Viver de renda: quanto você precisa e como fazer

Publicado por
Redação Warren

Viver de renda é ter todas as suas despesas bancadas pelo rendimento dos seus bens e investimentos.

É uma meta bastante comum entre os investidores — ao mesmo tempo que muitas pessoas nem sequer a perseguem por acreditar ser impossível alcançá-la.

Neste post, vamos explicar melhor o que quer dizer viver de renda, esclarecer se é uma meta possível para qualquer pessoa e apresentar dicas para poupar e fazer o dinheiro trabalhar por você.

Boa leitura!

O que é viver de renda?

Viver de renda é a realidade de um investidor que não precisa trabalhar para pagar as suas despesas. Para quem vive de renda, todas as suas necessidades são bancadas pelo rendimento de bens, ativos e direitos que não demandam nenhum esforço ativo para gerar dinheiro.

É como se fosse uma aposentadoria, mas que depende da formação de um patrimônio robusto, e não da idade ou do tempo de contribuição ao INSS.

A lógica é fazer o dinheiro trabalhar para você: os recursos acumulados geram juros que serão retirados periodicamente para custear as suas despesas.

É o que chamamos de renda passiva, aquela que é gerada independentemente do esforço do indivíduo, ao contrário da renda ativa, que é fruto do trabalho.

Neste post, vamos focar nos produtos financeiros que podem ser explorados por quem quer viver de renda. Mas é importante deixar claro que há outras fontes de renda passiva que também vale a pena considerar. Veja alguns exemplos:

  • Aluguel de bens: se você possui um apartamento e o disponibiliza para locação, por exemplo, receberá mensalmente o valor do aluguel.
  • Direitos autorais: recurso recebido pelo uso de uma criação intelectual ou artística, como um livro, uma composição ou um desenho.
  • Lucro de empresa: você criou um negócio bem-sucedido e, depois de um tempo, parou de se envolver na administração, mas manteve um percentual da empresa. Ou então você investiu em uma startup em troca de participação societária, mesmo sem trabalhar nela.
  • Produtos digitais e infoprodutos: cursos online e e-books, por exemplo, exigem um esforço inicial para serem criados, mas depois são vendidos repetidamente sem que o seu criador precise trabalhar.
  • Marketing de afiliados: comissão paga para criadores de conteúdo que geram acessos e conversões para uma loja virtual. Também demanda um esforço inicial para criar um conteúdo bem acessado, mas depois monetiza passivamente.

Mais adiante, detalharemos especificamente as fontes de renda passiva do mercado de investimentos.

Qualquer pessoa pode viver de renda?

Para muitos, pode não ser fácil, mas não há nenhum impedimento predeterminado para que um indivíduo consiga, um dia, viver de renda.

Se você não considera a sua renda atual muito alta, por exemplo, provavelmente também tem um custo de vida que não é muito oneroso — e, por isso, não precisará de um patrimônio tão grande para ser capaz de viver de renda.

O segredo é ter paciência, disciplina e confiar na magia dos juros compostos.

Os juros compostos têm um efeito multiplicador sobre os investimentos, pois os juros anteriores geram novos juros. São diferentes dos juros simples, que incidem sempre sobre o montante inicial.

Então, funciona assim: você investe todo mês, esse dinheiro gera juros que se somam ao total e geram mais juros, e assim seu patrimônio se multiplica com o passar dos anos.

No começo, a evolução vai parecer lenta. Mas a visão de longo prazo mostra que, a partir de um momento, ocorre uma curva exponencial que acelera o processo.

LEIA MAIS | Pensar no longo prazo: por que é tão difícil e como isso afeta as finanças 

Como viver de renda na prática?

Se você já tem um patrimônio robusto e quer saber se ele é o suficiente para gerar uma renda passiva que permita viver de renda, sugerimos pular para o tópico seguinte: “Quanto eu preciso para viver de renda?”.

Na sequência, o tópico “Melhores investimentos para viver de renda” apresenta as melhores opções do mercado financeiro para alcançar o seu objetivo.

Se você ainda precisa construir um patrimônio que permita viver de renda, siga em frente e confira as dicas abaixo.

1. Enxugue suas despesas

O primeiro passo é gastar menos. Por dois motivos:

  1. Assim, vai sobrar mais dinheiro no fim do mês, e esse excedente irá para os investimentos que vão gerar a sua renda passiva.
  2. Acostumando-se com um padrão de vida mais baixo, sua meta final poderá ser mais baixa e você terá a opção de viver de renda com menos dinheiro acumulado.

Então, comece adotando algum processo para registrar todas as suas despesas, como uma planilha de controle financeiro ou aplicativo para celular.

A partir daí, analise bem os gastos, corte o supérfluo e diminua o que puder.

2. Defina uma meta e crie um hábito

A partir do diagnóstico feito com a dica do tópico anterior, você saberá quanto é possível poupar por mês para investir no objetivo de viver de renda.

É importante definir uma meta fixa, que você sabe que conseguirá cumprir todo mês, e um dia específico para os aportes.

Por exemplo, se você recebe o seu salário no quinto dia útil do mês, configure um lembrete no Google Agenda para lembrar de depositar R$ 300 na sua carteira de investimentos todo dia 7.

Se conseguir economizar mais, ótimo, mas deixe a meta sempre um pouco abaixo. Assim, caso você tenha um imprevisto em determinado mês, ainda conseguirá cumprir o objetivo traçado.

Aqui, cabe uma observação importante: não misture esse com outros objetivos que demandam dinheiro.

Se você planeja uma viagem em família para daqui a um ano ou trocar de carro daqui a dois, não mexa no montante que acumulou investindo R$ 300. Estabeleça outra meta e aplique em outros ativos.

Uma ótima ferramenta para ajudar nessa organização são as carteiras da Warren, um jeito inteligente de separar os investimentos por objetivo.

3. Saiba seu perfil de risco

Antes de escolher os investimentos em que você vai aplicar o seu dinheiro, é importante entender que tipo de investidor você é. Ou seja, conhecer o seu perfil de risco.

Há, basicamente, três perfis:

  • Conservador: opta por mais segurança em seus investimentos, para preservar seu patrimônio.
  • Moderado: um perfil equilibrado, que divide seus aportes entre ativos seguros e arriscados.
  • Arrojado: bastante tolerante a riscos, o que tende a recompensar melhor no longo prazo.

Conhecendo o seu perfil, você terá melhores condições para escolher os investimentos, baseado nos pilares liquidez, segurança e rentabilidade.

Na Warren, ao abrir a sua conta, você responde a algumas perguntas rápidas e nós informamos o seu perfil de investidor em poucos minutos.

Essa definição é baseada, principalmente, na sua tolerância em correr riscos, combinada ao seu comportamento em relação ao mercado financeiro.

4. Estude as opções de investimento

Depois de conhecer o seu perfil de investidor, é hora de escolher os ativos nos quais você vai aplicar o seu dinheiro para construir um patrimônio.

Aqui, não vamos entrar em detalhes sobre as opções, porque elas estão descritas de forma mais detalhada no tópico “Melhores investimentos para viver de renda”, logo adiante.

5. Invista e monitore

Uma vez que você botou o plano em andamento e criou a sua carteira de investimentos, mantenha a roda girando.

É interessante fazer uma avaliação de tempos em tempos e, se for o caso, repensar a estratégia com base em novas perspectivas e fatos.

Mas é preciso ter muito cuidado ao fazer isso. A construção de um patrimônio é um objetivo de longo prazo, que demora muitos anos para ser alcançado.

Para seguir firme nessa direção, você precisa entender as diferenças na dinâmica do mercado em relação ao curto prazo x longo prazo, especialmente se a sua estratégia inclui renda variável.

Se parte da sua estratégia inclui o investimento em ações e nos próximos 12 meses esses ativos se desvalorizam, isso não é um grande problema para uma estratégia de 10 ou mais anos.

O que importa é a rentabilidade média desses ativos lá na frente. Até lá, períodos de baixa são comuns.

Para entender melhor a dinâmica do longo prazo, leia o post Por que pensar no longo prazo é tão difícil e o que fazer quando o assunto é finanças?.

Atenção: isso não quer dizer que você pode investir indiscriminadamente porque, no longo prazo, o investimento vai se pagar. Ainda é preciso fazer uma análise criteriosa das opções.

O que queremos dizer é que muitos ativos de renda variável podem ser péssimos no curto prazo e ótimos no longo.

6. Procure aumentar a sua renda

Como ressaltamos antes, a construção de um patrimônio para viver de renda exige paciência e disciplina.

Mas você pode pensar em maneiras de acelerar o processo.

Investir em capacitação ou em um empreendimento, por exemplo, pode reduzir a quantia poupada momentaneamente, mas representar maior renda no futuro com a valorização profissional, novo emprego ou com os lucros de um negócio bem-sucedido.

7. Planeje as retiradas

Depois que o patrimônio estiver formado, você pode realocar o dinheiro em aplicações que sirvam de forma mais adequada às suas necessidades.

Por exemplo, retirando uma quantia que acredita ser suficiente para bancar o seu custo de vida por um ano e aplicando em um investimento com liquidez diária, para só se preocupar com uma nova retirada depois de 12 meses.

Quanto eu preciso para viver de renda?

É impossível responder com um número absoluto, porque a quantia necessária depende muito do estilo de vida que você deseja.

Se você quer apenas pagar suas contas básicas com dignidade e bancar um churrasco de vez em quando sem se preocupar com trabalho, a sua necessidade será uma.

Agora, se o seu sonho é passar uma temporada regada a prosecco na Costa Amalfitana, vai precisar de mais dinheiro.

Então, o cálculo precisa começar com uma estimativa do quanto você precisa para bancar o seu custo de vida. Vamos imaginar que seja R$ 5 mil por mês. Multiplique esse valor por 12 e você terá um gasto estimado de R$ 60 mil em um ano.

Agora, é só calcular quanto você precisa acumular para que seja possível retirar a renda anual desejada do seu patrimônio sem com que ele diminua. Isto é, o patrimônio precisa render pelo menos R$ 60 mil por ano no exemplo que estamos dando.

A partir daí, você deve planejar seus investimentos com uma projeção de juros reais (rentabilidade obtida com os investimentos menos a taxa de inflação).

Uma meta realista e relativamente conservadora é mirar em 4% de juros reais ao ano. Com essa definição, a conta fica assim:

Patrimônio = (renda anual desejada) / 0,04

Patrimônio = (60.000) / 0,04

Patrimônio = R$ 1,5 milhão

Isso quer dizer que você precisaria acumular R$ 1,5 milhão para ter R$ 5 mil de renda passiva por mês, considerando uma taxa de juros reais de 4% ao ano.

Você pode usar a fórmula acima e mudar as variáveis caso acredite que consegue fazer seu patrimônio render mais ou estime uma renda anual diferente.

Para planejar a jornada até o montante desejado, você pode utilizar a nossa calculadora de juros compostos.

Com 1 milhão dá para viver de renda?

Depende do seu custo de vida. Se considerarmos a meta conservadora de 4% de juros reais, R$ 1 milhão rende R$ 40 mil em um ano, o que representa R$ 3.333,33 por mês.

Se essa renda é suficiente para você, isso significa que é possível estabelecer a meta para viver de renda com R$ 1 milhão, sim.

Aqui, é importante ter atenção novamente ao conceito de juros reais. Hoje, você encontra facilmente opções seguras de renda fixa que rendem mais de 10% ao ano.

Caso você retire o total da rentabilidade do patrimônio como renda passiva sem descontar a inflação, porém, o seu dinheiro perderá o valor com o passar dos anos, e os R$ 3,3 mil que hoje são suficientes podem não ser o bastante no futuro.

Melhores investimentos para viver de renda

Agora, chegou a hora de apresentarmos os tipos de investimento que você deve estudar caso esteja pensando em viver de renda.

CDB

CDB é a sigla para Certificado de Depósito Bancário, um título bancário de renda fixa. Há CDBs pós-fixados e prefixados e com diferentes níveis de risco e liquidez.

Tesouro Direto com juros semestrais

Tesouro Direto é uma plataforma de negociação de títulos da dívida pública para pessoas físicas. A melhor estratégia para renda passiva são as opções com juros semestrais, que pagam a cada 6 meses um valor proporcional à rentabilidade contratada.

Fundos Imobiliários

Os Fundos Imobiliários (FIIs) são fundos de investimento cujo dinheiro é aplicado no mercado de imóveis — na construção ou compra de ativos. Os valores arrecadados com o aluguel dos imóveis são distribuídos entre os cotistas, gerando uma ótima fonte de renda passiva.

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Ações que pagam dividendos

Os dividendos são a distribuição de um percentual dos lucros aos acionistas de companhias de capital aberto. Há ações que pagam dividendos mensais.

Comece a investir agora para viver de renda

Agora que você já sabe como criar uma estratégia de investimento para viver de renda e conhece as melhores opções de ativos, basta começar a aplicar.

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