Lançado em março deste ano, o fundo Warren Equals FIA (36.401.557/0001-81) é um produto de ações que investe apenas em empresas (brasileiras e mundiais) que comprovadamente promovem ações de equidade de gênero e que possuem mulheres atuando em cargos de destaque.
Veja aqui o regulamento e a lâmina do Warren Equals.
Não se trata de modismo, nem de abrir mão de performance só por investir em uma causa. O mundo está atento ao assunto e podemos incluir aí o mercado financeiro, visto como um dos nichos mais hostis às mulheres. Veja um exemplo aqui.
Em artigos recentes como, por exemplo, o do Oliver Hart (2017), é possível desconstruir o argumento de que existe uma separação entre os objetivos das empresas (dar lucro) e dos indivíduos e governos (questões éticas e sociais), defendida por Milton Friedman (1970) em seu artigo “A responsabilidade social dos negócios é aumentar seu lucro”.
A premissa possui falhas ao considerar que estes objetivos possam ser completamente separáveis. Eles não são.
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Uma empresa muito rentável, mas que não tenha este lucro “percebido” por seus clientes, funcionários, fornecedores, governantes e acionistas, certamente terá esta rentabilidade sob risco nos dias atuais.
Já ouvimos muitas histórias de mulheres que recebiam menos por fazer o mesmo trabalho que homens. Histórias sobre mulheres tentando equilibrar dois empregos: ser mãe e empregada.
E, é claro, histórias de empresas em que não há nenhuma mulher em posição de liderança, nem mesmo no quadro.
Oportunidade. Esta é a palavra-chave que estamos lutando na construção de um fundo socialmente inclusivo. O mundo está atento a esse tema, e o mercado financeiro, considerado um dos nichos mais hostis às mulheres, não poderia ficar de fora.
Por que olhar para isso? Simples: olhar para quem faz a gestão da empresa é crucial.
O Goldman Sachs, por exemplo, comunicou que apenas irá abrir capital de empresas que tenham, pelo menos, alguma minoria bem representada em seu conselho.
O Bloomberg Gender-Equality Index (GEI) é um índice que foi criado para mapear o desempenho financeiro das empresas públicas comprometidas em divulgar seus esforços para apoiar a equidade de gênero. E é neste índice que o fundo Warren Equals se baseia para a composição de suas empresas. Você pode consultar quais empresas fazem parte do índice GEI aqui.
Acreditamos que fechar a lacuna de gênero pode parecer esmagador em certo ponto, mas todo líder – homem e mulher – pode fazer a diferença em ações pequenas, mas tangíveis, e significativas todos os dias.
Hoje, você verá o desempenho social e financeiro de três papéis que estão presentes em nosso fundo Warren Equals: Coca-Cola, Magalu e Natura.
Neste artigo, você verá:
Indice
É muito difícil desassociar a marca Magazine Luiza do seu principal rosto: Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho de Administração da Magalu. O cargo dela por si só já valida a entrada da empresa no fundo, mas as iniciativas de apoio às mulheres na companhia são reconhecidas em todo o país.
A Magalu, definitivamente, é um case de sucesso no mundo de negócios. A empresa se tornou a mais bem avaliada aos olhos dos consumidores, segundo pesquisa da ESPM Rio. Em março deste ano, dobrou o benefício para funcionárias mães que não conseguem exercer a função em home office.
Em maio, criou uma plataforma para empreendedores venderem em seu próprio e-commerce e lançou uma campanha contra violência doméstica. A ação consistiu em disponibilizar um botão no seu aplicativo, que redirecionava as mulheres ao Disque Denúncia, em uma adaptação ao auxílio já prestado pelos colaboradores nas lojas físicas.
Além disso, a companhia mantém há anos o seu Programa de Inclusão Social, que foca em ações de inclusão e acessibilidade.
Já a Coca-Cola é uma love brand, que chegou a esse patamar por fazer a frente e se posicionar sobre assuntos que muitas marcas enxergam como tabu. Em 2017, liderou o ranking no Guia Exame de Mulheres na Liderança, feito pela revista Exame e a ONG Women In Leadership In Latin America, que reuniu 2.700 empresas em quatro países.
Da porta para fora, vemos a Coca mostrar diversidade e pluralidade em todas as suas campanhas de marketing já há muitas décadas. Ela é realmente uma das precursoras em levantar bandeiras importantes para a evolução do pensamento em sociedade.
E da porta para dentro, a empresa dá o mesmo exemplo. Com mulheres na liderança em cargos de diretoria há anos, a multinacional promove diversos programas para a discussão da equidade de gênero e de raça entre os seus colaboradores, e você pode acompanhar esses bastidores aqui.
A Natura é uma das empresas que possui mais capilaridade com o público feminino. Hoje são mais de 2 milhões de consultoras de beleza em diversos países, aproximadamente 97% delas são mulheres.
As ações para promover o empoderamento e a equidade de gênero são uma vertente forte da empresa desde o seu lançamento.
Em 2017, a empresa assinou a adesão aos Princípios de Empoderamento das Mulheres, promovidos pela Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres) e pelo Pacto Global das Nações Unidas.
Desde então, firmou o compromisso de ter 50% dos cargos de liderança ocupados por mulheres até o final de 2023. Hoje, a Natura conta com 48% de mulheres em cargos gerenciais.
Depois que a pandemia se instalou no mundo, o Grupo Natura anunciou a doação de US$ 1 milhão através da Fundação Avon para grupos de apoio contra a violência doméstica ao redor do mundo.
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Agora que você já entendeu por que a Coca-Cola, Magalu e Natura se destacam por suas políticas de gênero, chegou a hora de analisar o desempenho das suas ações nos últimos anos.
A Coca-Cola (Nyse: KO) entrou em 2020 com força sólida, obtendo fortes resultados em 2019. Até o final de fevereiro, a empresa estava crescendo um volume de 3% (excluindo a China).
Próximo de alcançar as suas metas em 2020, a companhia viu mudanças significativas nos padrões de compra dos consumidores devido a pandemia. A KO viu fortes vendas de produtos de Coca-Cola dentro de casa, mas a empresa ainda está lutando para aumentar suas vendas fora de casa.
No auge do crescimento, os papéis KO assistiram a uma elevação de 43% de seu valor, considerando o período entre agosto de 2015 e março de 2020. Com a pandemia, a Coca-Cola vem oscilando em uma faixa de consolidação bastante ampla desde o início de abril. As ações estabeleceram seu nível de resistência em US$ 50 quando caíram em 12 de março.
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No entanto, a longo prazo, somos otimistas quanto ao KO. Com 58 anos consecutivos de aumento anual de dividendos, não resta dúvidas de que a empresa consegue criar valor a longo prazo.
A companhia conta com presença diversificada em 200 países e com um forte portfólio de mais de 500 marcas em todo o mundo. Além disso, é importante ressaltar que o crescimento da Coca-Cola não se limita a produção de refrigerantes.
A empresa possui fortes investimentos no negócio de bebidas à base de plantas, bebidas esportivas e sucos de frutas. Assim, à medida que os consumidores se tornam cada vez mais preocupados com a saúde, a empresa oferece uma oferta de produtos de qualidade.
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Enquanto várias empresas ainda amargam a crise causada pela pandemia, as ações da Magazine Luiza (Ibov: MGLU3) rompem a sua máxima histórica de R$ 57,66, do dia 4 de fevereiro deste ano.
A empresa vem navegando por caminhos até então desconhecidos. Desde agosto de 2015, a companhia conta com uma valorização de 2606,1% nos seus papéis, pelo menos até o momento desta publicação.
O setor de varejo online vem ganhando forças devido às mudanças nos hábitos de consumo durante a pandemia. No primeiro trimestre de 2020, a Magazine Luiza viu suas vendas totais aumentarem em 34% frente ao 1º trimestre de 2019, alcançando R$ 7,7 bilhões. O e-commerce é responsável por 53% desse número, avançando cerca de 73% para o período.
A MGLU3 conta com uma alta de 68,6% no acumulado de 2020. Entretanto, ao levar em consideração a queda ocorrida em março, o crescimento chega a cerca de 179% nos últimos 4 meses.
A aposta da Magalu é que o e-commerce vai ganhar cada vez mais espaço no mercado e que a companhia vai conseguir se beneficiar desse movimento. Isso sem contar com o alcance das mais de mil lojas físicas espalhadas pelo Brasil para o período pós-pandemia.
Com um ROE (Return on Equity) de cerca de 11%, o papel MGLU3 vem mostrando que possui uma valorização resiliente e consistente ao longo dos anos.
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Representando o setor de consumo não cíclico, o Grupo Natura (IBOV: NTCO3) é avaliado em R$ 9,84 bilhões. Após a conclusão da compra e incorporação da Avon no início de 2020, a Natura passou a figurar entre o Top 4 dos maiores grupos de beleza do mundo.
Antes da pandemia do coronavírus, o NTCO3 chegou a apresentar uma valorização maior que 367%, em um período compreendido entre agosto de 2015 e março de 2020. E, assim como as outras empresas, a Natura não conseguiu escapar do rali que aconteceu no mercado de renda variável.
Diante de tantas incertezas, o papel caiu a R$ 21,25, um desconto frente ao que de fato a empresa vale e pode retornar no longo prazo. No primeiro trimestre de 2020, a empresa apresentou um lucro líquido consolidado de R$ 7,5 bilhões, com um avanço para o e-commerce.
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Este post possui natureza informativa, não devendo ser entendido como recomendação de qualquer investimento ou sugestão de alocação por parte dos destinatários. Os ativos financeiros e/ou as carteiras de investimentos discutidas neste material podem não ser adequadas para todos os investidores, tendo em vista que os objetivos de investimento, situação financeira e necessidades de cada investidor podem variar. Para avaliação da performance de um fundo de investimento, é recomendável a análise de, no mínimo, 12 (doze) meses. Fundos de investimento não contam com garantia do administrador, do gestor, de qualquer mecanismo de seguro ou do Fundo Garantidor de Crédito – FGC. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura. A rentabilidade divulgada não é líquida de impostos. Leia o prospecto, o formulário de informações complementares, lâmina de informações essenciais e o regulamento antes de investir.