A chegada do primeiro filho na vida de uma pessoa ou de um casal é uma mudança muito significativa e impactante em diversos aspectos.
Antes de sonhar com o berço, o quarto montado e o cheirinho das roupas novas, existirão muitas questões para organizar ao longo da jornada.
Sabemos que, por mais que a gente planeje, não há receita pronta de como criar um nova vida com a segurança que queremos dar.
Aquela máxima funciona bem aqui: a prática é quem vai ensinar.
A gente não pode prever como vai ser, mas é importante organizar a vida e os planos para receber o primeiro filho. E o planejamento financeiro pode ser o passo inicial — senão o passo chave — para começar.
Por isso, no artigo de hoje, conversamos com a jornalista e social media Morgana Laux, que conta como ela e o marido, Vinícius Farinon, se prepararam para a chegada do pequeno Léo.
Além disso, com a ajuda da especialista em educação financeira e economia doméstica Cristiane Souza, reunimos 7 dicas para ajudar você a iniciar o planejamento financeiro para a chegada do primeiro filho.
Vamos lá?
Indice
Planejamento e economia foram as primeiras prioridades de Morgana quando ela e Vinícius decidiram esperar pela chegada do Léo, que hoje tem 1 ano e 7 meses.
“Muitas vezes adiamos, por sabermos dos custos que um filho exige ou por aspectos profissionais, como um novo cargo ou emprego. Sabíamos das responsabilidades, inclusive a parte financeira, que uma criança demanda”, conta.
Morgana representa uma parcela da população que procura manter a vida financeira em ordem.
Segundo um levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 52% dos brasileiros afirmam ter um controle efetivo das finanças.
Mas há um número preocupante de pessoas que vão na contramão dessa tendência: cerca de 48% não controlam o próprio orçamento, seja porque confiam apenas na memória para anotar despesas, não fazem nenhum registro de seus ganhos e gastos ou porque delegam a função a terceiros.
Para quem não está acostumado a seguir um orçamento e se planejar, esse pode ser um grande desafio, mas também uma prova definitiva para saber se é o melhor momento para iniciar uma família.
Para ajudar nessas horas, nada melhor do que ouvir quem entende do assunto, certo?
Esquente o cafezinho, pegue seu planner e confira 7 dicas para se planejar financeiramente para a chegada do primeiro filho.
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Para a especialista em educação financeira e economia doméstica Cristiane Souza, antes de iniciar qualquer passo na espera do primeiro filho, é necessário fazer uma avaliação da sua situação financeira para diagnosticar se há estabilidade.
“Principalmente em um momento de crise econômica como o que vivemos, é importante pensar se há estabilidade na renda. Seu emprego lhe traz algum tipo de segurança a longo prazo? É preciso considerar”, explica a especialista.
Isso tem a ver com avaliar o tipo de contrato de trabalho e também consultar cenários e estimativas de mercado previstas para a sua carreira.
Isso vale para cálculos de gastos, incluindo os que parecem estar longe de chegar.
Cristiane acredita que a antecedência é fundamental. “É sempre legal se planejar pelo menos uns dois anos antes de engravidar”, afirma.
Nesse meio tempo, é possível estimar custos maiores, como moradia: se é necessário fazer alguma reforma, ou até mesmo mudar de casa, como foi o caso de Morgana.
“Já morávamos em um apartamento de 2 dormitórios, mas um dos cômodos era usado para o escritório. Então, nos mudamos para um apartamento maior quando soubemos da gravidez. Acabamos acertando, pois com a chegada da pandemia, estamos trabalhando no modelo home office e o terceiro dormitório é essencial para isso”, relembra.
A antecedência também ajuda a desapegar e cortar gastos aos poucos, para não impactar tanto na rotina. Quanto mais tempo de prática se tem, mais fácil se torna economizar no futuro.
Nem sempre é possível planejar a chegada do primeiro filho com tanta antecedência.
Se esse for o seu caso, calma, não se desespere. Mesmo com menos tempo, dá pra começar a economizar com algumas medidas.
Cristiane elenca alguns passos a serem seguidos para preparar as finanças a partir da descoberta da gravidez:
Idealizar é uma tendência natural humana, mas nem sempre as coisas acontecem da forma que sonhamos.
Não é diferente na hora de colocar o primeiro filho no mundo, e por isso imprevistos precisam ser considerados.
“Estamos falando de necessidades especiais que o bebê possa ter, como alergias que façam ele precisar de leites especiais, fraldas mais caras, e assim por diante. Tudo isso impacta no orçamento, e você vai precisar estar preparado”, explica Cristiane.
Além dos imprevistos relacionados à criança, também é preciso pensar nos que envolvem os pais. Imagine diferentes cenários envolvendo perda de emprego, aumento de aluguel, reforma emergencial em casa e doenças, por exemplo.
Aqui é indispensável contar com um planejamento que preveja uma reserva de emergência — que, como o nome já diz, é destinada para qualquer tipo de necessidade não prevista que possa surgir no caminho.
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Ao orçar os gastos pretendidos para ter o primeiro filho, lembre-se de qual é a sua situação financeira.
Cristiane aconselha seguir um planejamento com “os pés no chão” em todos os aspectos, tanto para escolhas de moradia e mobília para o quarto, quanto para gastos futuros quando o bebê chegar.
“O erro mais comum é gastar mais do que se ganha, e isso vale desde a compra do enxoval até a matrícula na escolinha, num futuro próximo. É preciso pensar no que dá pra fazer com o que se tem”, orienta a economista.
Por isso, é muito importante contabilizar tudo que vai ser gasto, para onde vai a maior parte da renda. Ainda há quem prefira a boa e velha planilha de Excel, mas hoje em dia existem diversas ferramentas que podem ajudar, como aplicativos para controlar tudo pelo seu celular.
Aqui, alguns deles: Fortuno, Mobills e Minhas Economias.
Todo mundo já ouviu pais falarem que querem dar aos filhos tudo aquilo que nunca tiveram, não é mesmo?
Segundo Cristiane, essa expectativa é normal. Mas é dentro dos desejos que pode morar o perigo.
“Quando a gente não sabe separar o essencial do supérfluo, gasta-se mais. É aí que podem surgir as dívidas. Para o enxoval, por exemplo, itens essenciais são o berço, o carrinho, as fraldas, a mamadeira, entre outros. Agora, roupa de grife, brinquedos extremamente caros, isso é supérfluo”, reforça.
É claro que, se você tem condições de proporcionar itens que não são fundamentais para o dia a dia da criança sem que isso gere um impacto nas suas finanças, o caminho está livre. Caso contrário, o mais recomendado é tentar não fugir muito da sua realidade.
Aqui, se trata muito mais de reservar o dinheiro para que não falte o principal. E assim, no futuro, a expectativa é que sobre dinheiro para investir nesses outros sonhos.
Para Morgana, a mãe do Léo, nenhum gasto se compara aos gastos pós-nascimento.
“É nesse período que os gastos aumentam consideravelmente e há surpresas como doenças, exames, crescimento rápido que exige novas roupas. Se você vir o valor do pacote de vacinas, entenderá o que estou falando”, relata a mãe de primeira viagem.
Para as mulheres, há ainda um agravante que Morgana faz questão de pontuar:
“Entendi o porquê de muitas mães acabarem largando o trabalho com a chegada da maternidade. O salário acaba sendo o mesmo valor da mensalidade das escolas, ainda mais em um mercado de trabalho em que as mulheres ganham menos e há tantas diferenças sociais”.
Por esses e outros motivos, continuar exercendo um controle com os gastos depois do nascimento do primeiro filho é primordial para a qualidade de vida da família. Cristiane prevê que cerca de 20% da renda líquida da família seja destinada para as despesas do bebê, e afirma que é essencial que os pais saibam para onde está indo esse dinheiro.
Segundo a especialista, saber como gastamos e onde gastamos é mais importante do que o quanto ganhamos. “Quando acompanhamos com atenção para onde está indo o nosso dinheiro, começamos a cuidar melhor dele”, conclui.
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Sabemos que o futuro é imprevisível, e por mais que isso cause um frio na barriga, pensar a longo prazo é indispensável.
Para além da reserva de emergência, é preciso planejar como economizar dinheiro para quando esse primeiro filho se tornar uma criança maior e demandar despesas em educação, cultura, bem-estar e saúde.
Segundo Cristiane, a maioria das pessoas que se tornam pais estão na faixa etária classificada no segundo período do ciclo da vida financeira.
“Entre aproximadamente os 26 e os 60 anos, ocorre o período em que deveríamos acumular riqueza, constituir família e nos preocupar em poupar, investir e constituir patrimônio. É o momento certo para investir”, afirma a economista.
E pensando num futuro mais distante, imagine os benefícios gerados para o filho que pode contar com uma reserva financeira e uma família que prioriza o planejamento ao iniciar a vida adulta? Afinal, inúmeras conquistas virão pela frente: a primeira bicicleta, um intercâmbio, a faculdade…E poder apoiar seu filho nesses momentos é uma realização com que todos os pais sonham!
Cristiane resume em uma frase a relação de “dinheiro x futuro” no cenário familiar: “o seu filho será seu filho até o último dia da sua vida”.
Depois de todas essas dicas, você deve estar se perguntando por onde começar, certo?
Na Warren, a melhor forma de aplicar o seu dinheiro para o futuro do seu bebê é investindo por objetivos.
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É uma forma mais assertiva de aproveitar seu planejamento e fazer seu dinheiro trabalhar para você.
E uma das dicas de ouro que vale para qualquer investimento é: quanto antes você começar, mais cedo os resultados surgirão.
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