momento da conversa André fez um link entre as habilidades que o papel de pai proporcionam e que podem ser aplicadas na gestão de pessoas

Vale compartilhar:

“Como pai, a gente faz tudo pensando no crescimento, na evolução do filho. Temos uma gana por mostrar coisas novas e ver eles aprendendo, descobrindo novos mundos. E isso é algo importante também no papel de liderança”, compara.

Ele acrescenta: “às vezes, um problema que parece ser muito complexo para o seu filho, você consegue explicar com uma boa conversa, dando o contexto. As situações no dia a dia de trabalho se resolvem do mesmo jeito, reunindo as pessoas, conversando, explicando”.

Agora, voltando ao assunto…

“Além de aproveitar o tempo com o meu filho? Tecnologia é a minha cachaça”, brinca.

Quando está fora da rotina, André gosta de colocar em prática algumas atividades que, hoje, não estão no seu escopo de trabalho. “Eu gosto muito de codar, de entender novas tecnologias. Esse boom de blockchain, por exemplo”.

Mas nem só de tecnologia vive André. Existe uma pitada de algo que, pode-se dizer, é o oposto:

“Eu gosto de pegar o carro e ir para o mato. Procurar uma pousada, um lugar afastado, recarregar as energias”, conta.

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Área tech da Warren: o que vem pela frente?

“Estamos vivendo um momento muito legal. O time está crescendo forte e alinhado”, comemora.

Os desafios da área, nas palavras de André, são bastante ousados.

Na rotina do time está o trabalho com foco em ajudar a Warren a atingir a meta de 2 milhões de clientes até 2026. E, é claro, entregar a melhor experiência de investimentos para todos eles.

“Estamos estruturando a casa para receber essas pessoas da melhor maneira possível. Criamos e testamos muito, pois é preciso escalar rápido para chegarmos aonde a gente quer”, complementa.


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