Dentro de 54 dias, o mundo conhecerá o resultado das eleições americanas. Faltam apenas 36 pregões para que o cargo mais importante do mundo seja definido pelos eleitores dos Estados Unidos.
Se o planeta inteiro observa com uma lupa a disputa entre Donald Trump e Joe Biden, de olho nos possíveis impactos econômicos e geopolíticos, o mercado financeiro não é diferente.
Ansiosos para entender como o lucro das empresas e o desempenho da maior economia do mundo podem ser impactados pelo resultado das eleições, os agentes financeiros se posicionam — seja para proteger o portfólio contra um cenário que consideram negativo, seja para potencializar os ganhos diante de eventuais oportunidades.
Certeza, de fato, temos apenas uma: as eleições americanas devem trazer mais volatilidade para a Bolsa de Valores.
Mas até que ponto essa volatilidade é prejudicial ou pode ser aproveitada? Como reagir em momentos como esse? Faz sentido mudar a estratégia de investimentos? Trump ou Biden: o que o mercado prefere?
É isso que tentamos responder neste artigo, com duas ajudas especiais: a de Igor Cavaca, analista de renda variável da Warren, e a de Daniel Stapff, consultor financeiro internacional que atua na Flórida, um dos Estados que costuma ser um pêndulo para os resultados da disputa eleitoral.
Continue a leitura e descubra como as eleições americanas devem impactar os seus investimentos.
Indice
Para entender os impactos das eleições americanas sobre os seus investimentos, é necessário conhecer, antes, o sistema de disputa nos Estados Unidos.
Aqui, tentaremos ser breves e objetivos, porque, como você provavelmente sabe, estamos falando de um complexo arcabouço eleitoral.
Em primeiro lugar, é importante lembrar que os americanos não irão às urnas para escolher apenas o presidente. Também estarão em disputa todos os assentos da Câmara dos Representantes e um terço dos assentos do Senado.
Isso é importante porque, assim como no Brasil, um presidente que tiver um apoio majoritário no Congresso bicamaral (formado pelas duas casas) tem mais chances de aprovar os seus projetos e cumprir as promessas de campanha.
A seguir, vamos entender o que está em jogo em cada uma das casas, até avançar para a eleição presidencial.
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos é composta por 435 assentos, que são renovados a cada dois anos. Cada Estado possui um número de assentos proporcional à população.
Atualmente, 232 representantes são Democratas (partido de Biden), 198 são Republicanos (partido de Trump), um é Libertário e 4 assentos estão vagos.
A atual composição, portanto, é esta:
Você talvez lembre que, no fim de 2019, a Câmara dos Representantes, de maioria democrata, aprovou o impeachment de Donald Trump, em uma acusação de abuso de poder durante a eleição presidencial de 2016.
O rito de impeachment, no entanto, parou no Senado, que é reduto dos republicanos, como veremos a seguir.
O Senado dos Estados Unidos é a parte mais importante do sistema bicamaral, sendo composta por 100 assentos. Aqui, cada Estado norte-americano é representado de forma igual, com duas vagas.
Atualmente, o Senado é predominantemente republicano, com 53 senadores do partido de Trump, 45 senadores do partido de Biden e dois senadores independentes, que tendem a votar com os Democratas.
A composição, portanto:
Nas eleições do dia 03 de novembro, 35 vagas do Senado estarão em jogo. Deste total, 23 são atualmente republicanos, e 12 democratas.
Para controlar o Senado, o partido de Biden precisa “roubar” quatro assentos dos republicanos.
Destas 35 vagas, aproximadamente 23 já contam com um grande favorito para o posto. Assim, analistas sugerem que há 12 assentos efetivamente em disputa, dos quais 7 são atualmente republicanos, e 5 democratas.
O sonho de Biden e Trump é o mesmo: controlar tanto o poder Legislativo como o Executivo. As pesquisas apontam, no entanto, que a Câmara tende a continuar com os democratas, mantendo a tendência verificada em 2018. Por isso, a disputa pelo Senado, controlado pelos republicanos desde 2014, tende a ser um ponto chave.
É aqui que está o maior foco da atenção — e também da polarização da atenção pública. Trump busca a reeleição pelos republicanos, enquanto Biden substitui Hillary Clinton como nome dos democratas.
Um ponto central para entender a disputa é que, ao contrário do sistema eleitoral brasileiro, no qual é eleito aquele que receber a maioria dos votos válidos, nos Estados Unidos o presidente é eleito de acordo com os votos dos delegados de cada colégio eleitoral.
Assim, não basta fazer a maioria dos votos individuais, de cada eleitor. É preciso ter a maioria do voto dos delegados.
Em 2016, Hillary Clinton recebeu 2,8 milhões de votos individuais a mais do que Trump, mas não foi eleita porque ele ficou com a maioria dos delegados.
Na prática, cada Estado representa um colégio eleitoral, e os delegados que representam cada Estado tendem a votar todos em unidade, respeitando a decisão da maioria. É a lógica do “the winner takes it all”, o que pode ser traduzido como “o vencedor leva tudo”.
Por esse motivo, a disputa presidencial acaba sendo muito mais uma disputa estado-por-estado, do que uma disputa voto-por-voto. Sabe quando você acompanha a apuração das eleições na Internet ou na televisão com aquele mapa dos Estados Unidos dividido nas cores azuis e vermelhas para cada Estado? Essa é a explicação.
São 538 delegados ao total, e é necessário ao menos 270 votos para a eleição. Os seis maiores colégios eleitorais são:
Aqui, precisamos aprofundar em dois temas.
O primeiro diz respeito ao peso dos votos do interior, na comparação com Estados mais populosos. A distribuição dos delegados não segue a proporção da população, e sim uma aproximação — que na verdade é bastante distante.
Assim, enquanto a Califórnia possui 55 delegados, a proporção é de 720 mil pessoas por delegado. Já o Estado de Wyoming, localizado no extremo Oeste, possui 3 delegados, em uma proporção de um voto para cada 193 mil pessoas. Dessa forma, o peso dos votos em estados predominantemente rurais é maior.
O segundo ponto de atenção está no fato de que alguns Estados têm fortes favoritos, de acordo com a tradição e a representatividade dos partidos nessas regiões. A Califórnia, por exemplo, escolhe presidentes democratas desde 1992, enquanto o Texas vota no presidente republicano desde 1980.
Esse cenário acaba concentrando a disputa nos chamados Estados-pêndulo, que não tem uma tendência pré-definida e mudam dependendo de cada eleição. Entre os Estados-pêndulo mais conhecidos, podemos citar Carolina do Norte, Ohio, Pensilvânia e, claro, a Flórida.
Embora a confiança da opinião pública nas pesquisas de intenção de voto tenha caído após as previsões não confirmadas de vitória confortável de Hillary Clinton em 2016, as pesquisas ainda são um balizador importante para entender os rumos da eleição.
De acordo com uma compilação do portal FiveThirtyEight, Biden lidera as pesquisas, com uma vantagem de 7,7 pontos percentuais (52,7% vs 46%).
Porém, nos Estados Unidos o voto não é obrigatório. Assim, as campanhas de cada candidato precisam não apenas convencer os eleitores de que o seu candidato é o melhor para o cargo, mas também motivar o eleitor a sair de casa e votar.
A eleição ocorre em um dia comercial, terça-feira, e a população costuma enfrentar longas filas para conseguir votar. Além disso, há o agravante do novo Coronavírus em 2020: além de dedicar o próprio tempo, o eleitor precisa se expor ao risco de contrair a doença para registrar o seu voto.
Nesse ponto, os eleitores de Trump aparecem com mais força nas pesquisas, porque mostram mais motivação a votar do que os eleitores simpáticos a Biden. Em uma disputa acirrada, isso pode fazer diferença.
Aqui, vamos deixar as ideologias de lado e relatar o que o mercado financeiro tende a preferir, na comparação entre um candidato republicano, mais conservador, e um candidato democrata, mais progressista.
Do ponto de vista econômico, o mercado dá preferência a candidatos que acenem para uma melhoria no ambiente de negócios, o que tende a favorecer o lucro das empresas. Com uma visão mais pró-mercado típica dos republicanos, Trump tende a ser o preferido no mercado financeiro sob esse ponto de vista.
No caso específico das eleições de 2020, há um debate intenso a respeito dos impostos. Trump, por exemplo, propõe reduzir o “Corporate rate”, espécie de tributo corporativo, de 21% para 20%, enquanto Biden sugere aumentar de 21% para 28%.
Por esse motivo, entre tantos outros, o mercado financeiro tende a ser mais otimista e favorável ao candidato republicano.
Isso significa que o índice S&P 500, que representa uma relação das 500 maiores empresas dos Estados Unidos negociadas nas bolsa de valores, tende a se valorizar mais quando um republicano está no poder?
Não necessariamente.
Acompanhe, a seguir, um comparativo da evolução do principal índice do mercado de ações norte-americano em relação ao presidente em exercício.
Embora o senso comum aponte que um candidato republicano é mais favorável à economia do que um candidato democrata, o retorno histórico do S&P 500 mostra o contrário.
Um estudo realizado pelo banco de investimento Liberum, sediado no Reino Unido, com dados de 1947 a 2020, descobriu que o principal índice de ações norte-americano cresceu 10,8%, em média, durante mandatos com um presidente democrata, contra 5,6% de crescimento durante um mandato republicano.
Para ilustrar essa diferença, um gráfico postado por um usuário no Reddit há cerca de um ano, antes da crise provocada pelo novo Coronavírus, mostra a evolução do S&P 500 desde 1920, com as cores diferentes para cada presidente:
A análise da evolução do PIB norte-americano (GDP – Gross domestic product) indica algo semelhante. De acordo com a Liberum, o crescimento anualizado foi de 3,6% para presidentes democratas, contra 2,6% para mandatos republicanos.
Mas o que explica essa diferença e quais são os “erros” do senso comum?
Para o banco de investimento, a chave está na maneira como cada partido tende a estimular a economia. Os republicanos focam em corte de impostos e desregulações, enquanto os democratas buscam estimular o consumo, o que inclui políticas de redistribuição de riqueza, como benefícios a desempregados, entre outras ações.
Portanto, é possível perceber que, historicamente, a evolução da economia e do S&P 500 tende a ser superior com presidentes democratas.
Aqui, é claro, surgem as disputas de narrativas, nas quais nós não vamos nos aprofundar. Mas o principal contraponto dos republicanos é que as políticas de austeridade e de redução de impostos tomadas pelos seus presidentes tendem a surtir efeito anos depois. Ao mesmo tempo, o legado recebido por eles dos democratas seria menos virtuoso, dada a expansão dos gastos do governo.
Diante de tudo isso, como os seus investimentos serão afetados nesse período? É isso que veremos agora.
Analista de renda variável da Warren, Igor Cavaca observa que, em períodos de eleição, o mercado de ações tende a apresentar mais volatilidade. Isso significa que a oscilação de preços é mais acentuada, na comparação com outros períodos.
“No mercado financeiro, a gente percebe que, historicamente, quando acontece uma eleição nos Estados Unidos, ele se torna mais volátil. O mercado futuro de VIX já está precificando essa volatilidade. É algo bem comum”, explica Igor. “Em geral, isso acontece um mês antes das eleições e até duas semanas depois. Quando há adaptação das expectativas. Quando existe possibilidade de troca de gestão, a volatilidade é ainda maior”, diz.
Igor também reforça que o mercado financeiro tende a observar a chegada de um presidente democrata com maus olhos, na comparação com um presidente republicano — mesmo que as estatísticas mostrem o contrário no longo prazo.
“Em geral, os democratas têm uma política mais estatista, e pode ter aumento de impostos. O papel do governo é mais forte, é mais presente, em relação ao comportamento dos republicanos. Já os republicanos, em geral, trabalham com redução de impostos, aumento dos empregos, essa bandeira política é mais favorável às empresas. Para o mercado acionário, isso é muito bom, porque tem possibilidade de aumento de lucro, o preço dos ativos aumenta”, resume o analista.
Igor explica que a equipe da Warren está trabalhando com um cenário de possível queda nos índices nos meses de setembro e outubro, por conta desse aumento da volatilidade.
No Brasil, o Ibovespa já sofreu no mês de agosto, na comparação com o S&P 500, e existe um risco de que essa descorrelação se acentue. “O que acontece é que a Bolsa americana é a Bolsa líder. As outras buscam e tentam seguir a Bolsa líder. Quando a gente observa a bolsa norte-americana fazendo uma movimentação, em geral veremos movimentação semelhante aqui. No atual cenário, a gente tem um fator muito pontual, que é a questão da pandemia e a atuação de diversas autoridades monetárias. Isso pode vir a diminuir a correlação entre o nível de preço das bolsas”, explica Igor.
“A gente teve um agosto ruim para a bolsa brasileira, e lá fora foi muito bom. Isso mostra como estamos, de certa forma, descorrelacionados nos últimos dois meses. Há a crise política e a incerteza quanto ao teto de gastos. O que eu vejo é: caso a gente tenha de fato uma redução da incerteza política e manutenção do teto de gastos, ela tende a se comportar mais próximo do mercado global”, conclui o analista.
Para lidar com a volatilidade esperada para as próximas semanas, a gestão da Warren está atuando tanto na alocação dos fundos de investimento, como na composição das carteiras administradas.
“Nos fundos, nós já iniciamos um processo de proteção. Estamos hedgeando tanto no mercado internacional, como brasileiro. É um hedge para possível queda no mês de setembro. Estamos comprando opções de venda, trabalhando principalmente a questão da bolsa americana. Em geral, a gente vê uma correção quando há um ciclo de muito crescimento”, pontua Igor.
“Com relação às carteiras administradas, já estamos diminuindo a exposição a renda variável global nas carteiras. O objetivo é proteger os investidores da volatilidade. Estamos com o enfoque bastante na questão de crédito privado. A taxa de juros básica muito baixa acaba fazendo com que títulos públicos federais se tornem até mais arriscados, porque não tem garantia de retorno real. Por isso, a gente vem trabalhando bastante com credito privado.”
Dentro da estratégia de crédito privado, Igor pontua o fundo Warren Ultra Crédito, que tem uma gestão mais ativa para buscar novos tipos de instrumentos. “A busca é por uma rentabilidade mais alta que o CDI para manter a renda real. Em geral, tem riscos mais altos, mas a gente vem buscando fazer um controle de risco para ter menor risco ao investidor”, conclui.
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Morando na Flórida desde 2008, o consultor financeiro internacional Daniel Stapff está acostumado a responder perguntas de investidores ansiosos diante de possíveis oscilações no mercado financeiro.
Como International Financial Advisor na Merrill Lynch, em Miami, até poucos meses atrás, Daniel geria uma carteira de aproximadamente 100 famílias, em sua maioria brasileiras, com um patrimônio acumulado de US$ 800 milhões.
Nós conversamos com ele, que é fundador da página Investidor Sem Fronteiras, para conhecer a sua opinião sobre o cenário pré-eleição e o que ele sugere para quem investe no mercado de ações com foco no longo prazo.
No que diz respeito à volatilidade esperada para as próximas semanas, Daniel concorda com Igor: ela deve acontecer. “O mercado, no curto prazo, como a gente bem sabe, é guiado pelas emoções. Essa luta entre preocupações de ambos os lados faz com que exista muita volatilidade, principalmente em uma eleição que está tão próxima. As pesquisas não mostram nenhum candidato com uma larga vantagem, então é uma grande incógnita. Tudo isso vai gerar volatilidade, e historicamente isso é normal. É algo que a gente tem que esperar e aceitar, vai ter que entender que vai acontecer”, explica.
Para ele, esse momento de volatilidade pode ser uma oportunidade para que os investidores que investem para o longo prazo façam um rebalanceamento do portfólio. “Eu diria que a única coisa que esses investidores devem fazer é aproveitar os períodos de volatilidade, caso eles aconteçam, para rebalancear a carteira. Ou para comprar alguma posição que na visão do investidor estava um pouco cara — se cair de preço, aproveitar para entrar —, ou então, para uma carteira balanceada e diversificada, que deveria ser o caso, fazer um rebalanceamento saindo de posições que se valorizaram e entrando em posições que se desvalorizaram. A volatilidade é algo bom porque nos permite fazer esses rebalanceamentos”, pontua.
Se você investe de olho no longo prazo, seja para acumular patrimônio ou conquistar uma aposentadoria confortável, a recomendação é simples: manter a estratégia. “Não faz sentido mudar a estratégia por causa das eleições. Se a pessoa tem um viés mais republicano e vê notícias do democrata que vai ganhar, a tendência é ficar com medo. E o inverso acontece da mesma maneira. Esses vieses políticos influenciam nas nossas decisões, mas eles não são nada mais do que viéses, afirma.”
Segundo Daniel, o ideal é evitar se influenciar por isso e manter o foco no longo prazo. “Até porque os retornos históricos que comprovam que um candidato ou outro é melhor”, diz, lembrando que, como mostramos, o mercado tende a acreditar que o republicano vai ser melhor para as ações, mas a performance de longo prazo para os presidentes democratas é mais alta.
Quanto às proteções que também foram comentadas por Igor e que estão sendo utilizadas nos fundos da Warren, Daniel não recomenda essa estratégia para quem não tem um conhecimento robusto sobre o assunto.
“Em relação a proteção, depende muito do perfil da pessoa, da sofisticação dela. Eu sou investidor profissional, tenho conhecimento suficiente e de vez em quando eu uso opções de put para me proteger, caso eu veja que deu uma esticada muito alta, caso eu veja que o cenário está um pouco duvidoso. Porém, eu não recomendo isso para a maioria dos investidores porque são operações sofisticadas e alavancadas, e a pessoa tem que saber muito o que está fazendo para não entrar em encrenca”, alerta.
Para quem busca proteções e faz uma gestão ativa do próprio portfólio, as principais recomendações de Daniel são títulos de renda fixa, como papéis do Tesouro de curto prazo e até metais preciosos, como o ouro, que podem oferecer uma proteção contra a inflação em alguns períodos.
Morador de um dos Estados mais cobiçados pelas campanhas de Trump e de Biden, Daniel conta que a eleição está presente no dia a dia, mas não afetou a sua rotina. “Vivo na Flórida, é um dos Estados mais importantes da eleição, principalmente esse ano. Nunca um candidato republicano foi reeleito perdendo a Flórida, por isso os delegados do Estado são os mais cobiçados, principalmente pelo Trump. A gente vê propaganda o tempo todo, tanto em redes sociais, televisão, na rua. Pessoas entregando panfletos, bandeiras, enfim, é uma propaganda bem agressiva dos dois candidatos. Mas entre a população eu não vejo tanta polarização. Miami é uma cidade muito internacional, muito latina, as pessoas não se envolvem tanto. Se você for para Califórnia ou Texas, você vai ver uma polarização maior. Nada mudou na minha rotina, eu não voto ainda, me torno cidadão em 2022, então nas próximas eu vou votar. Por enquanto, sou apenas um residente, não tenho direito a voto”, explica, lembrando que tem lido e pesquisado muito sobre as eleições para satisfazer a curiosidade dos investidores brasileiros que entram em contato com ele.
Seja qual for o resultado da eleição, o resumo é simples: a volatilidade virá, e os agentes financeiros estão se preparando para isso.
Mas, para quem foca no longo prazo, esses meses de turbulência tendem a ser apenas mais um solavanco, sem alterar a trajetória — e muito menos o destino final.
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