A relação entre a comissão recebida pelos assessores de investimentos e o desempenho das carteiras é um tema importante e também complexo, já que o assunto coloca à prova a transparência no relacionamento entre o profissional e o cliente.
Claro que é justo remunerar o assessor pelos serviços de aconselhamento e gestão. No entanto, é fundamental entender como esse valor pode impactar nos resultados sobre seus investimentos.
De forma bem simplificada, investimentos são alocações de recursos financeiros em diferentes produtos (ou ativos).
O propósito, claro, é aumentar o valor aplicado, atingindo os resultados desejados de acordo com o perfil do investidor e com os objetivos e prazos traçados.
Com experiência e conhecimento constantemente atualizado, o assessor atua como um “desbravador dos sete mares”.
Nessa missão, encontra as melhores rotas durante o caminho, sempre utilizando as características e pretensões do cliente como um norte.
Seguindo essa analogia, se o assessor é o comandante, o cliente é o proprietário do navio. É ele quem possui o dinheiro para a realização dessa “expedição” no mundo dos investimentos.
Nessa relação entre comandante e proprietário, a comissão pode ser vista como um incentivo para remunerar o trabalhador pelos serviços prestados.
Afinal, o valor variado funcionaria como um motivador para que o profissional lute para conquistar os melhores resultados possíveis, sempre alinhado com os interesses do cliente.
A comissão poderia, ainda, ser vista como um ímã para atrair bons assessores.
O valor pode conquistar profissionais talentosos e experientes, que possuem o conhecimento necessário para tomar as diversas decisões relacionadas com o mundo dos investimentos.
Ao receber uma comissão, em teoria, o assessor pode se empenhar ainda mais em fornecer um serviço extremamente qualificado, realizando pesquisas aprofundadas e acompanhando de perto as tendências do mercado.
Entretanto, nem tudo são flores. Portanto, é necessário avaliar também possíveis pontos negativos nessa relação.
Quando inadequado ou mal estruturado, um sistema de comissão permite criar incentivos perversos.
Nessas situações, os assessores podem ser motivados a promover produtos financeiros que pagam comissões mais altas, mesmo que estes não atendam o real interesse dos clientes.
Consequentemente, essa situação levará ao conflito de interesses, com o assessor priorizando as próprias recompensas financeiras, mesmo em detrimento dos interesses do investidor.
Ainda na lista dos pontos negativos, outro aspecto a ser considerado é o potencial de comissões excessivas.
Em alguns casos, os valores podem ser muito altos, reduzindo significativamente os retornos do cliente.
As porcentagens elevadas cobradas podem interferir especialmente nos investimentos a longo prazo.
Mesmo funcionando de forma eficiente, uma carteira com comissões altas traz um retorno inferior na comparação com o real potencial apresentado.
Nesses casos, uma carteira com comissões menores pode colocar mais dinheiro no bolso do investidor no longo prazo.
Para entender melhor, vamos a um exemplo hipotético.
Imagine uma carteira que em dez anos valorizou R$ 100 mil, mas pagou R$ 30 mil de comissão. Isso significa R$ 70 mil a mais no bolso do investidor.
Nesse caso, uma carteira que rendeu no mesmo período R$ 90 mil, mas pagou apenas R$ 10 mil de comissão, entregaria o valor de R$ 80 mil.
Claro que esse é só um exemplo ilustrativo.
De qualquer forma, comissões excessivas desencorajam os interessados a iniciar ou manter os investimentos, porque acreditam que os custos superam os benefícios.
Uma forma de contornar essas questões é buscar assessores de investimentos que atuem sob o modelo de remuneração fixa — internacionalmente conhecido como fee-based. Um exemplo é o escritório MHZ Capital.
Nessa proposta, o assessor é remunerado por uma taxa fixa, independentemente dos produtos sugeridos.
Isso reduz o conflito de interesse e aumenta a transparência, uma vez que o assessor não tem incentivos para promover produtos específicos.
Em vez disso, ele se concentra em fornecer um serviço de qualidade e orientação imparcial, alinhado com os objetivos do cliente.
Um ponto de atenção: quando o assessor de investimentos é vinculado à uma corretora, é necessário se aprofundar neste ponto.
Afinal, é possível que ele cobre do cliente uma taxa fixa mas a corretora continue comissionado ele por determinados produtos.
Assim, o cliente cai na ilusão de acreditar que não há espaço para o conflito, já que a remuneração dele para o assessor é fixa. Vale questionar também se entre a corretora e o assessor há comissões veladas.
Indice
Por falar em formas de remuneração, é importante conhecer detalhadamente os diferentes modelos de comissões adotados pelos assessores.
Dessa forma, fica mais fácil identificar qual se encaixa melhor com o perfil dos diferentes investidores.
Nesse modelo, o assessor recebe um percentual do patrimônio total dos investimentos gerenciados.
Não varia de acordo com os produtos sugeridos ou tipo de serviço prestado — como compra ou venda de ações.
Por exemplo, pode ser estabelecida uma taxa anual de 1% dos ativos sob gestão. Essa comissão é normalmente cobrada de forma proporcional ao longo do ano.
Este é o modelo de remuneração vigente na Warren.
O cliente paga uma taxa fixa anual entre 0,7 e 0,9%, de acordo com o montante aplicado.
Aqui o assessor recebe um valor por cada transação realizada na carteira de investimentos.
Essas transações podem incluir compra ou venda de ações, títulos e outros instrumentos financeiros.
Geralmente, uma taxa é descontada de cada transação executada.
Esse modelo adota uma remuneração do assessor composta por uma combinação dos dois modelos apresentados anteriormente.
Isso significa que trabalha tanto com uma porcentagem sobre os ativos gerenciados quanto cobra valores em determinadas transações.
Essa proposta oferece flexibilidade e atende às necessidades específicas de cada cliente.
Por exemplo, uma taxa anual pode ser cobrada com base no patrimônio total, enquanto outra é aplicada a transações individuais.
O modelo está diretamente ligado ao desempenho dos investimentos.
Aqui o assessor recebe uma comissão adicional caso os resultados excedam um determinado benchmark ou objetivo predefinido.
Geralmente, é estabelecido um valor mínimo de retorno a ser alcançado antes que essa comissão seja aplicada.
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A relação entre a comissão recebida pelos assessores e o desempenho dos investimentos é delicada, já que, se por um lado é vista como um incentivo ao assessor para gerar melhores resultados, por outro, ela pode gerar conflitos de interesses e prejudicar os resultados dos investimentos.
É importante que os investidores estejam atentos a esses aspectos e busquem assessores que atuem de forma transparente e alinhados com os objetivos traçados.
Vale lembrar que a Warren possui assessores de investimentos preparados para criar uma carteira ideal com a recomendação dos melhores produtos para cada perfil e objetivo.
O trabalho é transparente, com dedicação e acompanhamento dos profissionais. Além disso, os pagamentos ocorrem de maneira fixa, sem comissões, eliminando possíveis conflitos.
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