Os investidores brasileiros ganharam na manhã de hoje uma alternativa de investimento em títulos de renda fixa com foco em ESG.
Tendo a Warren como coordenadora líder da oferta pública primária, foi concluída a captação do Rio Bravo ESG FIC de FI Infra, fundo de crédito para infraestrutura listado em bolsa com foco em ESG.
A captação inicial alcançou o montante de R$ 31,147 milhões. Essa foi a quinta ocasião em que a Warren, por meio da sua frente de mercado de capitais, atuou como coordenadora líder em processos de IPOs de fundos.
Após a cerimônia que envolveu o tradicional “bater do sino”, o fundo passou a ser listado na bolsa de valores pelo código RBIF11.
Gustavo Kosnitzer, head da área de mercado de capitais da Warren, destaca o papel da Warren na oferta: “Por meio do FI Infra Rio Bravo ESG conseguiremos dar acesso a pessoas físicas a um produto financeiro até então restrito a investidores profissionais e, além disso, colaborar para o desenvolvimento da infra-estrutura do Brasil para financiamentos de projetos com certificação ESG. Para a Warren, é muito gratificante ter coordenado o IPO, levando, assim, o mesmo propósito de alinhamento com os investidores para o mercado de capitais, através de custos mais eficientes de emissões e de dedicação total a cada operação que atuamos”.
Indice
A carteira do fundo será composta principalmente por ativos incentivados, como as debêntures incentivadas, que se enquadrem na Lei nº 12.431.
Gerente sênior de Infraestrutura da Rio Bravo e gestor do RBIFF11, Victor Tâmega diz que o momento é excelente para investimentos em infraestrutura.
“Há uma crescente oportunidade de investimento no setor devido à redução do financiamento estatal subsidiado, ao grande pipeline de projetos, aos leilões disputados e ao desenvolvimento do mercado de capitais no financiamento da infraestrutura”, comenta.
Nesse contexto, o RBIF11 surge como uma opção de investimento em crédito orientado para ESG, com critérios bem definidos.
Na prática, ele une a liquidez de fundos listados em bolsa com a facilidade e democratização do acesso a todos os investidores, já que a sua cota começa a ser negociada em um patamar de R$ 100, e o RBIF11 é aberto para investidores em geral.
Para acompanhar a qualidade do crédito na carteira, os ativos investidos deverão ter um rating mínimo, atribuído por agência classificadora de risco especializada e independente.
O objetivo do fundo é ter papéis atrelados ao IPCA, para ter um caráter de proteção contra a inflação no longo prazo.
O RBIF11 terá distribuição trimestral, podendo ser mensal, a critério do gestor.
A gestão ativa do fundo está a cargo da Rio Bravo, que fará a seleção, alocação, monitoramento e desinvestimento dos ativos por meio de alocação estratégica (foco no longo prazo) e gestão tática (possíveis ganhos de capital intermediários).
“Queremos valorizar as empresas que estão ativamente evoluindo na adoção de políticas sustentáveis”, afirma Evandro Buccini, diretor de Renda Fixa e Multimercados da Rio Bravo.
Para isso, serão utilizados critérios de elegibilidade e categorização de riscos para determinar os ativos e qualificar os emissores.
Após o processo de elegibilidade do ativo, o filtro positivo avalia a sua adicionalidade socioambiental, como a mensuração de possíveis faixas de emissões de carbono e de outros gases de efeito estufa, medidas de adaptação às mudanças climáticas e envolvimento em atividades controversas, como o desmatamento.
Do ponto de vista social, serão mensurados potenciais impactos positivos ao desenvolvimento das comunidades locais, como acesso a bens e serviços e empregos, incluindo comparativo de índice de desenvolvimento humano (IDH).
Por outro lado, estão excluídas as companhias com atividades que não atendam à taxonomia do RBIF11 (classificação que impõem limites máximos e mínimos de alocação em segmentos de infraestrutura), incluindo a geração de energia elétrica de origem fóssil, à exceção do gás natural e hidrelétricas que não sejam a fio d’água, que também terão limitação na composição da carteira do RBIF11, pois representam riscos de grande impacto negativo para o meio ambiente ou para o meio social.
Tâmega esclarece que os ativos de infraestrutura se beneficiam de uma política de investimento específica completa, que descreve processos de análise, alocação, monitoramento e relato, tanto para emissões de projetos auto originadas como para emissões existentes.
“Os aspectos ESG melhoram o processo de investimento e alocação por complementar a análise de crédito fundamentalista e de investimento tradicional, como critérios de elegibilidade, avaliação de adicionalidades socioambientais e categorização de riscos, mitigando, por exemplo, impactos geográficos negativos de grandes infraestruturas”, diz.
Quer ver como foi a cerimônia do IPO? Confira na transmissão:
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