Copom é a sigla para Comitê de Política Monetária, um órgão do Banco Central criado para acompanhar a política monetária do Brasil.
É o Copom o responsável pela definição da taxa Selic, a taxa básica de juros do país, pela análise do relatório de inflação e pela criação e elaboração dos planos da política monetária do país.
As decisões tomadas pelo Copom influenciam diretamente a economia do país e o dia a dia das pessoas. Assim, questões como o acesso a crédito, o poder de compra do dinheiro e o rendimento de investimentos são afetados por medidas adotadas pelo Comitê.
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A cada 45 dias, o Copom se reúne, com todos seus integrantes, com o propósito de analisar o cenário econômico brasileiro e definir o valor da taxa Selic, principal instrumento para o controle da inflação.
Quando a inflação está alta, a tendência é que a Selic também suba, desincentivando o consumo com taxas de juros mais altas. Já quando a inflação está muito baixa e é necessário aquecer a economia, o Copom tende a reduzir a taxa Selic.
Nessas reuniões, não é obrigatório que haja alguma mudança na Selic. Quem vai definir quais decisões serão adotadas pelo Copom são os relatórios financeiros do país.
Inspirado em um órgão americano semelhante, o Federal Open Market Committee (FOMC), o Copom surgiu em 20 de junho de 1996. Ele é considerado uma forma de dar mais transparência para definir as diretrizes da política monetária do Brasil.
Apesar de se basear em uma instituição americana, o Copom também adota alguns conceitos utilizados pelo Banco Central Alemão, o Deutsche Bundesbank.
Desde sua criação, diversas alterações aconteceram no regulamento do Copom. São propostas que embasam tanto os objetivos do comitê como a frequência de reuniões e competência dos seus integrantes.
Desde 21 de junho de 1999, por meio do Decreto n° 3.088, as decisões do Copom passaram a ter como principal objetivo o cumprimento das metas para a inflação, de acordo com o Conselho Monetário Nacional.
Toda mudança que o Copom faz quanto à taxa Selic afeta todas as demais taxas de juros do país.
Além disso, muitas aplicações, principalmente as de renda fixa, como Tesouro Selic, caderneta de poupança, CDBs, LCIs e LCAs, têm sua rentabilidade impactada.
Isso acontece porque os retornos desses investimentos estão atrelados à taxa Selic. Em outras palavras, as operações têm juros que são determinados pela Selic.
Assim, se a Selic sobe, sobem os juros e, junto, os rendimentos dessas aplicações. Caso a Selic sofra queda, ocorre o contrário: os rendimentos diminuem.
No caso dos investimentos de renda variável, o impacto das mudanças na taxa básica de juros é indireto.
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