No mundo dos investimentos, os fundos exclusivos ganham destaque entre aqueles que conseguem viabilizar a estrutura apropriada para obter melhores resultados.
Com uma abordagem personalizada, esta solução é indicada para investidores com alto patrimônio líquido, que buscam aproveitar os benefícios de organizar uma estratégia alinhada com objetivos e retornos desejados.
Até por conta das quantias financeiras substanciais envolvidas, geralmente, são investidores com um grau elevado de conhecimento sobre o tema.
Dessa forma, procuram soluções que auxiliem na gestão e proteção do patrimônio, pensando até mesmo na sucessão patrimonial.
Ao pesquisarem sobre fundos exclusivos, porém, esses investidores se deparam com dois modelos: abertos e fechados.
Com características distintas, cada um possui vantagens e desvantagens. Portanto, é preciso conhecer mais sobre o assunto para identificar qual se encaixa melhor com cada perfil.
Indice
Antes de apresentar os detalhes, torna-se necessário conhecer o que são os fundos exclusivos.
Também chamados de “fundos de private banking”, são veículos de investimento criados sob medida para atender às necessidades específicas de um determinado investidor.
Diferentemente dos fundos de investimento tradicionais, que têm uma base ampla de participantes e muitas vezes incluem o público em geral, os fundos exclusivos atendem às necessidades e objetivos de apenas um investidor que, geralmente, possui um patrimônio líquido substancial.
Para atender esse público premium, gestores profissionais adaptam a estratégia de investimento de acordo com os objetivos, perfil de risco e necessidades do investidor.
Portanto, os fundos exclusivos buscam retornos mais significativos, com uma estratégia altamente direcionada e constantemente acompanhada e ajustada.
Agora que já sabemos o que são os fundos exclusivos, fica mais fácil entender algumas particularidades.
Dentro desta categoria de investimento existem dois caminhos: optar por fundos exclusivos abertos ou pelos fundos exclusivos fechados. Mas qual a diferença?
Em linhas gerais, os fundos exclusivos abertos têm como particularidade a possibilidade de movimentação ilimitada dos recursos disponíveis, facilitando tanto fazer novos aportes quanto promover resgates desejados.
Já os fundos exclusivos fechados apresentam restrições com relação à movimentação do dinheiro. Com essa “trava”, o gestor tem uma maior previsibilidade com relação ao montante disponível para trabalhar nas diversas estratégias estabelecidas em busca das metas traçadas.
Com atributos diferentes, os fundos exclusivos abertos e fechados apresentam vantagens e desvantagens. Diante disso, o investidor precisa avaliar ambos os modelos para verificar em qual deles seu perfil e seus objetivos se encaixam melhor.
Os fundos exclusivos abertos apresentam uma maior liquidez, facilitando ao participante movimentar os valores conforme as necessidades apresentadas. Dessa forma, eles têm a flexibilidade como uma vantagem valiosa.
Essa característica, aliás, facilita para o gestor atuar de uma forma mais dinâmica, abrindo espaços para trabalhar com riscos maiores para aproveitar determinadas oportunidades momentâneas do mercado financeiro.
O risco mais elevado, porém, pode ser considerado por alguns como uma desvantagem. Dessa forma, o investidor que optar por um fundo exclusivo aberto precisa saber lidar com uma maior volatilidade.
Por outro lado, os fundos exclusivos fechados atuam de uma forma inversa. Com regras mais rígidas com relação a novos aportes e também resgates, eles trazem maior previsibilidade e estabilidade para a atuação dos gestores.
Com isso, fica mais fácil desenvolver estratégias que buscam retornos substanciais em investimentos a longo prazo.
Essa “trava”, porém, pode significar para alguns uma desvantagem, pois limita a movimentação do patrimônio.
Agora que já aprendemos sobre algumas particularidades gerais de cada um dos modelos, fica mais fácil conhecer os detalhes. Vamos começar pelas características principais que distinguem os fundos exclusivos abertos dos demais.
Eles são uma opção popular entre os investidores que desejam trabalhar a diversificação dos ativos de uma forma mais dinâmica, garantindo também uma maior liquidez para a carteira.
Isso, claro, exige uma avaliação mais cuidadosa do participante. Afinal, a volatilidade sempre vem acompanhada de maiores riscos. Por conta da complexidade e dinâmica, os investidores buscam o suporte de gestores profissionais acostumados com essa missão.
Entre os atributos, portanto, podemos destacar os seguintes aspectos:
Como o próprio nome indica, os fundos exclusivos abertos garantem acesso ilimitado e permanente ao patrimônio investido.
Dessa forma, o cotista pode tanto fazer novos aportes quanto retiradas constantemente, garantindo mais agilidade para ampliar ou reduzir a participação no fundo.
A estratégia dos gestores dos fundos exclusivos abertos costuma apostar em uma diversificação maior para conseguir “surfar” as melhores oportunidades de investimentos de acordo com os momentos do mercado.
A atuação mais ativa dos gestores dos fundos exclusivos abertos exige um grau mais elevado de transparência nas ações, garantindo ao investidor mais segurança sobre as movimentações realizadas dentro da estratégia traçada.
A volatilidade do mercado reserva boas oportunidades de investimentos para os fundos exclusivos abertos. Entretanto, é preciso conhecer também os riscos e limitações. Afinal, em determinados momentos a volatilidade pode reduzir a liquidez, dificultando a venda de determinados ativos na carteira.
Os fundos exclusivos fechados têm características distintas que os diferenciam dos demais. Em linhas gerais, podemos dizer que são o inverso dos fundos abertos.
Dessa forma, os fundos exclusivos fechados são adequados para investidores que buscam estabilidade, deixando de lado as oportunidades da volatilidade do mercado para buscar retornos a longo prazo.
Até por conta das limitações impostas para a movimentação do capital investido, os fundos exclusivos fechados criam um ambiente mais previsível para a atuação dos gestores, que possuem uma ideia plena do montante disponível para trabalhar em estratégias que buscam retornos significativos, mas em um prazo ampliado.
Dessa forma, os fundos exclusivos fechados têm entre suas propriedades:
Como já destacamos, os fundos exclusivos fechados não permitem acesso contínuo aos ativos, limitando significativamente os aportes e também as retiradas. Em uma analogia simples, basta imaginar que o gestor funciona como um zelador do patrimônio.
Dessa forma, após a entrada dos recursos e o estabelecimento das regras e objetivos, o gestor fecha a porta e só a abre de tempos em tempos.
Em consequência ao acesso limitado, os fundos exclusivos fechados possuem uma liquidez significativamente reduzida. Afinal, o objetivo é buscar resultados substanciais a longo prazo por meio da previsibilidade dos recursos colocados à disposição.
Com base nas características anteriores, é possível identificar que os fundos exclusivos fechados não são apropriados para quem deseja retornos rápidos explorando a volatilidade do mercado.
Por isso, são recomendados para aqueles que acreditam em bons resultados a longo prazo.
A segurança em contar com o recurso alocado sem resgates rápidos e constantes no decorrer do caminho facilitam o trabalho do gestor de um fundo exclusivo fechado.
Com isso, fica mais fácil manter o controle da estratégica planejada, buscando retornos significativos em ativos de longo prazo.
Ao trabalhar com ativos de longo prazo, os gestores costumam ter um entendimento maior sobre os retornos esperados. Isso não significa, porém, abrir mão de retornos atrativos.
Muito pelo contrário. O que muda mesmo é a natureza da estratégia adotada, que atuará com ativos mais direcionados para retornos a longo prazo.
Por conta do perfil deste fundo, é comum que exista um período mínimo de carência para proibir o resgate dos recursos aplicados no curto prazo. Esse prazo, porém, depende das regras estabelecidas no início da criação do fundo, que pode ser tanto de alguns meses quanto de alguns anos.
Em um passado não tão distante, a forma para pagar os impostos também era um ponto que diferenciava os fundos exclusivos abertos e fechados, apesar de ambos seguirem uma tabela decrescente sobre os rendimentos, variando de 22,5% até 15%.
Em linhas gerais, os modelos abertos são tributados como os demais fundos existentes no mercado, no sistema conhecido como “come-cotas”.
Dessa forma, a cobrança ocorre semestralmente, nos meses de maio e novembro.
Por outro lado, os fundos fechados só são tributados uma vez por ano, em um modelo considerado um pouco mais vantajoso.
Entretanto, esse cenário mudou. Ou melhor: está prestes a mudar.
Assunto debatido há um bom tempo, a tributação dos fundos exclusivos ganhou força no atual governo do país.
Em agosto de 2023, a Medida Provisória (MP) 1.184 publicada pelo governo nivelou os dois modelos, mantendo ambos no sistema semestral. Como consequência, o assunto seguiu para a Câmara dos Deputados, que recentemente aprovou um projeto de lei para a taxação de fundos offshore e exclusivos.
Atualmente, o assunto se encontra no Senado, onde passa pela análise das comissões para, posteriormente, ser apreciado pelos senadores para votação e aprovação (ou não).
Ao que tudo indica, o assunto não cairá no esquecimento, tendo uma conclusão em breve. A tributação dos fundos exclusivos abertos e fechados provavelmente sofrerá mudanças.
Para investir em fundos exclusivos, é necessário possuir um patrimônio líquido considerável, geralmente na casa dos milhões de reais.
Com o perfil necessário, os investidores interessados podem procurar gestores de patrimônio, escritórios de family office ou instituições financeiras que ofereçam esse tipo de produto.
Ao optar por um fundo exclusivo, o processo de investimento geralmente envolve as seguintes etapas:
O investidor e o gestor de fundos trabalham em conjunto para definir os objetivos de investimento, horizonte de tempo e tolerância ao risco.
Com base nos objetivos definidos, o gestor cria uma estratégia de alocação de ativos, escolhendo entre ações, títulos, imóveis e outras classes de ativos.
O gestor seleciona investimentos individuais que se encaixem na estratégia definida, visando maximizar o retorno e controlar o risco.
O desempenho do fundo é monitorado de perto e os ajustes são feitos conforme necessário para atender aos objetivos do investidor.
Independentemente da mudança na tributação, os fundos exclusivos seguem como uma opção de investimento atrativa para quem possui “cacife” suficiente para buscar uma gestão profissional do patrimônio, com retornos mais significativos.
Vale lembrar que, para constituir um fundo exclusivo, o cotista precisa ser qualificado como investidor profissional.
Em linhas gerais, isso significa ter determinadas certificações concedidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ou possuir no fundo um investimento a partir de R$ 10 milhões, de acordo com a Instrução CVM 554.
Para as pessoas que atendem a esse perfil, o caminho é buscar suporte profissional para conseguir criar e gerenciar o fundo exclusivo, seja aberto ou fechado.
O serviço de wealth management da Warren atua de forma completa da gestão patrimonial do investidor, trabalhando com estratégias personalizadas de acordo com os objetivos e o perfil do cotista. Uma das estratégias pode ser a criação de fundos exclusivos.
Isso envolve desde o atendimento inicial até o traçado e planejamento da estratégia, o gerenciamento da carteira e a administração, com o suporte de especialistas e combinação com a tecnologia.
Com uma solução completa e personalizada, o wealth management atende com a personalização necessária os investidores de alta renda, que encontram neste produto premium um caminho eficiente para conquistar os objetivos traçados.
Converse com nossos especialistas.