O que é Initial Coin Offering (ICO)  

Initial Coin Offering, também abreviado como ICO, é um termo que se refere a uma oferta inicial de moedas, na qual tokens ou criptomoedas são lançados ao mercado, arrecadando capital de investidores interessados. De uma forma simplificada, o ICO no mercado cripto é equivalente ao IPO feito pelas empresas que decidem entrar na bolsa.

Em um ICO, os investidores podem tanto fazer os seus aportes com dinheiro, quanto usar outras criptomoedas, como o Bitcoin e a Ether, da rede Ethereum.

Por ser um processo menos burocrático, os ICOs também costumam ser utilizados por startups para a arrecadação de investimentos. Neste caso, a startup faz uso da blockchain para criar um token próprio. 

Cabe ressaltar que, diferente dos IPOs, os ICOs são processos que não contam com forte regulação de mercado, podendo muitas vezes serem usados para esquemas de fraude. 

Abaixo, você confere mais alguns detalhes sobre o assunto.

Exemplos de ICOs

O Bitcoin, a primeira criptomoeda descentralizada do mundo, foi lançado 2009, mas o primeiro ICO conhecido no mercado ocorreu apenas em 2013, com o lançamento da Mastercoin.

Um exemplo bastante memorável dos ICOs foi o lançamento da moeda BAT (Basic Attention Token), criada pela startup Brave em 2017. Liderada por Brendan Eich, ex-CEO da Mozilla, a Brave arrecadou US$ 35 milhões em apenas 30 segundos após a abertura de sua oferta.

O aplicativo de mensagens instantâneas Telegram também já realizou dois ICOs para o financiamento da rede Telegram Open Network (TON), em 2018. 

A empresa arrecadou US$ 1,7 bilhão ao todo com as duas operações, mas em 2019 órgãos reguladores dos EUA proibiram o lançamento do projeto TON. Em 2020, o Telegram foi multado nos EUA em US$ 18,5 milhões, tendo ainda que devolver US$ 1,2 bilhão para os investidores.

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Initial Coin Offering (ICO) x Initial Public Offering (IPO)

Apesar das semelhanças, a oferta inicial de moedas (ICO) e a oferta pública de ações (IPO) possuem diferenças importantes de se ter em mente.

Um IPO é um dos processos pelos quais uma empresa pode tornar-se pública e chegar à bolsa de valores. Para que isso aconteça, diversas entidades do mercado financeiro, como a CVM, se envolvem, regulamentando as negociações e exigindo o cumprimento de diversas normas de governança. 

Já o ICO, por enquanto, não possui regulamentação clara ou padronização de processos. A ausência de regulamentações torna os ICOs um possível cenário de fraudes ou de oportunidades pouco seguras para o investidor.

Cabe relembrar que tanto a bolsa de valores quanto as criptomoedas são investimentos com grande volatilidade, não sendo adequados para pessoas sem tolerância aos movimentos bruscos do mercado e sem perfil de risco agressivo.

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