Quantitative easing, ou flexibilização quantitativa, é uma estratégia de política monetária na qual o Banco Central de um país compra títulos públicos e privados com o objetivo de aumentar a oferta de dinheiro que circula na economia.
Em outras palavras, é uma tentativa de aquecer a economia facilitando o acesso de pessoas e empresas a empréstimos e financiamentos e estimulando o consumo.
Medidas como essa são criadas para contornar cenários de forte crise econômica.
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Em situações normais, a taxa básica de juros é o principal mecanismo de controle da inflação e garantia da estabilidade econômica.
Em contextos mais graves, no entanto, essa medida pode não ser suficiente, e as autoridades monetárias se veem obrigadas a adotar medidas mais extremas, como o quantitative easing.
Para colocar esta estratégia em prática, o Banco Central “produz” uma determinada quantia de dinheiro, de forma eletrônica, para adquirir títulos, tanto do governo quanto de empresas.
Como quem mais detém títulos são os bancos, essa estratégia acaba funcionando como uma injeção de capital nessas instituições.
Com mais dinheiro em caixa, a tendência é que os bancos reduzam os juros cobrados por solicitação de crédito (cartões, financiamentos, empréstimos). Juros mais baixos facilitam o acesso ao crédito, o que, por sua vez, estimula o consumo e a atividade econômica como um todo.
Lembra da “lei da oferta e da demanda”, que a gente aprende na escola? Pois então: com maior procura, os preços sobem, o que ajuda a reverter a deflação causada anteriormente pela queda no consumo.
Objetivo alcançado? Na teoria, sim. Na prática, no entanto, o resultado nem sempre é positivo.
Por ser uma estratégia de “criação artificial” de dinheiro, muitos economistas consideram que os efeitos negativos do quantitative easing podem ser maiores do que os efeitos positivos gerados por ele no curto prazo.
Dentre as principais preocupações, podemos citar:
Além disso, pode acontecer de o quantitative easing passar a ser utilizado de forma permanente para financiar dívidas públicas e privadas, o que foge do seu propósito original.
Ainda assim, o quantitative easing tem sido bastante utilizado para conter crises econômicas nos últimos tempos.
Os Estados Unidos, por exemplo, adotaram a medida para amenizar os danos causados pela crise de 2008, assim como a União Europeia, que fez o mesmo para tentar controlar a crise do Euro.
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