É um prazer estar aqui pela primeira vez com você. Meu nome é Gustavo Ruiz e sou responsável pelas nossas operações de mercado de capitais e distribuição.
Me comprometo a vir aqui recorrentemente para trazer as novidades mais quentes do mercado de capitais, além de inovações do ambiente de investimentos e destaques no ramo de empreendedorismo, entre outros temas interessantes.
Sem mais delongas e começando pelo começo, vou tentar traduzir como estamos inovando na indústria de mercado de capitais — e aproveitarei para falar do panorama de mercado para algumas classes.
Indice
O mercado de capitais, de forma bastante resumida e como o próprio nome diz, é o ambiente organizado onde transitam recursos de quem pode emprestá-los para quem precisa deles emprestado.
Como sabemos, a moeda de troca para isso é o dinheiro, um ativo regulado.
Por isso, esse encontro precisa acontecer dentro de instituições autorizadas para tal fim, como bancos, corretoras, financeiras, fintechs reguladas, etc.
Essas instituições promovem e organizam esse encontro e são elas as responsáveis por estruturar, coordenar e configurar as características para que haja equilíbrio na dinâmica entre as exigências de quem tem o capital e das garantias de quem precisa dele.
São várias características que devem ser definidas para que esse match de interesses se transforme em um produto de investimento, como:
Um exemplo, atendendo todos esses requisitos, seria a emissão de um Título de Dívida via CRI (Certificado de Recebível Imobiliário) com prazo de 2 anos e taxa de retorno de CDI + 3% a.a, com foco no investidor de varejo.
Se você é um empresário e pensa adquirir um novo negócio, expandir suas operações ou fazer novos investimentos, você tem basicamente duas portas de acesso para o mercado de capitais.
E é sempre com base nessa avaliação que você pode começar a tomar suas decisões.
A primeira porta para acessar esse mercado é via capital de terceiros, como empréstimos através de bancos.
A segunda porta é através de capital próprio, fazendo uma nova emissão de ações ou vendendo parte de sua empresa, por exemplo.
Em teoria, o uso de capital de terceiros é sempre mais eficiente, pois não compromete o recurso próprio.
Mas nem sempre as condições de mercado, da empresa ou do seu contexto vão favorecer esse caminho.
A verdade é que os caminhos são distintos e sempre podem coexistir.
Por isso, as instituições financeiras se especializaram nessas atividades de mercado de capitais, para lhe ajudar a tomar decisões melhores.
De forma resumida, as áreas responsáveis por isso se dividem em Debt Capital Markets, que fazem as operações de dívida, e Equity Capital Markets, que usam operações de IPOs (Initial Public Offering), Follow On ou M&A (Mergers and Acquisition) para acessar os recursos.
Existem outras áreas dentro de uma corretora ou banco que dão suporte para essa atividade, nas quais trabalham analistas setoriais, economistas, pesquisadores e profissionais da área comercial, entre outros.
O nosso propósito aqui na Warren é democratizar o universo de investimentos e gerar retornos sem conflitos de interesses, e foi com essa mesma mentalidade que estruturamos a área de mercado de capitais.
Isso requer um modelo de negócio totalmente inovador.
No modelo tradicional, as instituições financeiras estruturam os produtos e embutem comissões altíssimas que incentivam uma venda perversa.
O foco acaba sendo acumular o maior número de operações sem que necessariamente elas sejam adequadas ou recomendadas para os clientes investidores.
O modelo inovador que desenvolvemos aboliu as altas comissões, o que acaba se revertendo em benefícios para o investidor e empresário.
Pode parecer um detalhe, mas é ele que faz toda a diferença.
Isso porque esse detalhe nos permite focar em se tornar a principal ferramenta de transformação de ideias em teses e produtos de investimentos.
Um dos nossos principais objetivos é entender como, quando, quanto e onde o investidor quer colocar seu dinheiro.
Assim vasculhamos o mercado com um objetivo claro e alinhado com nosso chefe: o cliente.
Talvez eu esteja rezando a missa para alguns, mas acredito que toda essa explicação pode ajudar você, investidor ou empresário, a tomar decisões melhores.
A explicação também pode servir de base para explicar por que batizamos esse movimento inovador de Mercado de Capitais 3.0.
Para explicar o que significa o “3.0” terei que passar pelas fases anteriores.
A fase “1.0” do mercado de capitais foi a época em que a principal porta de acesso ao capital eram os bancos, local onde as pessoas e empresas investiam e se capitalizavam.
A fase “2.0” é marcada pela descentralização. Essas operações começam a acontecer fora dos bancos e passam para corretoras, financeiras, fintechs etc.
Já a fase do “3.0”, que estamos criando, não é só marcada pela descentralização, como também pela desintermediação.
Isso resulta em ganhos de eficiência e escala significativos para todas as partes envolvidas no processo, ou seja: mais eficiência para a instituição financeira, menos custo para o empresário e mais retorno para o investidor.
Todos ganham.
Para concluir essa etapa costumo dizer que a operação de mercado de capitais 3.0 nos ajuda a fechar o círculo de serviços e produtos financeiros da Warren.
Nossa missão é ajudar o investidor durante toda sua jornada de vida.
Iniciamos ajudando você compreender melhor o mundo dos investimentos e ajudamos a entrar nesse universo trazendo uma experiência incrível.
Com a área de mercado de capitais, trazemos soluções de acesso ao capital via dívida ou através de veículos de investimentos estruturados, fusões, aquisições ou fundraising.
Também ajudamos a gerir e proteger seu patrimônio e assim conseguimos entregar todos os serviços com um único DNA.
Aproveito essa oportunidade para trazer minha visão sobre alguns dos principais mercados.
Do ponto de vista macroeconômico estamos passando por uma série de desafios globais e locais, que trazem uma paralisação do mercado de capitais.
Assim, o investidor passa a tolerar menor risco, e o tomador tem menos opções de acesso ao mercado, que passa a ficar mais fechado.
Neste artigo do time de Alocação, você pode conferir mais sobre nossa visão macro.
Por outro lado, existe uma visão que os mercados podem se reaquecer principalmente nos setores agro, commodities e infra estrutura.
Apesar de o investidor estar mais propenso a investir em renda fixa neste ano, acredito que fecharemos o ano com volumes de títulos de valores mobiliários privados (CRIs, CRAs e debêntures) menores do que em 2021.
No ano passado, o mercado distribuiu cerca de R$ 180 bilhões nessa classe, e a estimativa deste ano deve ficar ao redor de R$ 150 bilhões conforme as previsões.
Sabemos que o brasileiro gosta de investir em renda fixa e, segundo o último relatório da Anbima, saltamos de 9,4 milhões para 11,9 milhões de CPFs investindo em renda fixa nos últimos 12 meses.
Também fomos de R$ 898 bilhões para R$ 1,3 trilhão em volume investido.
Do ponto de vista do mercado de equity, acredito que podemos ter um ano mais construtivo no mercado interno, principalmente com a queda da inflação e um PIB que pode chegar a 2% neste ano.
Esse mercado também pode ser beneficiado pela chegada de capital estrangeiro, que pode vir atrás do crescimento economico, inflação controlada e câmbio atrativo — tudo isso pode entregar uma relação benéfica para o gringo, quando comparado aos demais emergentes.
Segundo dados da indústria, mais de 109 empresas desistiram de fazer IPO entre 2020 e 2021. Essas empresas podem voltar a querer acessar o mercado de capitais de alguma forma no ano que vem.
Apesar de uma tendência de contração para o segundo semestre de 2022, o mercado de M&A se manteve aquecido no primeiro semestre do ano, mesmo com cenário de valuation e desafios mais complexos.
Uma pesquisa da KPMG apontou que foram realizadas 1.014 operações de M&A no primeiro semestre deste ano, 25% a mais do que no mesmo período em 2021.
Empresas de internet lideraram como as mais quentes, seguidas por tecnologia da informação e pelas instituições financeiras.
Obviamente que todas essas previsões podem mudar de acordo com algumas variáveis como eleição, ciclo de aperto monetário local e exterior por exemplo.
Um outro ponto que devemos acompanhar de perto são as inovações regulatórias que podem trazer uma alavanca para o mercado de capitais.
Elas prometem desenvolver ainda mais a indústria, proporcionando mais segurança, menos custos e mais eficiência para o mercado.
Por exemplo: a nova norma de ofertas públicas que entrará em vigor no início do ano que vem. Isso para não mencionar outras inovações que estão sendo estudadas e colocadas em prática pela indústria.
Temos certeza que em breve veremos (ou faremos) o modelo 4.0 nascer e que o risco de ficar parado e não inovar é bem maior do que o de se mover.
Espero estar com você até lá.
Chego ao final do artigo, mas ainda com muita energia e com assuntos para trazer nos próximos textos.
Enquanto isso, lhe convido para continuarmos conectados através do Linkedin, em que costumo trazer pílulas sobre esses temas e onde adoraria continuar o papo.
Espero que gostem de me ver por aqui e consigamos perseguir nosso propósito juntos.
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