Economista de destaque no Brasil: conheça a trajetória de Felipe Salto e seu dia a dia na Warren Rena  

Entregar a melhor experiência de investimentos para todos os perfis de clientes exige a formação de um time robusto e com conhecimentos múltiplos

Profissionais especialistas em mercado, política, economia e outros assuntos que atravessam os investimentos são essenciais para que, na ponta, o investidor conte com os melhores produtos e possa tomar decisões mais assertivas.

No último mês de janeiro, trouxemos para o time da Warren Rena — nossa frente de negócios que atende aos clientes institucionais — o renomado economista Felipe Salto, que assumiu o cargo de Economista-chefe especialista em Política Fiscal.

Antes de chegar à Warren, teve diversas experiências na área pública. Na mais recente, foi Secretário da Fazenda de São Paulo.

Neste texto, você conhece a história de Salto e sabe mais sobre a importância do seu trabalho para os clientes da Warren Rena. 

É só continuar a leitura!

Início da trajetória

Salto nasceu em São Paulo, em 1987. Quando tinha dois anos, a família decidiu mudar-se para Laranjal Paulista, interior do Estado, onde permaneceu até os 17 anos.

Durante sua infância e adolescência, morava com os pais e sua irmã e era bastante próximo de seu avô materno, alguém que, pelos seus relatos, o influenciou no gosto pela leitura e pelos estudos.

“Meu avô é uma referência muito importante para mim. Foi com ele que aprendi a ler jornal e me interessar por política”, recorda.

A influência foi percebida na prática pouco depois. “Aos 14 anos, depois de já ter escrito para um jornal da cidade, descobri que o jornal O Estadão tinha um espaço para contribuição dos leitores. Eu mandei um comentário sobre política nacional e ele foi publicado. Foi uma alegria, bem divertido”, conta.

Aos 17 anos, finalizando o Ensino Médio no Colégio Laranjal, Salto prestou vestibular em diversas universidades, para os cursos de Engenharia e Economia.

“Eu sempre fui muito bom em matemática, então diziam que eu tinha que fazer engenharia. Só que quando eu estava pesquisando sobre as universidades, eu me interessei muito pela proposta da FGV. Era mais voltada para o desenvolvimento nacional, em formar pessoas para a administração pública”, conta.

O interesse pela instituição juntou-se ao seu entendimento de que “a economia ia além da parte exata, matemática e estatística, tinha muito de história e política também”, fazendo-o optar pela graduação em Economia na FGV, em São Paulo.

Sua busca por “tornar-se um profissional de economia que contribui para melhorar a sociedade” teve influência dos pais. 

“Meus pais eram da Pastoral da Ação Social na Igreja Católica, em Laranjal Paulista, e eu percebia que a nossa realidade era muito diferente da de outras pessoas, que tinham muita escassez de recursos. Isso sempre me preocupou”, explica.

Na graduação, um nome, em especial, é lembrado com admiração por Salto. Alguém que foi “não só professor, mas mentor”.

“Na vida, tem que ter também um pouco de sorte. Parte da minha foi encontrar Yoshiaki Nakano, que me ensinou sobre estudos, profissão, mas também sobre a vida”. 

Yoshiaki Nakano foi secretário de Fazenda do governo Mario Covas (SP), de 1995 a 2001.

“Eu o procurava sempre, na sala dele na FGV, para conversar sobre a sua experiência, o que precisava fazer para ir para o governo e dar uma colaboração no setor público, o que ler e o que estudar”, lembra.

Dentre tantos ensinamentos vindos de seu “mentor”, um jamais será esquecido.

“Ele me disse: ‘você precisa ter objetivos de longo prazo, saber onde quer estar daqui a 30 anos, depois definir os objetivos intermediários: 20, 10, 5 e ano que vem’. Isso pra mim valeu muito, bem como, a dica dele de começar a estagiar na iniciativa privada e aprender a ser economista na prática”.

Em 2008, seguindo os ensinamentos de Nakano, realizou seu primeiro estágio. Foi na Tendências Consultoria Integrada, dirigida pelo economista Maílson da Nóbrega — outra grande referência para Salto.

Na empresa, trabalhava no setor de macroeconomia. Foi sua primeira experiência na área de política fiscal e contas públicas

Dois anos após se formar em Economia, retomou os estudos. Também na FGV, deu início ao seu mestrado em Administração Pública e Governo.

Ao concluir, tornou-se professor na instituição, ministrando as disciplinas de Macroeconomia e Macroeconomia Brasileira, nos cursos de pós-graduação Lato Sensu em Economia (MBAs e outros). 

“Vocação para a área pública”

Em 2015, convergindo seus estudos à sua “vocação para a área pública”, foi convidado pelo então senador José Serra (PSDB) a integrar a equipe de sua assessoria, em Brasília, atuando em assuntos econômicos e fiscais.

Em momento de intenso debate sobre as contas públicas federais, em 2016, foi criada a Instituição Fiscal Independente (IFI). Vinculada ao Senado, seu objetivo era aumentar a transparência sobre o orçamento público. 

Salto tomou posse como primeiro diretor-executivo da instituição, indicado pelo então presidente do Senado Renan Calheiros.

Entre as atribuições da IFI está a divulgação de estimativas de parâmetros e variáveis relevantes para a construção de cenários fiscais e orçamentários, a análise de indicadores econômicos e do contexto socioeconômico e a mensuração do impacto de eventos fiscais relevantes.

“Tomei posse em novembro de 2016, com um mandato de 6 anos. Meu papel foi desde a criação da estrutura, formação da equipe, até a geração de relatórios com informações sobre contas públicas, projeções macroeconômicas, para onde vai a dívida, arrecadações do governo, déficit, entre outros indicadores importantes”, detalha.

Em janeiro de 2022, Salto foi contatado pela equipe do então governador do Estado de São Paulo, Rodrigo Garcia, informando que ele era cotado para ser Secretário da Fazenda e do Planejamento do Estado, cargo que ocupou de abril a dezembro do mesmo ano.

A chegada à Warren Rena

Ainda no final de seu mandato na Secretaria, os caminhos dele e da Warren Rena se cruzaram — ou melhor, voltaram a se cruzar. 

“A Renascença DTVM, antes de se unir à Warren, já era muito conhecida em São Paulo. Lembro dela desde o meu primeiro estágio, na Tendências Consultoria, quando a Rena era uma de nossas clientes”, conta.

Após algumas conversas, foi convidado a assumir o cargo de Economista-chefe especialista em Política Fiscal da Warren Rena.

“Busquei saber mais sobre a Warren e me deparei com um artigo do Tito Gusmão publicado no Valor Econômico sobre o modelo da Warren, que cobra uma taxa fixa sobre os investimentos, sem os incentivos perversos aos assessores, como ocorre em outras casas. Não estou julgando o incentivo, mas na Economia eles são entendidos como perversos porque motivam que você oferte a um cliente um determinado produto não porque ele é, necessariamente, melhor, mas porque paga uma comissão mais alta”.

Para ele, “a proposta da Warren é instigante. É uma proposta competitiva, que pode conquistar uma participação no mercado superior à que tem hoje e, ao mesmo tempo, oferecer condições que outras empresas do segmento não ofertam”, observa.

Vindo do setor público para o mercado financeiro, Salto tem a compreensão de que “Estado e mercado precisam caminhar de mãos dadas. Há uma falsa dicotomia de que o mercado não quer o desenvolvimento, de que o mercado só olha para os próprios interesses. Mas na verdade o mercado, quando bem regulado, produz emprego e gera prosperidade. Então Estado e mercado, ambos têm um papel fundamental de produzir resultados que se desdobram em empregos de qualidade, em renda, no desenvolvimento de todos os setores”.

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O dia a dia de Salto 

Como economista-chefe especialista em Política Fiscal da Warren Rena, Salto dedica-se a análises e projeções que embasam a tomada de decisão dos clientes institucionais — como bancos, corretoras, Family Offices, fundos de pensão e outros.

Ele detalha: “o risco fiscal aumentou muito nos últimos anos. A regra que era utilizada nas expectativas, que era o teto de gastos, foi praticamente desmontada por meio de uma série de emendas na Constituição. Então hoje, acompanhar o risco fiscal é algo que ‘faz o preço do mercado’, como se diz entre os economistas, e isso é importante para os investidores.”

Suas análises são construídas a partir da compreensão do cenário junto a sua rede de relacionamento na esfera pública, além da análise das contas públicas, incluindo despesas, receitas, déficit. 

“O reajuste do salário mínimo ou a mudança na tabela do imposto de renda, por exemplo, qual o impacto disso na dívida pública? São eventos importantes porque mostram a trajetória da dívida, e é pra isso que o mercado olha quando vai comprar um determinado título”, explica.

As análises conduzidas por ele e seu time são enviadas diariamente aos clientes institucionais

Além disso, uma projeção da dívida e da receita pública para os próximos 10 anos deve ser atualizada mensalmente e compartilhada. Reuniões com clientes e autoridades, além de conversas com a imprensa, também integram a rotina de Salto.

Além de sua atividade na Warren Rena, Salto é atualmente professor do IDP, no Curso de Finanças Públicas no Mestrado Profissional em Economia.

Livros publicados

Seu gosto pela escrita o acompanha durante toda a sua trajetória. Além da produção acadêmica, é colunista do jornal O Estadão e tem três livros publicados.

O primeiro foi em 2016, quando organizou, junto ao ex-secretário secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, a coletânea Finanças públicas, da contabilidade criativa ao resgate da credibilidade. O título venceu o Prêmio Jabuti em 2017, na Categoria Economia. 

Em 2020, lançou a coletânea de artigos Contas Públicas no Brasil, organizado junto ao também economista e integrante da Warren Rena Josué Pellegrini.

Em 2022, lançou Reconstrução: O Brasil nos anos 20, “um livro não apenas sobre economia, mas sobre a necessidade de reconstrução nas diversas áreas das políticas públicas pós-Bolsonarismo”. O título foi publicado junto ao jornalista João Vila Verde.


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