A NYSE é ninguém mais, ninguém menos que a bolsa de valores de Nova York. Localizada em Wall Street, o famoso centro financeiro da ilha de Manhattan, a NYSE – ou “Big Board”, para os íntimos – é uma das mais importantes bolsas de valores que existem hoje.
É lá que são negociadas as ações de mais de 2.300 empresas e é de lá que se mede a temperatura do mercado e dos investidores: tudo o que acontece na NYSE afeta as demais bolsas ao redor do mundo.
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Como qualquer bolsa de valores, a NYSE é uma instituição que busca organizar o mercado de ações. Uma empresa que quer captar recursos pode vender suas ações para investidores que tenham interesse em comprá-las, e quem faz essa mediação são as bolsas.
A NYSE, da mesma forma que a B3, a bolsa de valores brasileira, é uma empresa, e seu lucro é obtido por meio de taxas cobradas para prestar esse serviço de mediação. Aliás, as suas próprias ações estão à venda – adivinhe onde? Na NYSE.
Bom, a começar pela sua história, que se iniciou ainda no século XIX, em 1817: desde então, a NYSE passou por momentos que marcaram os Estados Unidos e o mundo, incluindo as duas Grandes Guerras, crises financeiras como as de 1929 e de 2008 e, mais recentemente, a crise do novo coronavírus, que provocou a queda mais rápida já registrada (um acúmulo de 35% em pouco mais de 30 dias).
Sua fundação foi fruto do Acordo de Buttonwood, assinado pelos principais corretores de títulos da cidade na época. Dentre os objetivos estava a centralização das negociações de valores mobiliários e a instituição de uma taxa única sobre essas transações.
Pouco mais de 100 anos depois, já em meados do século XIX, a bolsa nova-iorquina apresentou um crescimento muito expressivo e precisou se mudar para uma lugar maior, onde está até hoje: 11 Wall Street, New York City, New York.
Ao longo desses mais de 200 anos, a NYSE negociou ações de algumas das maiores e mais tradicionais empresas de capital aberto, como AT&T, General Electric, Berkshire Hathaway, Coca-Cola, Walmart, JP Morgan Chase e Walt Disney Company.
Hoje, ela é a maior bolsa do mundo em capitalização, isto é, em relação ao valor de mercado das empresas listadas em seu pregão: a soma, em janeiro de 2021, estava na casa dos US$25 trilhões. Para se ter uma ideia, a segunda maior bolsa estadunidense, a NASDAQ, tem pouco mais de US$23 bilhões em valor de mercado.
Uma das principais diferenças entre as duas bolsas é o tipo de empresa que abre capital em cada uma: enquanto a NYSE reúne ativos das mais clássicas, como mineradoras, bancos e companhias do setor industrial, na NASDAQ estão, sobretudo, empresas mais novas e do setor tecnológico, como Google, Apple e Facebook.
É por ter listadas muitas das maiores empresas do mundo que a NYSE é tão influente no mercado financeiro. De modo geral, o que acontece nas economias locais muitas vezes tem menos efeito do que o desempenho da bolsa de valores de Nova York.