Juros compostos é o nome dado à aplicação de juros sobre juros.
Na prática, é como se os juros fossem “acumulando”: no primeiro mês, eles incidem sobre o valor inicial. No segundo mês, incidem sobre o valor inicial mais os juros do primeiro mês.
Desta forma, o capital aumenta não apenas a partir da quantia inicial, mas com a ajuda dos juros gerados anteriormente, que se tornam responsáveis pela geração de mais juros.
Em geral, a palavra “juros” assusta, pois é relacionada ao efeito bola de neve que provoca em dívidas, parcelamentos ou faturas atrasadas. Mas os juros, especialmente os juros compostos, são grandes aliados de quem investe, pois fazem o mesmo com a rentabilidade dos investimentos.
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Os juros compostos têm um efeito multiplicador sobre os investimentos, uma vez que os juros anteriores geram novos juros.
Isso os torna grandes aliados para investimentos de longo prazo. Albert Einstein, de forma humorada, chegou a dizer que os juros compostos são a força mais poderosa do universo.
Ao contrário do que acontece com os juros simples, que incidem sempre sobre o montante inicial de uma aplicação ou de um empréstimo, por exemplo, com os juros compostos, novos valores são adicionados, produzindo mais lucratividade junto com o capital inicial.
Imagine uma operação em que você investe R$10.000 e que a cada mês oferece uma rentabilidade de 5% sobre o capital investido. Como os juros compostos reinvestem os juros ganhos anteriormente, o benefício futuro é exponencialmente maior.
Ou seja, no primeiro mês, o lucro será de R$500. Já no mês seguinte, os juros irão incidir sobre R$10.500, gerando R$525 de rendimentos. No próximo mês, o valor de referência será R$11.025, e assim por diante.
Quando falamos em investimentos, os juros compostos são nossos aliados. No entanto, quando a situação é de endividamento, eles se tornam verdadeiros vilões.
Para exemplificar, digamos que uma pessoa usou o cheque-especial sem saber que, na verdade, aquilo funciona como um empréstimo pré-aprovado — infelizmente, esse equívoco ocorre com muito mais frequência do que imaginamos.
Com juros de 150% ao ano (8% ao mês), se essa pessoa usou R$1.000 do cheque-especial e ficou 1 ano sem pagar, sua dívida terá mais que duplicado, chegando a R$2.500 ao final dos 12 meses.
Por isso é tão importante ter consciência das dívidas que adquirimos e saber os detalhes sobre a cobrança de juros.
Costuma-se dizer, de forma equivocada, que quando um empréstimo ou depósito é superior a um ano, é estabelecido o regime de juros compostos. Mas nem sempre é assim.
A modalidade de juros vai depender das condições acordadas no início da operação, e não somente da temporalidade.
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