Entenda por que reduzimos ações globais nas carteiras recomendadas  

No dia 10 de agosto,  escrevemos o Warren Insights – bear market rally ou bull market?

Abaixo, destacamos duas avaliações que fizemos à época: 

O que fez as ações subirem bem nos últimos dias? 

“(…) Na última decisão do banco central americano (FED), os gestores interpretaram que, se a atividade econômica piorar um pouco mais, o banco central irá parar de subir o juros. Além disso, que o FED não estaria muito distante da taxa desejada para desinflacionar a economia. Ou seja, que a taxa de juros final poderá ser menor. Se isso, a taxa de desconto também será menor e o preços das ações, maior. Isso se, claro, os demais determinantes dos preços (vendas e margens) das ações se mantiverem iguais.”

O que achamos mais provável para o preço das ações globais nos próximos meses? 

“Logo após a reunião do banco central americano (FED), vários membros tentaram desfazer a impressão inicial. Em suma, na nossa avaliação, o FED continua determinado a combater a inflação elevada mesmo que isso leve a uma desaceleração mais forte do consumo e do mercado de trabalho. Se isso, as vendas das empresas serão revisadas para baixo e a taxa de desconto continuará elevada, o que, provavelmente, continuará pressionando os preços das ações globais para baixo. “

O que ocorreu desde então?

Por mais que a inflação de bens siga moderando, a inflação de serviços continua bastante pressionada nos Estados Unidos, o que pode ser explicado pela dinâmica ainda sólida do consumo de serviços e mercado de trabalho. 

Uma implicação óbvia é a necessidade de juros mais elevados para desinflacionar a economia, o que tem sido reiterado, sobretudo na última semana, por membros do FED. 

Vale ressaltar que o presidente do FED terá a oportunidade de reforçar essa necessidade também na reunião de Jackson Hole nesta sexta-feira. 

Juros mais altos em um ambiente de atividade econômica desacelerando aumentam a probabilidade de níveis de preços menores em ações, ou seja: uma devolução da alta que vimos nas últimas semanas. 

Em termos de preços, a bolsa americana ficou praticamente estável e a taxa de juros de 10 anos voltou a subir para acima de 3% desde o dia 10 de agosto.

O que temos feito nas carteiras administradas com gestão Warren?

Diante das visões descritas acima, continuamos nos posicionando com uma alocação abaixo do percentual neutro em ações globais e acima da neutra para ações brasileiras

Quão abaixo e quão acima? 

Como há dúvidas importantes para as quais ainda não temos respostas, não nos distanciarmos muito do percentual neutro. 

Afinal, tudo pode mudar rapidamente e precisamos ter humildade intelectual. 

Por exemplo, a inflação pode cair rápido sem uma desaceleração forte da economia, levando a uma taxa de desconto mais baixa sem uma queda relevante das vendas das empresas. 

Com isso, dentro de nossa banda de convicção de -2 e +2, onde +2 é mais otimista, estamos -1 e +1 para ações globais e ações brasileiras, respectivamente. 

Mais informações você pode encontrar em nosso Relatório de Alocação de agosto/22. 

Com a proposta de entregar praticidade aos nossos clientes e consultores, toda a implementação é feita automaticamente nas carteiras que seguem a alocação Warren via o produto Warren tático RV. 

Nosso time de alocação seguirá atento às oportunidades de mercado para acelerar a conquista de seus objetivos e qualquer alteração será comunicada com o máximo de transparência. 

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