É impossível negar que a atratividade da renda fixa aumenta quando a inflação e os juros tendem a subir.
Neste cenário, ativos de risco, como ações, FIIs e criptomoedas, costumam sofrer.
Mas por que isso ocorre?
No mercado financeiro, estamos sempre ponderando oportunidades e decidindo se vale a pena incorrer em determinados riscos para obter certo retorno.
Por isso, sempre comparamos uma classe de ativos com a outra.
A primeira base de comparação é justamente o investimento livre de risco, ou o título de dívida mais líquido do país em questão. No Brasil, a taxa Selic.
Partindo do princípio de que o investidor tem uma meta de retorno definida — 10% ao ano, por exemplo —, quando a Selic está em 2%, ele precisa buscar ativos de maior risco para obter o retorno de longo prazo.
Mas, quando a mesma Selic está rendendo mais de 13% ao ano, já não faz sentido que esse investidor assuma mais riscos do que o necessário.
Neste exemplo simplista, desconsideramos taxas reais e outras nuances importantes do mundo de investimentos, mas a ideia principal é enxergar essa relação: como as demais classes de ativos deixam de fazer sentido para as metas do investidor, ele vende ou deixa de comprar esses ativos, e os preços tendem a cair.
Indice
À primeira vista, pode até parecer que investir em FIIs não seja vantajoso em um cenário como esse.
Mas, para aqueles que têm o perfil de mais longo prazo, que estão acostumados com certa volatilidade (bem menor que a da bolsa) e que têm interesse em renda passiva, os FIIs podem ser uma excelente opção.
Vamos listar os principais argumentos abaixo. Acompanhe:
Primeiramente porque, ao contrário da maioria dos instrumentos de renda fixa, as distribuições dos FIIs são mensais. Na renda fixa, essas distribuições são, nos melhores casos, semestrais.
Ou seja: seu patrimônio rende de forma passiva todos os meses ao investir em FIIs.
Além disso, o cenário mais conturbado fez com que os preços de diversos ativos de alta qualidade ficassem bastante descontados, fazendo com que o dividend yield ficasse ainda mais atrativo.
Aqui, vale ressaltar que devemos estar nos aproximando do fim do ciclo de alta da Selic, ou seja: o mercado deve começar a precificar cortes de juros em um horizonte não tão distante.
Como os FIIs acabam sendo prejudicados quando há aumento de juros, eles também são beneficiados quando há cortes.
Sendo assim, vemos oportunidades também de ganho de capital em um futuro não tão distante.
Além disso, os investidores contam, por meio dos FIIs, com a gestão ativa e 100% focada de profissionais com anos de experiência no setor imobiliário, buscando gerar o máximo de retorno para seus investidores.
É claro que escolher os melhores gestores é uma ciência não tão simples, e para isso temos a carteira recomendada de FIIs, que vai muito bem, obrigado!
Outro argumento a favor dos FIIs: a liquidez tende a ser mais alta do que ativos de renda fixa.
Na média, os fundos de renda fixa têm prazos de 30 dias ou mais (excluindo-se fundos de liquidez, que não buscam retornos).
Caso o investidor decida adquirir um título de renda fixa diretamente, a liquidez é ainda menor e vai depender de cotações em balcão, que normalmente possuem taxas e exigem descontos no título ofertado.
Com os FIIs é diferente: depois de vender, os valores estarão na sua conta da corretora em dois dias.
A correlação dos FIIs é bastante baixa com as demais classes de ativos.
Explicando com outras palavras: a correlação nos diz o quão juntos dois ativos se movem.
Ou seja: se o ativo A sobe 1%, e o ativo B também sobe 1%, a correlação é perfeita e vale 1.
Caso sempre que A suba 1%, B caia 1%, a correlação é de -1.
Dito isso, o mais importante neste sentido é que quanto menor o valor da correlação, mais diversificado é o portfólio e menos volátil ele é para o mesmo objetivo de retorno.
Sendo assim, adicionar FIIs ao portfólio pode fazer com que a jornada do investidor seja muito mais suave e com menos solavancos.
Por fim, a cereja do bolo e a particularidade dos FIIs: os dividendos não são tributáveis!
Ou seja: um dividendo de 10,2% equivale à rentabilidade de 12% de um título de renda fixa quando levamos em conta o pagamento de impostos.
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Respire fundo, porque também não é assim.
Logo no início do artigo, eu fiz um adendo importante: o investidor precisa estar acostumado a um certo grau de volatilidade.
Afinal, os FIIs são listados na Bolsa de Valores, logo seu preço é marcado diariamente e os efeitos psicológicos de uma (des)valorização acentuada que levem o investidor a comprar/vender em momento inadequados pode ser bastante perigoso.
Como falamos anteriormente, vemos um cenário de corte de juros no médio prazo, que tende a beneficiar os FIIs, mas isso não quer dizer que o caminho até lá será suave e que não haverá volatilidade.
Um exemplo claro disso é o conflito entre Rússia e Ucrânia: ninguém precificou este evento e, quando ele chegou, gerou impactos relevantes.
Além disso, nunca é inteligente concentrar o risco dos seus investimentos.
Devemos assumir diferentes riscos e aumentar a descorrelação (que mencionamos acima) para termos uma viagem mais suave na busca de nossos objetivos.
A Warren tem consultores muito experientes e capacitados no assunto, que podem te ajudar justamente a entender seus objetivos e o quanto de risco você deve assumir para ter o retorno que aquele objetivo demanda.
Mas, afinal, qual é a conclusão?
A conclusão é simples: FIIs são, sim, uma boa opção para o perfil de investidor correto, e contam com uma série de benefícios.
Ao mesmo tempo, também também devemos ter na carteira outras classes de ativos para conseguir navegar até nossos objetivos de forma saudável.
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