Não é novidade que o tradicional banco global Credit Suisse, o segundo maior banco da Suíça e um dos maiores do mundo, está passando por um momento complicado.
Tomado por perdas relacionadas a sua divisão de gestão de patrimônio, corretora e inúmeros escândalos corporativos, as ações do banco vêm tendo perdas consideráveis no mercado.
Para se ter uma ideia, o BDR do banco, negociado no Brasil pelo código C1SU34, chegou a acumular queda superior a 21% apenas neste início de mês de outubro.
Enquanto as especulações sobre o futuro do banco ganham espaço no mercado financeiro e nas redes sociais, nós direcionamos nosso olhar para os FIIs geridos pela Credit Suisse Hedging-Griffo.
Confira, a seguir, um resumo com os tópicos mais pertinentes sobre o assunto.
Indice
A crise no banco suíço vem impactando indiretamente as cotas dos FIIs geridos pela Credit Suisse Hedging-Griffo (CSHG), como o HGRU11 e o HGCR11.
O receio de alguns investidores é de que o mau momento do banco acabe afetando os FIIs.
No entanto, é importante pontuar que o patrimônio dos FIIs é apartado do conglomerado financeiro, não havendo relação direta entre eles.
Dessa forma, o patrimônio dos FIIs não pode ser acessado diretamente, caso haja necessidade de liquidez pela holding.
Não é bem assim. Há um cenário no qual vemos potencial de impacto, em que a organização deixaria de remunerar adequadamente o time de investimentos.
No entanto, é importante destacar que, se isso ocorrer, não será feito da noite para o dia. Até o momento, não houve movimentação relevante em termos de pessoas.
A maioria dos fundos do CSHG continua a ser gerida pelo executivo Bruno Margato.
Em um cenário em que a Asset deixe de gerir os fundos, há a possibilidade de outra gestora assumir os FIIs, já que os fundos da Credit Suisse Hedging-Griffo são conhecidos por terem ativos de qualidade em carteira.
Aqui, é importante destacar que a gestora apenas presta um serviço de gestão sobre os ativos, não sendo “dona” deles.
Aqui na área de Alocação da Warren, defendemos a cautela neste momento.
Apesar das notícias não serem boas para o Credit Suisse, ainda não está claro qual será o desfecho final no banco e seus próximos passos de reestruturação.
Consideramos que, mesmo no pior cenário, a maior probabilidade é de que o impacto direto para os FIIs seja marginal. Além disso, não alteramos nossa visão do time que lá se encontra.
Seguiremos em contato com a gestora e, caso o cenário mude, comunicaremos nossas decisões aos investidores.
É muito importante ter um acompanhamento profissional sobre a gestão de FIIs, em especial monitorando qualquer notícia que possa impactá-los.
Esse exemplo do Credit Suisse é especial para mostrar que uma notícia no exterior pode respingar nos fundos geridos no Brasil.
Mas, nesses momentos de especulação no mercado, é importante separar o que é de fato relevante e o que é apenas ruído.
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