Qualquer resposta para essa pergunta pode ser encontrada de forma simples, desde que outra pergunta tenha sido respondida antes: quais são os seus objetivos?
Se uma pessoa cresce sem pensar em objetivos que movam seus esforços, como vai pensar em investir para alcançar algo que não existe na sua mente?
Por isso, a primeira dica que dou nesse texto é: crie metas na sua vida, mesmo que comecem por coisas simples e depois, suba a régua desses objetivos conforme você consiga alcançar os mais fáceis.
Sei que pode não ser tão simples pensar em planos de vida para algumas pessoas. Mas acredito que isso poderia começar já desde cedo, seja na escola ou em casa.
O primeiro passo para qualquer pessoa que ajude na educação de outra é incentivar que se comece a pensar que o futuro existe, seja ele amanhã ou daqui 30 anos. E, como o dinheiro está diretamente ligado à uma boa parte do que podemos conquistar durante a vida, entender e aprender o hábito de poupar dinheiro é de grande valia.
Uma proposta simples para os pais, por exemplo: estimule os filhos a guardarem dinheiro para a compra de um brinquedo mais caro ou de uma viagem que desejam fazer.
Se os pais começam a incentivar a criança, desde cedo, a fazer esforços para alcançar seus objetivos (como neste exemplo, guardar dinheiro), ficará muito mais simples para o adulto entender que é preciso abdicar de algumas coisas para poder alcançar outras maiores.
Enfim, estes parágrafos iniciais foram apenas para levantar a bola para a pergunta inicial desse texto: por que investir por objetivos?
A partir do momento que entendemos quais são os nossos objetivos com o dinheiro, passamos a entender quais serão os esforços necessários para alcançá-los. É nesse momento que você precisa colocar em prática a questão financeira: primeiro, guardar dinheiro e depois, investir corretamente.
Objetivos diferentes podem ter prazos diferentes e isso é fundamental para escolher o tipo certo de investimento para cada um.
Se pensamos em uma viagem para daqui a um ano, é preciso investir em produtos que tenham sua maturidade nesse período.
O que quero dizer com isso? Se a viagem tem um prazo de um ano para ocorrer, não podemos pensar em investimentos agressivos, como bolsa de valores. Isso porque o prazo de um ano é curto e pode causar frustrações na pessoa que está investindo.
Neste caso, os investimentos para um ano deveriam estar concentrados em renda fixa e serem mais conservadores.
Por isso, além de saber o que você quer, também é importante entender quando você quer. Isso tornaria a escolha dos investimentos mais assertiva.
Se a ideia for investir para comprar a casa na praia daqui 10 anos, pode ser que produtos mais voláteis possam dar melhores resultados. Aí mora a importância de investir por objetivos. Além disso, você tem muito mais comprometimento com os seus investimentos.
“Eu não estou deixando de comprar um CDB, estou deixando o meu sonho de morar na beira da praia mais e mais longe”. É isso que você pensa quando não se compromete com os aportes mensais, por exemplo.
Para aqueles que querem sugestões de objetivos para investir: bom, é difícil falar sobre isso, pois cada pessoa tem sonhos diferentes e tempos diferentes para alcançá-los.
Mas dois deles deveriam estar na mente de todos: investir em uma reserva de emergência e na aposentadoria.
A reserva de emergência deveria ser o primeiro objetivo de cada pessoa que começa a guardar dinheiro.
Por que ela é importante? O nome dela já justifica a resposta, mas, podemos acrescentar também, que a reserva de emergência pode ser usada para uma mudança de carreira, para uma mudança de país ou qualquer coisa que seja imaginada para criar condições melhores de vida.
E o segundo objetivo que comentei, que deveria ser pensado como obrigatório, mesmo para pessoas mais novas, é o de aposentadoria.
Neste caso, estamos falando de um conceito mais abrangente, como o simples fato de a pessoa diminuir o ritmo de trabalho ou escolher apenas trabalhar naquilo que a faz feliz.
Posso citar vários motivos pelos quais esse objetivo deveria estar claro na cabeça de todos, mas, o simples fato de podermos contar cada vez menos com a renda vindo de benefícios pagos pelo INSS, já deveria ser um motivo suficiente.
Mas, o que mais gosto de citar, é a liberdade de escolha, pois esse motivo traz muita satisfação pessoal quando começa ser alcançado.
Se você gostou do artigo, talvez também se interesse por: