Ter uma vida financeira mais tranquila e equilibrada deve ser prioridade, por isso, a reserva de emergência é o passo inicial no mundo dos investimentos.
O objetivo dessa reserva é defender o seu orçamento perante qualquer situação imprevista — seja o conserto que o seguro do seu carro não cobre, problemas de saúde, perda do salário mensal, e por aí vai.
Dada a importância da acumulação dessa reserva, é necessário fazer uma análise do orçamento e estrutura da renda familiar para chegar ao valor ideal.
Falamos muito sobre reserva de emergência aqui no portal, então talvez você já saiba: a recomendação é que ela tenha entre 3 e 12 meses do valor mensal das despesas, sendo 6 meses o prazo mais praticável.
Outro ponto importante ao construir essa reserva é avaliar o padrão de vida, ou seja, ter clareza sobre o que poderia ser reduzido em uma situação de emergência.
Agora, digamos que você esteja avaliando a construção da sua reserva de emergência, mas possui dívidas. Como estimar o tamanho dela?
Primeiramente, você deve listar todas as suas despesas mensais. Esse é o primeiro exercício para a estruturação do valor de reserva necessário.
Com a lista em mãos, veja se é possível reduzir algumas despesas, como o custo de alimentação ou assinaturas de streamings.
Por que é importante reduzir despesas nesse momento?
Essa redução vai auxiliar você a acumular mais dinheiro a cada mês e, como consequência, você poderá utilizá-lo na antecipação de uma parcela de empréstimo, por exemplo, caso você tenha recorrido a esse tipo de crédito.
Segundo ponto: avalie de forma detalhada a natureza da sua dívida atual.
Se você adquiriu um imóvel através da contratação de um financiamento imobiliário, utilize o saldo do FGTS para amortizar a dívida e diminuir a parcela mensal. Essa modalidade de financiamento possui um menor custo quando comparado às demais linhas de crédito.
Mas, não deixe colocar no seu radar de análise a taxa contratada e o custo efetivo total do seu contrato, pois existem alternativas para portabilizar essa dívida para outro banco e reduzir o custo previsto para os demais anos. Negocie!
O FGTS é liberado apenas para amortização de financiamentos imobiliários, contendo ainda algumas regras específicas. Por isso, para os demais empréstimos, avalie se há possibilidade de renegociação da dívida para uma taxa menor, ou até a viabilidade em adicionar algum bem em garantia, pois isso, na maioria das vezes, reduz os juros.
Se você está pagando juros de cheque especial e rotativo do cartão de crédito, não pense duas vezes, priorize a regularização destes saldos.
Após uma análise minuciosa do tipo da dívida e a redução para juros mais baratos, uma dosagem entre a criação da reserva e a quitação das parcelas pode ser feita.
Prepare o seu orçamento para criar o valor de reserva ao menos para 3 meses de despesas. A partir daí, utilize o valor que seria poupado para a quitação de parcelas.
Por que?
Falando de finanças comportamentais, é mais prazeroso guardar e ver o dinheiro crescendo do que quitar todas as dívidas de uma vez. É claro, isso deve ser considerado quando você não está pagando juros de cheque especial e rotativo do cartão de crédito.
Se você acumulou um saldo na reserva que poderá ser usado para quitar 100% do seu empréstimo, negocie bem essa antecipação e avalie a utilização do saldo guardado.
Tendo as contas em dia, é hora de voltar a focar na sua reserva de emergência. O passo mais importante, que foi criá-la, você já deu. Agora, a reconstrução dela será mais rápida e prazerosa.
Com ela pronta, você evita uma futura contratação de empréstimo ou uso de outras formas de crédito. Comece sua reserva agora mesmo.
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