A França já estava mal das pernas quando Louis XIV sentou ao trono. O apelido de Rei Sol deixava claro como ele se enxergava: o todo poderoso, submisso apenas a Deus. A pompa, obviamente, não ajudou muito.
Mesmo com as finanças no vermelho, Louis torrava todo o dinheiro que tinha (e o que não tinha) com extravagâncias da época. Financiou artistas, reformou o Louvre e ainda construiu o Palácio de Versalhes que conhecemos hoje — o qual era um mero pavilhão de caça no reinado anterior.
Não satisfeito, ainda enfrentou guerras contra a Espanha e bateu de frente até mesmo com uma aliança global, que reunia espanhóis, ingleses, holandeses e portugueses.
Internamente, Louis, através de seu cardeal, Mazarin, costurou um acordo com a nobreza francesa, que vez ou outra ameaçava se rebelar e tomar o poder. Nele, os abastados súditos seriam poupados dos pesados impostos. Restou aos que já tinham pouco ou quase nada sustentar o espetáculo.
A ostentação durou por longos 72 anos — ironicamente, o reinado mais duradouro de toda a história da humanidade até então. Quando morreu, a França estava em frangalhos.
Os números não são precisos, mas certos cálculos indicam que a dívida poderia ter chegado a US$ 52 trilhões em valores atuais. Para fins de comparação, a dívida francesa hoje é de cerca de US$ 3 trilhões. Era uma verdadeira catástrofe.
Esse não foi, contudo, o único problema deixado pelo Rei Sol: além das dívidas, todos os seus herdeiros diretos haviam falecido precocemente. O mais próximo de um sucessor era seu bisneto, Duque de Anjou, de apenas 5 anos de idade. Foi assim que, em 1715, o pequeno duque foi nomeado Louis XV, o novo rei da França.
Obviamente, ninguém seria insano a ponto de deixar uma criança ditar as regras de uma nação. Quem dava as cartas, na prática, era seu tio-avô, Duque de Orleans, que ficou encarregado de ser regente do novo rei francês até que ele completasse 13 anos.
Nas palavras do consagrado economista John Kenneth Galbraith: “Filipe II, Duque de Orleans, era um homem que combinava uma inteligência insignificante com um grande comprometimento em ser indulgente consigo mesmo.”
Foi esse homem, dotado de indulgência, ignorância e muito poder, que o escocês John Law decidiu persuadir. E é a história de Law que você conhecerá hoje neste artigo, a história de um devasso que transformou a economia francesa, quebrou a bolsa de valores e, do seu jeito, ajudou a dar um empurrãozinho no que seria a criação da democracia.
Indice
Quem passa pela Igreja de São Moisés, em Veneza, certamente não repara a módica placa que fica ao chão, ofuscada pela beleza da arquitetura local. Nela, há os dizeres:
HONORI ET MEMORIAL JOHANNIS LAW EDINBURGENSES REGII GALLIARUM AERARII PREFECTI CLARISSIMA
“Em honra e em memória de John Law, de Edimburgo. O mais distinto tesoureiro dos reis franceses.”
A descrição cria em nós a imagem de um nobre francês, daqueles mais virtuosos. A verdade, no entanto, é que John Law foi um devasso.
Escocês e filho de um ourives, ele nasceu em berço de ouro — ok, não literalmente. Os ourives são artesãos que transformam o metal precioso nos mais incríveis ornamentos. Como, naquela época, ouro era moeda em boa parte do mundo, os ourives acabaram virando traders: ganhavam mais dinheiro comprando e vendendo o ouro do que com as joias em si. Nisso, seu pai havia sido muito bem-sucedido.
A subversão, porém, estava no sangue de Law. Aos 21 anos, ele negou tudo aquilo. Abandonou o castelo da família e partiu para Londres.
Lá, rapidamente começou a desperdiçar seu dinheiro em jogos e negócios fajutos. Não demorou para que a vida boêmia o levasse à violência. No melhor estilo Casos de Família, ele enfrentou seu vizinho em um duelo. O vizinho acabou morrendo, mas John não saiu exatamente vitorioso: foi julgado e condenado à morte por ter assassinado seu rival.
Devasso, sim. Burro? Jamais. Na prisão, o escocês logo descobriu um jeito de escapar e fugiu para a distante Amsterdã. Como diz o ditado: Deus escreve certo por linhas tortas — afinal, não poderia haver cidade melhor para que ele se refugiasse.
Por anos, Amsterdã foi uma colônia que batalhava para se livrar das mãos da Espanha. No entanto, quando Law pisou lá, ele encontrou uma economia efervescente. Para vencer a soberania espanhola, os holandeses usaram como arma o capitalismo.
Em questão de anos, eles criaram o primeiro banco central do mundo (conhecido como Wisselbank), resolveram o problema das moedas falsificadas (com menos ouro ou prata do que deveriam ter) e inventaram jeitos “divertidos” de financiar o governo, como os empréstimos lotéricos (onde as pessoas apostavam ao mesmo tempo em que investiam na dívida do Estado).
Nada foi mais incrível, entretanto, do que a invenção da chamada “bolsa de valores”. Sim, foi lá onde, pela primeira vez, uma empresa vendeu sua ação.
Obcecado por jogos, Law encontrou na bolsa de valores o mais viciante dos cassinos. Só que, para apostar naquele mercado, ele precisava de dinheiro. A saída foi transformar seu vício em profissão.
Do dia para a noite, ele passou a ler todos os livros e panfletos que encontrava sobre jogos e finanças. Eventualmente, especula-se, ele acabou dando de cara com uma descoberta matemática que mudaria completamente o jogo dali em diante: a teoria da probabilidade.
Não, a probabilidade não é um conhecimento antigo, que remonta aos tempos de Aristóteles. Ela nasceu em 1654 — curiosamente, para resolver uma disputa entre dois jogadores.
O problema era notório e dava origem a discussões recorrentemente. Por sorte, um famoso jogador francês, chamado Chevalier de Méré, conhecia dois gênios matemáticos que conseguiriam resolver o desafio: Pierre de Fermat e Blaise Pascal. Nasceu, daí, a probabilidade.
John Law logo dominou a nova ciência. Os boatos são de que o escocês conseguia calcular de cabeça as chances de ganhar ou perder cada jogo. Como essa matemática não era bem conhecida na época, ele levava fortunas para casa. O dinheiro atraiu os olhares da nobreza e Law começou a fazer amigos entre a aristocracia.
Em dado momento, contudo, a boemia deixou de ser suficiente para distraí-lo. O conhecimento sobre finanças e matemática acumulado e o ócio proporcionado pela vita bella deu frutos. Uma ideia germinou e aflorou em sua cabeça. John Law havia feito uma descoberta singular. Agora, era impossível ignorá-la.
“Eu descobri que o segredo da pedra filosofal é fazer ouro do papel.”
— John Law, em carta para um amigo.
O plano de John Law era engenhoso. Ele procuraria um reino que o permitisse abrir um banco — a despeito da sua péssima reputação. Esse banco deveria ser capaz de emitir notas promissórias.
Essas notas são meros recibos: toda vez que alguém deposita ouro ou prata no banco, ganha uma delas. O banco também ficaria encarregado de recolher os impostos, cunhar moeda e emprestar dinheiro ao governo. Por último, ele ainda seria dono de uma empresa monopolista (como era comum na época.
Foi essa a ideia que John Law apresentou a vários reinos. Infelizmente, ela foi recusada em todos. Havia, contudo, uma última carta na mesa: a França.
A dívida trilionária havia deixado a corte francesa em maus lençóis. Buscando saídas, eles cogitaram até mesmo dar um calote. De fato, uma das soluções aplicadas foi a famosa “auditoria da dívida”, que acabou levando muitas a deixarem de existir. Mesmo assim, o buraco era fundo.
Foi então que a proposta de um escocês de má reputação chegou às mãos da nobreza. A primeira versão acabou sendo recusada. A ideia de que o banco de John Law seria responsável por coletar os impostos obviamente não agradou à realeza. Uma segunda versão veio à tona. Nela, a ideia de um banco público foi descartada. No lugar dele, seria criado um banco privado. Vingou.
Com o aval da realeza, John Law dava início ao seu sonho: em 1716, nasceu o Banco Générale. Por 20 anos, o banco poderia emitir notas, que deveriam ser convertidas em ouro ou prata. Era exatamente o que Law precisava.
Isso porque emitir notas é o que precede a emissão de moeda. O mecanismo era simples: você guardava seu ouro no banco e, em troca, ganhava uma nota, parecida com um recibo.
Com a nota em mãos, você poderia voltar ao banco e resgatar o ouro depositado a qualquer momento. Como é muito mais fácil carregar notas do que ouro, eventualmente todos trocariam o metal pelo papel.
As notas se tornariam tão comuns no dia a dia das pessoas que o costume de enxergar valor nela faria com que ela substituísse o ouro como moeda. A diferença, contudo, é que o banco poderia “imprimir” quantas notas ele quisesse.
Uma vez que elas ocupassem o lugar do ouro, quem controlasse a impressora estaria dotado do Toque de Midas.
No ano seguinte, um passo foi dado nessa direção: o governo francês decretou que todos os impostos deveriam ser pagos com notas do Banco Générale. Com isso, as notas ganhavam espaço no cotidiano das pessoas. O imaginário coletivo, aos poucos, começava a ver valor nelas.
No mesmo ano, outro avanço. A França tinha um vasto e renegado pedaço de terra na América chamado Louisiana, equivalente a quase um quarto do que hoje é o Estados Unidos.
Na visão de Law, aquele era um território mal aproveitado. Ele se propôs, então, a tomar conta do comércio com a região. Com credibilidade em alta junto ao governo, o pedido dele era quase uma ordem.
Foi assim que surgiu a Companhia do Ocidente, que por 25 anos deteria o monopólio do comércio da França com a Louisiana. O dinheiro injetado para criar a empresa foi da ordem de 100 milhões de livres, o equivalente a US$ 1,8 bilhão em valores de hoje — uma soma sem precedentes para a época.
Para conseguir uma quantia tão grande, a companhia fez seu “IPO”: ações foram vendidas por 500 livres cada e todos foram encorajados a comprar, de pobres a ricos, de franceses a estrangeiros.
Para qualquer obstáculo, havia a amizade do Duque de Orleans. Dia após dia o banco de Law era beneficiado pelo regente. O clímax dessa amizade se deu quando, em 1718, o Banque Générale recebeu o selo real. Chegava ao fim a sua existência. Começava agora uma nova, com o nome de Banco Royale: o primeiro banco central da França.
O plano seguia à risca. Por decretos do governo, aos poucos, as notas foram ganhando hegemonia perante às moedas de ouro e prata. Enquanto as moedas metálicas eram cada vez mais desvalorizadas, um decreto determinou que as notas, em contrapartida, não deveriam participar daquela “diminuição de preço”.
Mais tarde, em troca de emprestar 1,2 bilhão de livres para que a coroa quitasse sua dívida, a Companhia do Ocidente (que agora havia tomado as companhias das Índias Orientais e da China, mudando seu nome para Companhia do Mississipi) ganhou o direito de coletar todos os impostos diretos. Os indiretos ela arrematou de um financista rival.
Começava aí sua consolidação como banco do governo.
O espetáculo era composto por 3 atos. O primeiro era fazer a Companhia do Mississipi assumir a dívida do governo. O truque funcionava como mágica: a dívida passava de uma mão para a outra e desaparecia.
Para ambos os lados, parecia fazer sentido. Os investidores pensavam que era muito mais sensato ter ações de uma companhia monopolista, colossal e privada do que ter um crédito com um governo que já havia dado calote antes.
John Law ainda fez questão de garantir esse interesse, emitindo notas a todo vapor, que esquentavam a economia e faziam o preço das ações da Companhia do Mississipi dispararem. Quanto mais o preço subia, mais gente cedia à tentação, comprava ações e reforçava a alta. Ninguém, afinal, queria ficar de fora da festa.
Para garantir que o voo não fosse de galinha, vinha o segundo ato: transformar a valorização teórica em prática — em outras palavras, colocar o dinheiro no bolso. Num “follow-on” após o outro, ele emitiu novas ações e captou dinheiro, enchendo o caixa da empresa.
A roda, porém, não podia parar de girar. É aí que entra o terceiro ato: o moto-perpétuo. O dinheiro captado foi usado para comprar diversas concorrentes, fomentando a profecia com bases mais concretas.
Só que ao contrário da maior parte das instâncias da vida, na bolsa de valores, histórias valem mais do que atos. Não basta fazer: há de ter uma boa narrativa sobre as maravilhas que não estão por vir.
A boa notícia é que John Law se saía bem nisso. De Louisiana ele fez o paraíso e, para agradar o regente que tanto o havia ajudado, ele criou a cidade de Nova Orleans. Infelizmente, a região estava longe de ser o Éden narrado por ele: um lugar quente, pantanoso e infestado por insetos, onde, em apenas um ano, 80% dos recrutados para lá padeceram por fome ou doenças tropicais.
O bolso vazio dos investidores, obviamente, não poderia ser um empecilho para a valorização das ações. A estratégia mais óbvia para contornar isso era distribuir dividendos.
A pergunta era: com que dinheiro? Bom, usando a mesma estratégia: captando dinheiro com a venda de novas ações na bolsa. Para não incorrer em circularidade, John mandou o Banco Royale dar empréstimos para quem quisesse comprar as ações da empresa.
Como garantia, ele aceitava as ações que os investidores já tinham — o que diminuía a quantidade de vendedores e reforçava ainda mais a alta.
A espetacular valorização das ações convertia pessoas pobres em magnatas da noite pro dia. Foi nessa época, inclusive, que a palavra millionaire foi criada. A desconfiança era pequena. Apenas os mais intelectuais questionam o milagre.
“Vocês enlouqueceram em Paris? Eu só ouço falar de milhões. Eles dizem que todos que estavam confortáveis agora estão miseráveis e que todos que estavam pobres agora se deleitam em opulência. Isso é realidade? Isso é uma quimera? Metade da nação encontrou a pedra filosofal nas fábricas de papel? John Law é um deus, um patife ou um charlatão que está envenenando a si mesmo com a droga que ele distribui a todos?” — Voltaire
“Você deve pegar uma espada, matar um dândi ou dois, ficar preso em Newgate, ser condenado à forca, escapar da prisão, se conseguir – lembre-se disso, a propósito –, ir para algum país estranho, instituir ações Mississippi, enganar uma nação, e logo você será um grande homem; se tiver apenas uma grande sorte…” — Daniel Defoe, autor de Robinson Crusoé
“No final do dia, o avião tem que voar”.
Essa frase me foi dita por alguém que minha memória se recusa a lembrar. O importante, entretanto, reside no conceito: eventualmente, a realidade se impõe. Quando em dezembro de 1719 o preço das ações da Companhia do Mississipi começou a cair, John Law realizou seu último truque.
Para manter o preço artificialmente alto, ele abriu um escritório do Banco Royale que tinha como único objetivo comprar e vender ações da empresa, mantendo o preço delas em 9.000 livres.
No entanto, a inflação criada pela emissão desenfreada de notas fez com que o poder aquisitivo das pessoas caísse. Em 1720, os preços em Paris eram aproximadamente o dobro do que tinham sido dois anos antes.
Algumas pessoas anteviram a catástrofe e correram para converter as notas em prata e ouro. Law, no entanto, contava com o poder do absolutismo. As notas foram transformadas em moeda oficial.
A exportação de ouro e prata foi proibida, assim como a produção de objetos com esses metais — ironicamente, o ofício do pai de John. No auge do despotismo, até mesmo ter mais de 500 livres de ouro em casa era proibido.
Surgia aí um dilema. Por um lado, John precisava continuar comprando ações da Mississipi. Caso contrário, o preço desabaria. O dinheiro, no entanto, vinha da impressão de notas bancárias, o que alimentava a inflação.
Com as notas perdendo poder, ele precisaria imprimir um volume cada vez maior para comprar as ações, que agora caiam porque o dinheiro das pessoas valia cada vez menos. Era uma corrida dos ratos. E dessa prisão, John não sabia como escapar.
A saída encontrada por ele foi jogar o pano. Law induziu o Duque de Orleans a emitir um decreto, reduzindo o preço oficial das ações da Companhia do Mississipi de 9.000 para 5.000 livres. Em paralelo, cortou metade do número de notas bancárias em circulação. Por último, revogou o decreto que não permitia que as notas se desvalorizassem. Foi o equivalente à liberação do câmbio fixo, que rolou no Brasil em 1999.
No mesmo momento, um protesto violento tomou conta da cidade. O caos foi tão grande que o governo se viu forçado a revogar as medidas, meros seis dias depois de implantá-las.
Não foi suficiente. O preço das ações caía vertiginosamente, chegando a desabar mais de 50%. Multidões se reuniam à frente do Banco Royale para trocar suas notas, antes que valessem de nada.
Pedras e xingamentos voavam a todo lado. Na confusão, 15 pessoas morreram pisoteadas. Para piorar, as notas foram declaradas não conversíveis. De nobres e príncipes até o mais singelo artesão, todos estavam arruinados.
O choque gerou inimigos poderosos a Law. Dessa vez, ele não escaparia das consequências: foi preso e o Banco Royale fechado. Ok, corrigindo: não escaparia momentaneamente.
O fato é que o governo estava perdido e ninguém sabia o que fazer. Apenas Law conhecia as engrenagens do sistema que ele mesmo criou. Num ato de suplício, Law foi libertado e convocado de volta ao poder. Com ele por lá, o mercado até respirou e o governo chegou a retomar o ouro e a prata como moedas de troca.
A bolha, no entanto, já estava formada.
A ação da Companhia do Mississipi voltou a cair, chegando aos 1.000 livres. Nessa hora, John Law, mais uma vez, fugiu. A fuga dele foi a consumação do que era óbvio para muitos. Quem ainda não acreditava que havia uma bolha, agora corria para vender suas ações.
John Law morreu pobre no seu novo refúgio, a Inglaterra. Os frutos de seus atos, no entanto, viveram por muitos anos. A bolha colocou por terra qualquer chance da França se desenvolver economicamente na época. Coisas como bolsa de valores e moeda fiduciária (sem lastro) agora eram vistas como vírus mortais.
Enquanto isso, Amsterdã seguia gloriosa. O atraso na criação de um mercado financeiro decente fez a França parar no tempo. A gastança, porém, avançava sem trégua. Restou para Louis XV e seu sucessor, Louis XVI, aproveitarem anestesiados o que restava de sua glória. Infelizmente, ela não durou muito.
O espetáculo iniciado anos antes por John Law para tirar a França do buraco, acabou por enterrá-la ainda mais. Exaustos, os franceses colocaram fim no sofrimento em 1789. A Revolução Francesa foi instaurada, a monarquia caiu e Louis XVI decapitado. Nascia aí a democracia.
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