Por que as criptomoedas enfrentam alta volatilidade?  

Na segunda edição da coluna Descomplicando Cripto, a coluna que vai desde as bases fundamentais até as mais recentes inovações do universo cripto, vamos falar sobre uma das maiores pedras no sapato para quem investe em criptoativos: a alta volatilidade.

O que é volatilidade?

Chamamos de volatilidade a variação de preços nos ativos financeiros

Assim, quanto maior a variação de preços, maior a volatilidade. É o caso de ativos que oscilam muito dentro de um mesmo período de tempo — como os criptoativos.

Se a oscilação for pequena, diz-se que o ativo tem baixa volatilidade.

A volatilidade ocorre por diversos motivos, como mudanças nas preferências das pessoas, ciclos de pânico e otimismo, além de diferentes necessidades de liquidez entre os agentes de mercado, para citar alguns desses motivos.

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Por que as criptos são tão voláteis?

Quando pensamos em empresas como ativos financeiros, normalmente consideramos o quanto elas geram de lucro, qual o valor dos dividendos ou o quão dominantes são em seus respectivos mercados.

Sob a mesma ótica, quando falamos de imóveis, pensamos na localização, qualidade da construção e demanda local por aluguéis.

Já para “commodities“, como são conhecidas as matérias-primas fungíveis, analisamos a utilidade dos bens finais e os desafios logísticos nas entregas planejadas.

Em comum nesses casos, podemos ver que sempre há algo físico por trás, um lastro. 

Nos criptoativos, não!

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Por que a volatilidade importa?

Ativos digitais existem há pouquíssimo tempo, historicamente falando. 

As narrativas que justificam o valor de cada um dependem de conhecimento das tecnologias por trás, visão das oportunidades para inovação — e otimismo de que essas possibilidades se concretizarão.

Enquanto isso, preços são definidos pela “transação marginal”, aquela onde uma parte vende pelo mínimo preço que aceita, enquanto a outra compra pelo máximo que está disposta.

Quando uma movimentação fora do comum acontece nos criptoativos, seja uma venda de maior volume (derrubando preço), seja uma compra (subindo preço), a falta de lastro e familiaridade cobram seu preço, aumentando esse movimento.

Mas você entende por que o lastro e a familiaridade ajudariam a reduzir a volatilidade?

O lastro ajudaria a estabelecer mínimos e máximos para os preços, enquanto a história, “que não se repete, mas rima”, continua sendo uma das mais consistentes referências, mesmo que esteja longe de perfeita.

Conclusão sobre a volatilidade e as criptomoedas

A alta volatilidade não necessariamente influencia na decisão de comprar ou não um criptoativo — pode até ajudar, quando aproveita-se as quedas —, mas sempre deve ser levada em consideração perante nossa necessidade de liquidez.

Na prática, as rápidas mudanças podem custar muito caro caso tenhamos que liquidar o investimento em momento inoportuno. 

Por isso, a recomendação para quem pretende investir em criptoativos segue a mesma: crie uma reserva de emergência, conheça o seu perfil de investidor e, se as criptos fizerem sentido dentro do seu perfil, diversifique o risco.

Diversificar o risco significa investir em diversos ativos — de preferência, descorrelacionados. 

Assim você consegue reduzir o risco da carteira, sem necessariamente reduzir o potencial de retorno.


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