Muitos clientes ficam curiosos sobre como nós escolhemos os ativos, os fundos e outros produtos que formam suas carteiras. Essa seleção individual do que vai compor os percentuais de alocação nas classes de ativos é uma etapa importante para a montagem de um portfólio, após saber qual é a tolerância ao risco e os objetivos do cliente.
É praticamente um ritual culinário: você escolhe a receita, seleciona os ingredientes, organiza tudo e inicia o preparo.
Analogias à parte, o critério essencial da seleção de cada ativo que compõe a carteira segue uma premissa muito simples: dentro da tolerância ao risco do cliente, vamos sugerir o ativo com a melhor relação risco e retorno. Nosso algoritmo faz isso de uma forma interessante, que explico melhor mais abaixo.
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Mas você deve estar se perguntando: não é isso que todo mundo faz? Não. Por dois motivos:
Então é uma venda comissionada.
A decisão de ofertar e de ranquear um produto se dará pela comissão ganha na venda. E quanto mais produtos forem empurrados, melhor para o modelo de negócios e não para o cliente, que nem vê o que está pagando. Às vezes, ainda acha que é de graça.
Já no modelo fee based, o investidor sabe o que está pagando. Ele vê o custo exato na frente dele. É cobrada uma taxa de carteira gerida e é isso. Todas as comissões e rebates recebidos voltam para o cliente. Nesse modelo, já muito disseminado nos Estados Unidos, o consultor ganha no longo prazo, por meio de uma relação de confiança para o crescimento do patrimônio sob gestão.
Assim, é mais fácil entregar algo que tenha qualidade e que seja baseado em métricas objetivas. O cliente ganha com transparência, melhor seleção de ativos, em segurança e retorno ao longo do tempo.
Quando não há a adrenalina, a droga química da comissão, a racionalidade entra em cena. A objetividade aparece, pois é possível criar um ambiente para somar tecnologia e inteligência humana. Há espaço para unir o que já existe há décadas de estudo na academia e na prática empírica com a tecnologia atual.
Sem um modelo conflitado, enviesado, fica mais fácil utilizar o melhor que a teoria financeira e a prática empírica têm a oferecer para os clientes.
Indice
Criamos um algoritmo chamado Índice Warren de Seleção de Ativos que, de acordo com a classe do ativo, utiliza diversas medidas consolidadas na academia para filtrar e ranquear os ativos que serão sugeridos. Isso é importante, pois é natural que as pessoas caiam no que a economia comportamental chama de viés de retrovisor: a nossa tendência de se basear apenas nos retornos passados.
É como as imagens de doenças e frases horrendas em embalagens de cigarro. Ninguém para de fumar por conta delas. Assim é o investidor que ignora os disclaimers que dizem que “retorno passado não é garantia de retorno futuro”.
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Para sair dessa, como nenhuma medida é perfeita, utilizamos várias: alpha de Jensen, sharpe, habilidade de Britto, Sortino ratio, máximo drawdown, número de dias em máximo drawdown, volatilidade, VaR, beta (se fizer sentido à classe), semivariância (muito interessante, utilizamos com 3 variações do cálculo), Treynor, downside risk, calmar, coeficiente de assimetria, coeficiente de curtose e outras.
Sim, todas têm nomes esquisitos, nenhuma é autoexplicativa. Não se preocupe com isso, pois é tudo conosco. A intenção por trás dessas medidas é mensurar risco, retorno, e encontrar relações ao longo do tempo entre esses dois fenômenos.
Algumas delas se sobrepõem e queremos isso mesmo. Para reduzir o viés do período de tempo, utilizamos vários períodos para cada medida. Como é um algoritmo de filtragem e não de previsão, abrimos mão da parcimônia momentaneamente. Como ponderamos o algoritmo para calcular o índice final é feita de diversas formas, que fomos calibrando com o tempo.
O resultado final é entregar para o cliente ativos que tenham um bom retorno ajustado ao risco, com pouco viés de período, em uma trajetória sem grandes quedas. Tudo isso com uma experiência mais macia de investimento, a fim de que o investidor não desista de investir e permaneça alocado, para maximizar sua riqueza.
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Sabemos, por pesquisas em economia comportamental, que a trajetória do investimento é tão importante quanto a expectativa final de retorno acumulado. Muitas desistências no caminho por conta de solavancos acabam por enterrar a maximização dos retornos e o crescimento patrimonial.
Como nenhum modelo ou algoritmo é perfeito e o cérebro humano é o mais complexo computador de todos, a sensibilidade dos nossos consultores e gestores de relacionamento também entra em cena para que as carteiras sejam as melhores possíveis para os clientes.
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Nesse modelo de negócio, os profissionais atuam como chefs de cozinha que acordam de madrugada e vão no Mercado Público escolher os peixes e os legumes mais frescos. O motivo? Simplesmente porque é do interesse deles que os pratos sejam os melhores. É assim que o cliente volta. É assim que eles ganham estrelas Michelin.
Por isso, não serve colocar um tempero que não combina com a comida, apenas porque está na moda ou porque vai ganhar comissão daquele fornecedor de especiaria. A lógica é a mesma para os seus investimentos.
Invista nos melhores produtos do mercado, em carteiras alinhadas com seus objetivos de vida e com transparência. Abra a sua conta na Warren agora, de graça!
* Esse texto faz parte da nossa Warren Magazine, um conteúdo que é enviado mensalmente a todos os nossos clientes.