Quando escuto clientes de instituições financeiras compartilhando suas experiências, noto que muitas dessas instituições afirmam oferecer o serviço de planejamento financeiro.
No entanto, fica evidente que o único tema em pauta nas conversas com os clientes é a revisão dos investimentos, como se o plano de investimentos (os produtos em que a pessoa investe) e o planejamento financeiro (que abrange muitos outros elementos) fossem a mesma coisa.
Logo abaixo, vou explicar o que compõe um planejamento financeiro e você terá clareza sobre a diferença entre os dois.
Percebo também que muitos profissionais oferecem o “suposto” planejamento financeiro e não esclarecem os conflitos de interesses envolvidos na relação entre o cliente e a instituição.
Infelizmente, a indústria de investimentos no Brasil é altamente conflitada. Mas, estamos no caminho para mudar isso.
Se você é direcionado pelo seu assessor ou consultor de investimentos a apenas produtos e sugestões de carteira, saiba que isso não é um planejamento financeiro.
Se você receber apenas uma análise de seguro, saiba que isso também não é planejamento financeiro.
Os dois pontos fazem parte de um planejamento, mas nunca isoladamente. Tal atitude pode impactar a saúde do patrimônio.
É de nossa responsabilidade como profissionais do mercado, oferecer uma solução completa e que realmente faça sentido para o cliente.
No dia a dia, o investidor está habituado a questionar, por exemplo: “Qual o melhor investimento hoje?” Um ajuste nessa pergunta pode dar início à reflexão sobre planejamento financeiro: ‘’Qual o investimento mais adequado para os meus objetivos?’’.
Agora, vou detalhar os principais elementos que compõem um planejamento financeiro.
Acompanhe!
Indice
Este é o motor do plano financeiro sólido de cada indivíduo, assim como é para todos os negócios bem-sucedidos. Falar de orçamento não é apenas falar do seu salário.
Títulos de renda fixa, ações, fundos de investimentos, e por aí vai. Gosto de frisar que o produto financeiro é commoditie, você vai encontrar em todas as instituições financeiras. O que vai fazer a diferença é como você encaixa eles nos objetivos da sua vida.
Assegurar uma vida hoje, na maioria das instituições, é um processo banal. Isso porque o seguro é comercializado para bater metas.
O gerenciamento desse tópico é sinônimo de segurança, é trabalhar na prevenção e transferência de possíveis riscos ao patrimônio conquistado ou ao que você deseja conquistar.
LEIA MAIS | Seguro de vida: o que é, quem pode fazer e quais as vantagens
A aposentadoria pode ser traduzida como independência financeira. E essa independência nada mais é do que você chegar a um nível patrimonial (de investimentos e/ou imóveis) onde os frutos financeiros são capazes de suprir o seu custo e estilo de vida.
Afinal, não podemos pensar que a previdência social é garantia de uma vida (a vida que você quer) no futuro.
LEIA MAIS | A geração prateada e a aposentadoria: no que investir para aproveitar a fase da melhor forma?
É analisar o imposto de renda envolvido na construção do patrimônio, utilizando ferramentas para reduzir a carga tributária anual, além de pensar no futuro à medida que o patrimônio evolui, envolvendo no plano os possíveis impostos sobre a herança.
Aliado a isso, é importante avaliar testamentos, doações e outras soluções para a sucessão patrimonial — independentemente da idade.
Planejar a sua vida financeira de forma completa é examinar todos os temas acima, avaliando o contexto pessoal, e não apenas a escolha de produtos e serviços.
Esse é um processo que coloca você no centro da prática: suas prioridades, valores, sonhos, preocupações. Dedique um tempo para dar início ao seu planejamento e escolha um profissional para colaborar com você nessa jornada.
Assim, durante o caminho, você investe em viver enquanto a gente cuida do seu dinheiro.
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