O efeito generalizado da pandemia do Covid-19, definitivamente, pegou muita gente de surpresa. Entretanto, Warren Buffett, que nesse verão faz 90 anos, tem atuado no setor de seguros há décadas. Em sua carta aos acionistas em 2019, Buffett já esperava algum desastre ou catástrofe em níveis alarmantes.
Uma grande catástrofe que superará os furacões Katrina e Michael ocorrerá – talvez amanhã, talvez daqui a muitas décadas. A maior poderá vir de uma fonte tradicional, como vento ou terremoto, ou pode ser uma surpresa total envolvendo, digamos, um ataque cibernético que tenha consequências desastrosas além do que as seguradoras contemplam agora.
Warren Buffett
Não precisamos ser profissionais de seguros para poder aprender com a lidar com esse tipo de situação. Vamos imaginar que você agora tenha uma fazenda. Nela, você plantou soja, milho e algodão.
Você não irá olhar o preço do seu negócio a todo instante. Ao invés disso, você buscará conhecer a produção de soja no Brasil, o preço de venda, os custos dos insumos como o fertilizante, irrigação, maquinário, observará atentamente o clima para mitigar riscos de estiagem ou excesso de chuvas. Enfim, tudo isso para que no final de tantos meses, você tenha feito um ótimo negócio!
Indice
No universo de renda variável do mercado financeiro, entretanto, algumas pessoas acabam se deixando levar pelo sentimento ao ver o preço da cotação de um determinado papel. Se está caindo demais ou, também, subindo muito. Entretanto, Buffett sempre dizia:
“Se você não pode controlar suas emoções, você não pode controlar seu dinheiro.”
Um grande líder dessa geração que aborda a psicologia na economia foi Daniel Kahneman. Ele foi o responsável pela formulação dos princípios que demonstraram como pequenas emoções podem explicar as anomalias do mercado em momentos de histeria coletiva, como a formação e o estouro de bolhas financeiras.
A teoria das perspectivas do Daniel relata que a aversão a perdas, em situações de crise, fica tão mais evidente que acaba atrapalhando a tomada de decisão e nos deixando paralisados.
É como se naquele momento de medo, nossa cabeça pesasse muito mais o viés negativo do que o positivo. Mas estamos aqui para fazer você enxergar em outra perspectiva!
A bolsa de valores viveu o ápice no período final de 2019 para o início do ano de 2020. Quebra de recordes, de números de investidores interessados e investindo mais. E, como estamos presenciando, tudo isso mudou em um piscar de olhos. A alta do mercado cedeu o seu lugar para a volatilidade para baixo, que ninguém gosta.
Volatilidade para baixo não é vida para ninguém. A pandemia do novo coronavírus botou todas as bolsas do mundo em uma crise jamais vista. E não há nada de anormal nisso, o mercado é rápido, volátil, absorve a todo momento as informações e as compila nos preços.
Incertezas e volatilidade do mercado
E não foram só as ações que sofreram nesse período, os fundos imobiliários, créditos privados e títulos pré-fixados também registraram baixa no mercado. Com o coronavírus mudando a rotina do mundo inteiro e aumentando as incertezas perante os investimentos, somente os ativos mais seguros do mercado conseguiram se beneficiar: o ouro e o dólar (moeda mais forte e segura).
Chegamos agora no ápice do nosso artigo: então o que você, leitor e investidor, deve fazer? Tentar prever qual o melhor ativo do mercado?
Desculpe informar, mas isso é quase impossível. Infelizmente não temos uma bola de cristal para saber os rumos do mercado daqui a 1 semana, 1 mês ou 1 ano. Então como você pode diminuir o seu risco e ainda assim ter ótimos retornos?
Pense em carteiras!
Devemos olhar para nossas posições em ações da mesma forma como olhamos para a nossa fazenda de soja, milho e algodão: diversificada e a longo prazo. Na Warren, caminhamos na direção do valor intrínseco e dos proventos o qual esse ativo poderá gerar.
As carteiras da Warren são orientadas por meio de uma visão diversificada de modelos matemáticos, econômicos e de alta finança. Aplicamos em empresas e títulos por meio de uma análise minuciosa e técnica por parte de nosso comitê de investimento.
Isso não significa dizer que deixamos a análise fundamentalista de lado. Definitivamente não. Para ajudar a proteger o seu dinheiro em períodos de desaceleração como este o qual estamos vivendo, preparamos os nossos objetivos para que você consiga obter os melhores retornos no futuro, a longo prazo.
As propagandas tendem a fazê-lo pensar em investir somente em ações ou fundos imobiliários porque esses ativos, nesse período de baixa da Selic, poderiam trazer um maior retorno. Mas o que esses anúncios não contam é que os investidores precisam desenvolver uma mentalidade de não olhar os retornos de forma isolada, mas sim o valor que está agregado a cada ativo.
Os melhores gestores de investimento montam as suas alocações pensando no quanto podem ganhar a partir de um determinado ativo. Para diminuir o risco não sistemático, o profissional também investe em outra posição que irá ajudar a proteger de perdas que, eventualmente, podem acontecer na outra ponta. Assim, dá tempo de se realocar, rebalancear, reduzir os riscos e ter um retorno positivo em várias janelas.
Portanto, a dica que deixamos aqui é: diversifique o seu risco. Não ponha todos os ovos dentro de uma cesta só.
Vamos analisar as performances das nossas carteiras para poder mostrar, na prática, como a diversificação pode proteger os seus investimentos.
O investidor conservador preza pela estabilidade do investimento. Ele adora saber qual será o rendimento ao fim do mês e não arrisca o seu dinheiro em ativos voláteis. Essa é a alocação para esse tipo de carteira aqui na Warren.
A carteira conservadora da Warren investe 100% do seu Patrimônio Líquido no setor de Crédito Privado. Com a redução da taxa Selic para 2,25% esse ano, investir em títulos privados traz a possibilidade de melhores retornos dentro da segurança que a renda fixa propõe.
Em 2020, a carteira conservadora está performando acima dos principais índices de referência para o crédito privado.
O Índice de Crédito Privado Broadcast Quantum, ICPBQ, representa o mercado de fundos de crédito em geral. O mercado caiu como um todo durante o ano de 2020 e, com esse índice não foi diferente, apresentando uma performance negativa de 1,16%.
O IDEX-JGP é o índice representativo criado pela gestora de recursos JGP e contempla também o mercado de crédito privado, com foco em debêntures.
O IPCA é o índice de inflação do Brasil, calculado pelo IBGE. Não é possível aplicar diretamente no índice de forma isolada, ele sempre vem acompanhado de outra taxa/remuneração como, por exemplo, nos títulos públicos pós-fixados. Observem a imagem abaixo.
Entretanto, é de se considerar que nos últimos 2 meses o IPCA sofreu uma deflação, ou seja, teve retornos negativos, o que poderia acabar afetando o seu investimento, caso o vencimento fosse neste ano. Em abril, o IPCA registrou -0,31% e em maio, -0,38%.
Em uma situação hipotética, onde você tivesse alocado todos os seus recursos em debêntures de uma determinada empresa ou CDBs de um banco, você teria sofrido quedas muito fortes no crédito privado. Se, por outro lado, a alocação fosse indexado ao IPCA, sua rentabilidade também teria sofrido o impacto.
Porém, quando você começa a diversificar seus investimentos em diferentes títulos, seja ele público ou privado, e em diferentes emissores, você consegue se proteger do risco não sistêmico. Dessa forma, com sorte e muita análise nas escolhas, irá conseguir performar melhor e mais seguro no mercado.
Utilizando dessa estratégia, a carteira Conservadora da Warren rendeu acima dos benchmarks do mercado, apresentando, até meados de junho, um retorno de 1,59% para o ano de 2020.
Os investidores mais arrojados estão mais dispostos a correr risco em busca de um maior retorno. Eles lidam com mais tranquilidade em relação às oscilações bruscas do mercado de renda variável, o qual estão alocadas em boa parte das carteiras.
As carteiras Moderada/Arrojada e Arrojada possuem uma alocação mais “apimentada” do que a Conservadora.
Elas mesclam fundos multimercados, ações brasileiras, papéis americanos e alguns títulos de renda fixa. A diferença entre as duas se dá, basicamente, pela porcentagem de exposição em ações americanas e brasileiras. É a combinação ideal para quem está disposto a se arriscar mais atrás de maiores retornos.
O mix de ativos que selecionamos para cada carteira entregou melhores retornos (e menores perdas) do que se você tivesse apostado somente na bolsa brasileira, ou somente nos fundos imobiliários, e até na bolsa americana somente, que performou melhor do que a nossa.
Esse ano vivemos o auge do Ibovespa, chegando a marca dos 119 mil pontos em janeiro. Com a diminuição da taxa Selic, a bolsa brasileira se apresentou como uma oportunidade para muitos investidores, nacionais e estrangeiros.
Contudo, o novo coronavírus foi se espalhando e deixando suas terríveis marcas em todos os setores mundiais. E, com esse aumento da incerteza, os investimentos também não ficaram de fora. O resultado não poderia ser outro: a queda das performances nas bolsas de valores em todo o mundo.
O dólar viveu disparou e, em abril, a moeda chegou a flertar com a casa dos R$ 6. O cenário de pandemia somado aos ruídos políticos foram os motivadores para essa disparada.
Prevendo esse comportamento do mercado, as nossas carteiras Moderada Arrojada e Arrojada foram modeladas para se beneficiar desse avanço do dólar, alocando parte do Patrimônio Líquido em ações americanas.
Da perspectiva de um investidor, momentos como esse são um bom lembrete do porquê ter o seu portfólio completo vinculado ao destino de um país pode ser extremamente perigoso. Um passo em falso da liderança de um país pode enviar a economia e, com ela, os seus investimentos no mercado de ações ralo abaixo.
Contudo, através de seu portfólio diversificado, as nossas carteiras performaram acima dos seus benchmarks, Ibovespa e S&P 500, em 2020.
Os mercados em baixa são dolorosos, mas temporários.
Se você comparar o seu portfólio de investimentos hoje com o que parecia no início de 2020, provavelmente ficará insatisfeito com o que está vendo.
Contudo, há uma vantagem em potencial de suportar os mercados: você poderá capitalizar o fato de que os preços das ações caíram em geral. É possível investir em um mercado em baixa, mas é importante abordá-lo com a mentalidade certa.
É muito difícil prever quanto tempo durará um mercado em baixa e, em alguns casos, isso pode ser um longo período. Então, não invista em um mercado em baixa com a esperança de comprar por pouco e ficar rico dentro do mesmo ano. É improvável que isso aconteça.
Ao invés disso, adote uma abordagem de longo prazo para investir e assuma que todas as ações que você compra agora serão papéis que você continuará mantendo por vários anos.
E não esqueça de uma coisa muito importante: diversifique os seus investimentos em diferentes emissores, setores e ativos.
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